quinta-feira, novembro 13, 2008

ACR Seixo comemora 28 anos



ACR Seixo comemora 28 anos

No sábado dia 15 de Novembro, pelas 21h00, a Associação Cultural e Recreativa do Seixo celebra o seu 28º aniversário com um Concerto a realizar no salão Paroquial com a actuação do Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra, com o apoio da C M Mira, Junta Freguesia do Seixo e Inatel.
O Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra (GISC) é uma formação orquestral composta por cerca de 60 jovens estudantes de música, alguns deles já professores. Fundado em 1982, para além de já ter actuado nas principais cidades e vilas de Portugal, apresentou-se em Espanha, França, Luxemburgo, Bélgica, Itália, Polónia, Hungria e Rússia. Nos últimos anos de actividade têm-lhe sido endereçados convites para participar em eventos de relevo, designadamente, na Áustria, Alemanha, Irlanda, Escócia, Suécia, Brasil, Venezuela e Africa do Sul. Actualmente, com o Dr. Adelino Martins como Maestro, a orquestra adquiriu uma certa versatilidade que lhe permite apresentar programas dos reportórios sinfónico e coral sinfónico, ligeiro e de carácter solene ou festivo. Espera-se pois um excelente espectáculo musical.
No decorrer do espectáculo irá ser prestada aos dez sócios Fundadores, e neles a todos os Associados, uma muito simples mas simbólica e merecida Homenagem. Devemos-lhes um reconhecimento pela iniciativa que tiveram em criar a associação e por serem “pais” desta numerosa família cultural e desportiva em que se veio a tornar a ACRSM que, na prática, abraçou todo o Seixo. 2008 Foi mais um ano pleno de actividades marcantes. A Direcção organizou o 2º passeio cicloturistico, co-editou com a Junta de Freguesia e organizou o lançamento do livro de poesia “Na Valsa da Madrugada”, apresentou e viu aprovada (com o apoio da Câmara) uma candidatura ao Instituto do Desporto para beneficiação dos balneários do futebol, participou, com direito a lugar no pódio (3º) no Inter associações Concelhio, lançou e distribuiu 3 Carolices e 12 Newsletters, manteve actualizado e animado o site que foi visitado 8200 vezes, envolveu 20 adolescentes e jovens nas actividades de tempos livres de Verão, celebrou a ordenação episcopal de D. João Lavrador….esteve activa.
Foram 28 anos de um percurso, com alguns momentos de desânimo e de dificuldades, mas com muitos êxitos, muitas alegrias, muito envolvimento. A cultura, o desporto, a identidade das gentes, nas vertentes de competição, de formação ou de lazer no Seixo, têm a marca da Associação. Por tudo isto e para todos aqueles que nestes tempos foram timoneiros no Teatro, no Rancho ou no Futebol, muitos parabéns.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Mira na LUSOFLORA 2008

Mira marcou presença na XXIIª Edição da LUSOFLORA
Ministro da Agricultura visita stand do Concelho de Mira e delicia se com a Gastronomia Local


Decorreu durante o passado fim-de-semana, entre 3 e 5 de Outubro, nas instalações do CNEMA em Santarém, a XXIIª edição da Lusoflora, Feira Nacional de Viveiros Floricultura e Jardinagem.

Para além de ser um evento de “carácter técnico e profissional”, a edição deste ano contou com um vasto leque de participantes, de entre os quais se destacou um significativo numero de empresas do Concelho de Mira, bem como um interessante espaço a cargo da Câmara Municipal, procurando esta dinamizar o tecido empresarial local, bem como as potencialidades do Município Mirense.

Presente no certame esteve o Ministro da Agricultura, Dr. Jaime Silva, que numa atitude de manifesto agrado, chegando mesmo a quebrar o protocolo numa atitude de simpatia pelo Concelho de Mira, veio até ao espaço destinado ao Município, provar e admirar o que por Mira se vai fazendo. Chegando mesmo a deliciar se com uns belos filhós e um revigorante café de borra, bem ao jeitinho da Gândara. Rematou posteriormente o leve repasto com um delicioso licor de mel, também de produção Mirense, e no final, já em amena cavaqueira com o vereador mirense, Dr. Miguel Grego, tricou umas frescas camarinhas das florestas do concelho, enquanto confessou ter estado recentemente por Mira em lazer, onde para além deste fruto selvagem das nossas matas, admirou as belas paisagens que temos, bem como o notório crescimento que pauta o concelho.
Trocando palavras com o Vereador presente, o Sr. Ministro inteirou-se do estado do Concelho, e mostrou contentamento pelas obras que por todo o Concelho de Mira vão a bom ritmo surgindo.

