
Extração de Areias no concelho de Mira (junto à A17) dá origem a auto pelo Serviço de protecção da Natureza e Ambiente da GNR.
Segundo o J.N. (Jornal de Noticias) alguns proprietarios de terrenos, confinantes à dita zona de extração, acusam uma empresa de estar a remover areias sem qualquer autorização para tal. Apesar disso a empresa garante que tudo está conforme ("está tudo legal").
Na queixa apresentada surge um descritivo do local em causa após a dita remoção "Um buraco de 180 metros com cerca de cinco de profundidade e 20 metros de largura". O próprio consórcio que está a construir a A17 (Brisal) demonstrou se intrigado com o sucedido tendo também apresentado o caso à CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro).
A autarquia Mirense, ainda segundo o JN, "não quer tomar uma posição pública antes de terminado o processo de averiguações que desencadeou após a denúncia de extracção ilegal. No entanto,... a empresa terá obtido uma licença apenas para remodelação de terrenos " e não para a extração.
Esta situação já não será novidade para muitos Mirenses, visto que o assunto era sobejamente falado por entre as mesas dos cafes locais. Desde há alguns anos que se tem verificado um enorme interesse nos vastos areais do nosso concelho, e não só os da beira mar, mas sobretudo outros, em locais de acesso mais reservado, o que permite uma remoção sem que as autoridades sejam alertadas.
Muito se fala por entre dentes, mas parece que coragem para encarar os problemas falta a alguns. A questão das areias é hoje em dia de extrema importancia, pois para além de um bem escasso e de extraordinário valor económico, existe nas nossas terras em quantidades razoaveis depositadas ao longo de anos pelas ventos que do mar para terra costumam soprar.
LP/JN