Durante o certame, as empresas que do concelho de Mira que marcaram presença: Mariflores; Sotiplanta (Quinta do Cartau); Leal e Soares (SIRO); Litoral Regas e …; tiveram oportunidade de divulgar e promover os seus produtos, bem como estabelecer relações comerciais tendentes a futuros negócios.
Luís Caetano, gerente da empresa Sotiplanta Lda., foi no dia de abertura um dos mais activos, sendo o seu espaço de divulgação um autentico regalo para os sentidos, para além do intenso verde das plantas da Quinta do Cartau, foi o Leitão à Bairrada quem durante o almoço reinou, numa confraternização por este empresário promovida para clientes e amigos presentes.
Mário… da empresa Mariflores, foi também um dos presentes. Sendo hoje em dia um dos maiores especialistas na produção de Azáleas e Eriças na Europa, e o nº 1 na Península Ibérica, não perdeu a oportunidade de marcar presença neste certame. No seu espaço de exposição Azáleas e Éricas foram rainhas por entre troncos e cascalha de pinheiro.
Também vários membros da firma Leal e Soares marcaram presença na Lusoflora. Com um vasto número de produtos da marca SIRO, entre outros serviços e produtos foi mais umas das empresas mirenses presentes no local.
A Litoral Regas, empresa que se dedica ao comércio e desenvolvimento de sistemas e software de rega, com instalações em Mira, tinha também um espaço dedicado à sua área de negócio, com o que melhor se encontra em sistemas e automatismos de rega. E a par destes a empresa Alfredo Moreira da Silva &Filhos, Lda., também esta com viveiros e instalações no concelho de Mira.

A XXIIª Edição da Lusoflora foi segundo vários intervenientes presentes um sucesso a repetir. Os objectivos da organização de “mostrar a inovação e o desenvolvimento, bem como valorizar a importância dos espaços verdes na preservação do ambiente”, foram plenamente atingidos. O que obriga numa próxima edição a um esforço ainda maior no sentido de uma constante melhoria.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Mira a mexer...


Escrever sobre aquilo que se gosta é muito difícil. Conclui um dia que nunca poderia escrever sobre a terra onde nasci por causa dessa proximidade: tudo o que dissesse viria inevitavelmente impregnado de paixão, dessa mundana afeição própria das coisas vivas que ao relacionar-se se transformam, quase sempre sem o desperdício de terem de se explicar, dizendo-se.

Mas se a razão prática me adverte que a possibilidade de conhecermos um objecto depende da nossa capacidade para nos distanciarmos dele, então obedecendo-lhe terei de me socorrer de uma outra razão, talvez estética, para poder falar daquilo que gosto. E é por aí unicamente que seguirei!Talvez ao contrário do que alguns possam pensar, não rejubilo de forma alguma ao escrever este texto. No entanto penso que é altura de dar uma palavra de conforto, de fazer um justo elogio a este executivo municipal. Estão finalmente à vista todas as obras anunciadas, faltando ainda algumas que em breve estarão no terreno.

Tendo em conta que este é um momento, em que se estão a tomar decisões importantes para o nosso concelho e que várias são as opiniões publicamente manifestadas, com pontos de vista e interesses distintos. Mira encontra-se num momento determinante para definir e decidir as linhas de desenvolvimento sustentável, essenciais quanto ao seu futuro. Ficou provado que as coisas bem sustentadas em planos e bem negociadas, com maior ou menor grau de dificuldade, são quase sempre possíveis.

O grande desafio deste executivo foi saber reivindicar e inovar, procurando o progresso para assumir o futuro.É natural que as sociedades progridam e que essa ideia de progresso tenha reflexos na melhoria da qualidade de vida das pessoas, o que não é natural é que algumas vezes essa ideia de progresso seja mascarada com meras representações de atributos demagógicos.Ao longo dos tempos tenho verificado que é muito difícil, quase impossível, contentar alguns “iluminados da nossa política”, que criticam porque se faz ou porque não se faz.

Têm proferido discursos que me chegam a causar angústia. Receio que o problema, se problema, podemos chamar, resida numa deformação genética, que apenas lhes permitem ver a mediocridade, e obsta a que encontrem algo de positivo e digno de elogios. Com especialistas destes estaríamos irremediavelmente condenados a não passar da cepa- torta!As políticas não se avaliam por palavras, mas sim por obras que se conseguem realmente realizar.

Embora contra a vontade de alguns senhores, Mira começa realmente a mexer! Os resultados obtidos são bem claros, só não os vê quem não quer. No entanto, estou consciente que ainda há um longo caminho a percorrer, em termos de desenvolvimento sustentável, que possam construir e desenhar os caminhos verdadeiros e credíveis para o nosso Concelho.


(Carlos Monteiro)

sexta-feira, junho 27, 2008

Mira nº 1 a RECICLAR



RECICLAGEM, Mira é número 1


Foi com imensa satisfação que na passada semana li e reli o "ERSUCAO", o jornal de noticias do ambiente da ERSUC. Nessa mesma publicação foram divulgados os dados relativos à reciclagem na região centro do país, e MIRA lá constava no primeiro lugar entre os concelhos com maior propensão para reciclar.

Certamente que muitos rapidamente procurarão ocultar ou despresar este facto, mas a satisfação do dever ninguem nos tira, sobretudo àqueles mirenses cujos habitos de separação de residuos já se encontram bem implantados.

Aqui transcrevo a noticia que relata esse bem merecido reconhecimento.


"Concelho de Mira é número um, tendo-se destacado à frente de concelhos como Coimbra, Aveiro, Cantanhede ou Figueira da Foz. Mira foi onde mais se separou para reciclar, segundo os dados da Empresa de Resíduos Sólidos do Centro S.A. (ERSUC).
Esta informação, relativa a propensão para a reciclagem diz respeito ao ano de 2007, onde Mira mais se distinguiu relativamente aos municípios vizinhos, bem como às capitais de distrito mais próximas.


Apesar de menos populoso que muitos dos concelhos visados neste relatório, e seguindo o valor da capitação de resíduos, o Concelho de Mira apresentou resultados acima da média em todos os sectores de recolha.Mas foi no respeitante à recolha de vidro e de embalagens de plástico e metal que Mira se isolou dos demais concelhos, tendo nestes campos ultrapassado todos os demais.
No que se refere ao dados relativos à recolha de papel, Coimbra e Aveiro assumem a liderança, não só por serem capitais de distrito com todas as concentrações de serviços ai inseridas, mas também por acolherem em si duas das maiores Universidades do pais. Mas mesmo neste campo da recolha de papel Mira teve uma palavra a dizer, pois foi 4º concelho da região em capitação das embalagens de papel e cartão.
A análise da capitação de resíduos em Mira surge como um reflexo do que melhor se tem feito pelo bem-estar ambiental do concelho. Demonstrando que os hábitos de separação de lixo estão já bem enraizados, e que a dimensão de um concelho não é obrigatoriamente sinal de melhores índices de recolha, Mira apesar de um concelho periférico e de pequena dimensão, é número um em termos de reciclagem.

Parabéns a todos os Mirenses! Juntos contribuiremos, certamente, para um ambiente melhor."

sexta-feira, junho 06, 2008

Campo de Férias com Hoquei na Lagoa

Campo de férias motiva para o hóquei


O Lagonense Futebol Clube e a Câmara Municipal de Mira disponibilizam aos jovens do concelho a possibilidade de frequentarem um campo de férias dedicado ao desporto, vocacionado principalmente para o Hóquei em Patins.

O “Férias Sobre Rodas II” é uma aposta no hóquei, desporto em expansão em Mira, e insere-se no âmbito de outras iniciativas como “Um dia sobre rodas”, que pretende aliciar novos atletas para a modalidade.

Apesar da maior ligação ao hóquei, os jovens podem ainda contar com actividades de canoagem, jogos tradicionais, natação e desportos ligados à patinagem.
O campo de férias decorre entre 30 de Junho e 11 de Julho e as inscrições estão abertas no site da Câmara Municipal.


quinta-feira, maio 15, 2008

Beira Litoral alertada para execesso de fertilização


Estudo alerta para excesso de fertilização com fósforo nos solos agrícolas da Beira Litoral

A Beira Litoral é uma das regiões onde mais se nota o excesso de fósforo no solo devido à actividade agrícola, que o utiliza como adubo, alerta hoje Maria do Carmo Horta, docente da Escola Superior Agrária de Castelo Branco.


"O excesso é desnecessário e pode piorar a qualidade das águas de rios e albufeiras", disse aquela professora universitária, cuja tese de doutoramento teve como tema a utilização do fósforo no solo nacional, trabalho que vai ser premiado em Espanha.

Maria do Carmo Horta defende que a legislação e as boas práticas agrícolas devem prever um limite para a utilização do fósforo, limite a partir do qual o excesso já não é absorvido pelo solo (não rende na produção agrícola) e acaba por ser escoado para águas superficiais. Defende também a sensibilização de todos os agentes agrícolas para este facto, afirmando que, "em termos médios, Portugal tem uma utilização de adubos fosfatados relativamente baixa, mas em regiões como a Beira Litoral existe mais sobrefertilização, porque existe maior actividade agrícola", em contraste com o Alentejo, por exemplo.

No entanto, esta constatação não significa que não haja quintas na planície alentejana com forte recurso a adubos e onde "possa existir uma concentração excessiva de fósforo". "Nas 33 amostras de solo que recolhemos e que abrangem as diversas regiões, os resultados estão sempre ligados ao tipo de cultura dessas terras. O retrato do país, como no resto da Europa, é muito diversificado", mas não chega a ser grave, como já é hoje, por exemplo, "na Holanda", sublinhou. "O fósforo não faz mal à saúde das pessoas, nem dos animais", garantiu, adiantando que, no entanto, quando existe em excesso nas águas de rios e albufeiras, "provoca outras reacções que diminuem a qualidade dos caudais". "Quando há entrada de fósforo nas águas, há um crescimento muito grande do fitoplancton", algas mais pequenas, que em grandes quantidades impedem que a luz chegue a maiores profundidades. "Estas mudanças podem ser provocadas com a entrada súbita de fósforo em quantidades da ordem 0,02 mg/litro de água", disse Maria Monteiro, explicando que "as plantas que estão mais abaixo acabam por morrer, decompõem-se, consumindo oxigénio e levando à morte dos peixes".

Este cenário, que se chama de EUTROFIZAÇÃO, "leva à degradação da qualidade da água", com libertação de substâncias indesejadas pelo homem. Entre outras consequências, "obriga a maiores gastos no tratamento das águas", para consumo. "No nosso trabalho, concluímos que o teor máximo de fósforo no solo deve rondar 50 mg/quilo de solo, classificado pelo método de Olsen. Acima disso, o risco de perder fósforo já é muito elevado", afirmou. Em termos práticos, isto quer dizer que "terrenos com classes de fertilidade altas e muito altas já estão saturados de fósforo.

Não valerá a pena adicionar mais". Para além do fósforo, a investigadora considera que o azoto é outro dos elementos que merece atenção especial quanto à distribuição no solo, "mas tem diversos estudos publicados, o que não acontecia com o fósforo".


A tese de doutoramento com o título "La disponibilidad de fósforo evaluado por el método de Olsen en suelos ácidos de Portugal: significado agronómico y ambiental" foi concluída em 2005, na Universidade de Córdoba, com base em estudos efectuados em terrenos agrícolas portugueses. Este ano vai receber o prémio de melhor tese de doutoramento realizada em Espanha na área das Ciências Agrárias, atribuído pela empresa Fertibéria, depois da avaliação feita por um júri do "Colégio Oficial de Ingenieros Agrónomos de Centro y Canárias"

A distinção, que inclui um prémio monetário de 24 mil euros, vai ser entregue em Madrid, em data ainda a agendar.

terça-feira, maio 06, 2008

193 Bandeiras azuis... 2 são para Mira



Bandeira Azul atribuída este ano a 193 praias e 16 marinas



A Associação Bandeira Azul da Europa distinguiu este ano com o símbolo de qualidade 193 praias e 16 marinas, anunciou a própria associação esta manhã em conferência de imprensa.


A Bandeira Azul existe desde 1987 e é atribuida anualmente às praias e portos de recreio que cumpram um conjunto de critérios de natureza ambiental, de segurança e conforto dos utentes e de informação e sensibilização ambiental.


Mira, graças ao esforço de todos, foi mais uma vez contemplada com 2 galardões, um para a Praia de Mira outro para a Praia do Poço da Cruz.

Desde 1987 que a Autarquia de Mira candidata a Praia de Mira ao importante galardão da Bandeira Azul da Europa, (BA) conseguindo ser a única praia balnear marítima em Portugal que, desde sempre, tem alcançado essa mais valia.
Ao longo destes 20 anos na Praia de Mira e também na Praia do Poço da Cruz, a Autarquia de Mira, em um conjunto com diversos entidades públicas e particulares responsáveis e utilizadoras do domínio marítimo, têm levado estas praias balneares a um continuado conjunto de qualificações.
Desses benefícios destacam-se:
• Melhoria da segurança aos banhistas em parceria com a capitania, Instituto Socorros Náufragos e Associação de Nadadores Salvadores da Praia de Mira;
• Cobertura total da rede de saneamento básico e de abastecimento de água na povoação da Praia de Mira;
• Construção de novos equipamentos e de apoios de praia de qualidade, respeitando o Plano de Ordenamento da Orla Costeira, incluindo posto de socorros, casas de banho, duches e serviço de bar e/ou restauração;
• Construção remodelação de estruturas de apoio a actividades de lazer e educação ambiental (pista, apoio de pista, museu etnográfico/posto de turismo, zonas de lazer e recreio e centro ambiental Manoel Alberto Rei);
• Incremento de acções de educação ambiental, essencialmente com a comunidade escolar e banistas (exemplo: “Deixa Apenas a Pegada – os banhistas educar para a praia cuidar”, a integrar no próximo ano no programa Coastwatch)
• Monitorização quinzenal da qualidade da água do mar e, três vezes este ano, a qualidade das areias da praia;
• Limpeza sistemática do areal, quer por maquinaria, quer manual;
• Instalação de papeleiras e ecopontos no areal, com remoção frequente dos resíduos (banais e valorizáveis);
• Criação de passadiços para transpor zonas sensíveis e paliçadas para formação e sustentação das dunas;
• Sinalética de sensibilização ambiental e de informação aos banhistas e turistas, sobre a BA e suas acções;
• Estacionamentos, rampas de acesso aos balneários e praia, e tiralós para pessoas com mobilidade reduzida– incluídos no galardão “Praia Acessível, Praia Segura”.

Muito trabalho foi feito para melhorar a segurança e qualidade das praias em Mira em benefício dos utilizadores, e certamente muito haverá ainda a fazer. A Campanha da Bandeira Azul da Europa, de forma implícita, também tem contribuído para tal facto. No entanto, estamos seguros que este é, e será, trabalho continuado e concertado, tal como é a sensibilização e educação ambiental direccionada para banhistas, comunidade escolar, turistas e população em geral.
"Tudo faremos para continuar a beneficiar a qualidade das praias marítimas no concelho de Mira, também na esperança de ver recuperada a qualidade da água de nossos rios e lagoas, antigas praias fluviais."

Fonte: Publico, ABAE

quarta-feira, abril 02, 2008

Moinhos Abertos


Dia Nacional dos Moinhos também passará por Mira
Após o sucesso de 2007 esta acção realiza-se agora em dois dias: 6 de Abril e 7 de Abril (Dia Nacional dos Moinhos). Em Mira decorre apenas no dia 6 (Domingo).
Nesta iniciativa, que conta com grande participação nacional, estarão abertos 102 moinhos. Destes, 72 estão localizados isoladamente e 30 estão integrados em diversos núcleos moageiros e percursos pedestres no norte e centro litoral.


Do programa local para o Concelho de Mira consta, a partir das 10h:30m, a visita interpretada pelos moleiros nos Moinhos da Lagoa, Fazendeira, Arraial e Areia. Na Fazendeira decorre, pelas 10 horas uma oficina de confecção de Broa de Milho e na Areia um almoço com animação musical.



Quem organiza?
A Rede Portuguesa de Moinhos em colaboração com a TIMS, Secção
Portuguesa da Sociedade Internacional de Molinologia e, sobretudo,
com os proprietários de moinhos, moleiros, molinologos e Câmaras
Municipais assinantes e apoiantes da Rede. Em Mira a logistica e demais assuntos estará a cargo da AAMARG.

O que é a Rede Portuguesa de Moinhos?
A Rede Portuguesa de Moinhos é uma iniciativa inovadora: um comunidade
de prática e um centro de recursos de molinologia e etnotecnologia
portuguesa ao serviço do desenvolvimento regional.

Para quaisquer informações favor contactar: http://www.aamarg.org/ ou pelo tel.914178013

terça-feira, abril 01, 2008

Habemus Lota

A Câmara de Mira inaugurou ontem cinco pavilhões, revestidos a madeira e implantados num cordão dunar, para dar esperança ao futuro dos pescadores da terra.
Um dos edifícios foi concebido para albergar a pequena lota da Praia de Mira, que tem funcionado sem as devidas condições higieno-sanitárias, e vai entrar em funcionamento no mês de Maio, segundo informou a Docapesca.

Já os outros quatro são armazéns de apoio aos pescadores. O objectivo dos cinco pavilhões, com arquitectura inspirada nos antigos palheiros desta zona do litoral, é garantir o futuro da arte xávega, de oito empresas locais que a praticam e de meia centena de famílias da Praia de Mira que dependem, directa ou indirectamente, deste método de pesca artesanal.

Para o efeito, a Câmara investiu um milhão de euros, com uma comparticipação de 50% do Estado, contabilizou o presidente da Câmara de Mira, João Reigota.

Com o mar picado a uma centena de metros da inauguração, o secretário de Estado Adjunto e da Agricultura e Pescas, Luís Vieira, notou, perante dezenas de populares, que o novo posto de vendagem terá câmara frigorífica e sistema electrónico de venda. "Vai valorizar o pescado em lota e o rendimento dos pescadores", sustentou o governante, sem explicar exactamente em que medida este efeito será alcançado através das novas instalações. Para o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, as vantagens dos pescadores são só um desejo "Este posto de vendagem vem responder aos anseios dos pescadores locais, (...) desejando-se que o mesmo contribua para a valorização do preço do pescado na primeira venda", declarou, em comunicado, António Macedo, do sindicato.Na cerimónia, o secretário de Estado exaltou o facto de os pescadores de Mira terem vendido, no ano passado, através da Docapesca, 1.100 toneladas de peixe. Depois, aos jornalistas, confirmou que a restruturação profunda da empresa pública Docapesca vai passar pelo encerramento de alguns dos 56 postos de vendagem de peixe do país com pouco movimento. Não quis, porém, identificar as lotas que estão nessa lista negra (ver página 26).Apesar dessa incerteza da restruturação da empresa responsável pela intermediação da venda do pescado, entre pescadores e revendedores, Luís Vieira garantiu que o Governo quer assegurar a sustentabilidade da pesca artesanal. "A pequena pesca tem muita importância no país", sustentou, notando que 90% dos barcos de pesca no activo têm menos de 12 metros. De resto, à frente de pescadores, Luís Vieira congratulou-se com o apoio do Governo - com mais de 40 milhões de euros - ao projecto de aquicultura da Pescanova para Mira. "É uma aposta na diversificação", sustentou.





Nelson Morais

domingo, março 23, 2008

Pascoa


Como sempre solidários...
Feliz Pascoa

quarta-feira, março 12, 2008

VI Jornadas Culturais da Gândara



VI Jornadas Culturais da Gândara


Realizar se ao nos proximos dias 28,29 e 30 de Março no Centro Cultural e Recreativo da Praia de Mira, as VI Jornadas Culturais da Gândara.


Este forum de reflexão e discusão sobre o patrimonio cultural, e não só, da Região da Gândara, na sua 6ª edição, dedicado este ano aos "Homens do Mar", cuja organização esta a cargo da Câmara Municipal de Mira contando esta com a colaboração do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luis de Albuquerque(CEMAR)


Do vasto programa poderemos desde já salientar a projecção de dois filmes sobre o mar e a Praia de Mira. "The Lonely Dorymen-Portugal´s Men of the sea" 1968, da Nacional Geographic Society, que relata a vida dos homens do mar na pesca do bacalhau, a bordo do navio "José Alberto" da Figueira da Foz, e o filme "Onde os bois lavram o mar-Palheiros de Mira" realizado por Adriano Nazareth em 1959, que relata a vida nos tempos idos dos anos 50 do século passado, na povoação dos "Palheiros de Mira", para além destes filmes decorrerão também conferências, exposições, debates entre outros, sem esquecer também um jantar organizado e confeccionado por membros da comunidade dos pescadores desta vila à beira mar.


No dia 29 Março e inserida nestas Jornadas será também inaugurada a nova lota da Praia de Mira.


O concelho de Mira apesar de periférico, relativamente aos grandes centros urbanos, tem vindo progressivamente a ganhar uma forte dinamica cultural, fruto quer do dinamismo de várias associações locais e seus associados, bem como de um crescente numero de intervençoes nos mais diversos campos, que têm vindo a colorir um, por vezes cinzento, aspecto da vida dos Mirenses.

A cultura, muitas vezes despresada por "não encher a barriga" como comentam alguns espiritos menos construtivos e menos esclarecidos, constitui um reflexo da propria existencia de uma comunidade enquanto todo que interage, e que se constroi dia apos dia. Assim atitudes e iniciativas como esta devem sempre ser apoiadas e repetidas, num esforço para almejar um melhor futuro para aqueles que com Mira se relacionam.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Tribunal Administrativo rejeita providencia da Quercus


O Tribunal Administrativo de Coimbra (TAFC) rejeitou a providência cautelar intentada pela Quercus a solicitar a suspensão dos trabalhos do projecto aquícola da Pescanova, em Mira, lê-se na sentença.


O tribunal considerou que aquando da interposição da providência cautelar pela associação ambientalista, já tinha sido emitidas as licenças de instalação e construção da unidade de aquicultura, negando provimento ao pedido «por impossibilidade legal». Os pedidos de intimação eram dirigidos pela Quercus contra o município de Mira e empresa Acuinova para que estes se abstivessem de realizar quaisquer obras no local. A associação ambientalista pedia ainda que o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (MARDP) fosse intimado a se abster de qualquer acto de licenciamento ou autorização.
Diz o TAFC que aquando da apresentação da providência cautelar pela Quercus «já os requeridos Município de Mira e MADRP tinham emitido autorização de construção e de instalação da unidade de aquicultura». A Direcção-Geral das Pescas autorizou a instalação da unidade de aquicultura a 3 de Outubro de 2007 e a licença de construção foi passada pela autarquia de Mira a 19 do mesmo mês. «Já existia na ordem jurídica regulação administrativa legitimante de uma actuação contrária aos pedidos intimatórios», frisa a sentença proferida pela juíza Paula Loureiro.
Por outro lado, no que respeita ao pedido de suspensão de eficácia da De Rosa, a 7 de Agosto de 2008, o tribunal considerou estar-se perante um «acto inimpugnável» porque «meramente instrumental». «O acto em discussão nestes autos não possui aplicação lesiva dos interesses que a requerente [Quercus] pretende defender, uma vez que não ocorre externalização dos seus efeitos, requisito necessário à impugnabilidade do acto bem como à suspensão de eficácia do mesmo». Ouvida pela Lusa, Hélder Spínola, dirigente da Quercus, disse não conhecer o texto da sentença, embora assumindo ter sido informado pelo advogado da rejeição da providência cautelar, interposta em Outubro em data que não soube precisar. «Ainda não conheço a sentença, já sei que a providência cautelar foi recusada e vamos recorrer», frisou.
Dinamizado pelo grupo Pescanova, o projecto “Acuinova” de Mira prevê a conclusão da primeira fase em 2008, passando a produzir 7 mil toneladas/ano de pregado, o que o transformará no maior centro de produção daquela espécie no mundo. A “Acuinova”, que numa segunda fase espera produzir 10 mil toneladas/ano, prevê criar 200 postos de trabalho directos e mais 600 indirectos.O projecto, localizado no sítio de Rede Natura 2000 Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, é constestado pelos ambientalistas, que apontam impactes ambientais negativos da obra.Por seu turno, o Ministério do Ambiente alega que apesar de o projecto se implantar em zona de Rede Natura 2000 «não serão afectados habitats prioritários nem serão afectados significativamente outros habitats naturais com estatuto de protecção legal, estando assim assegurada a não afectação da integridade do Sítio».
(in DC 22.02.08)

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Medalhas de Mérito Municipal não agradam a todos










Duas medalhas de Mérito Municipal vão ser entregues pela autarquia de Mira. A decisão foi tomada ontem na reunião do executivo, tendo a atribuição sido aprovada por maioria.
Alfredo Pinheiro Marques e João Maria Nogueira vão receber a medalha de Mérito Municipal da autarquia de Mira.
A decisão foi ontem aprovada em reunião do executivo e João Reigota salientou que apesar destas duas atribuições, as mesmas “não se esgotam por aqui”. Lembrando que “anteriormente houve outras pessoas distinguidas”, o edil de Mira destacou que estas duas atribuições são uma forma de reconhecer “o mérito de uma forma simbólica” a quem se dedica ao concelho. Salientando que “a vida também passa pelo reconhecimento a quem se dedica”, o autarca sublinhou o facto de poderem existir outras distinções.


Ouvidas as explicações do presidente da Câmara, Luís Rocha afirmou: “todos estamos de acordo em homenagear munícipes que se tenham dedicado ao serviço de Mira”. Contudo, questionou o edil sobre quais “os critérios para homenagear estas duas pessoas e não outras?”. Além disso, referiu ainda que há “outras pessoas que mereciam tanto esta distinções”, como os dois nomes que agora foram conhecidos para receber a medalha de Mérito Municipal.
Sem esquecer que “o importante é começar” e reconhecendo que se trata sempre “de uma matéria delicada”, o autarca de Mira voltou a lembrar o facto dos currículos dos dois distinguidos “falarem por si”.
Luís Rocha, vereador eleito pelo PSD, destacou o facto de Alfredo Pinheiro Marques ir ser “ao que tudo indica, a primeira pessoa que não é de Mira e que vai ter a medalha de Mérito Municipal”, bem como o facto de “de ter tido reacções negativas em relação a um presidente da Câmara”. Conhecida esta posição, Reigota afirmou: “acabou de politizar uma questão que nada tem a ver com política”, além disso, Alfredo Pinheiro Marques “teve razão”.
Notas biográficas
Alfredo Pinheiro Marques nasceu na Beira Alta e, actualmente, reside em Coimbra. Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Coimbra desenvolveu uma obra de alcance histórico-científico, educativo e humano, com relevo na autoria, coordenação e edição de diversas obras, participação em jornadas culturais, colaboração e apoio na investigação das tradições de Mira, sendo um defensor dos interesses locais. Desde 1995 que é director do Centro de Estudos do MAR e das navegações Luís Albuquerque (CEMAR), com sede na Figueira da Foz.
João Maria Nogueira nasce na Praia de Mira e distinguiu-se pela obra poética, entrega e conduta cívica e associativa, desenvolvida em prol das gentes locais. Foi comandante do posto da Guarda Fiscal no Areão e na Praia de Mira, tendo desempenhado várias funções na vida cívica e associativa da sua terra. Destacou-se pela intervenção activa na vida política do concelho, tendo desempenhado funções de vereador na Câmara de Mira, de presidente da Junta da Praia de Mira e de deputado à assembleia municipal, onde actualmente ainda exerce funções.


14 Fevereiro de 2008

(in Diário "asBeiras")

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Campo de Tiro e mais saneamento


CAMPO DE TIRO E SANEAMENTO BÁSICO EM MIRA
A Câmara Municipal de Mira decidiu, na sua reunião ordinária de 10 de Janeiro, abrir concurso para a construção do campo de tiro e para o saneamento entre o Casal Sobreiro e Portomar.


O Campo de Tiro será localizado na área do Plano Geral da Urbanização da Praia e Lagoa de Mira, mais propriamente dito, na Mata Florestal.
Este novo equipamento, que vai permitir a realização de provas nacionais e internacionais, vai ter quatro pranchas de tiro e quatro fossos olímpicos de lançamento.
Será ainda equipado com sistema de insonorização nas zonas de tiro e criação de barreiras acústicas naturais de forma a reduzir os ruídos normais da prática desta modalidade desportiva.
Os resíduos e desperdícios provenientes da realização destas provas serão recuperados por um sistema que está projectado na nova instalação desportiva.

"Esta modalidade de Desporto, teve a sua primeira aparição nos Jogos Pan-americanos: 1951. O uso de armas de fogo em práticas desportivas começou no século XIX. Os primeiros registos dão conta de competições na Suécia e, rapidamente, o resto da Europa e do mundo aderiu à modalidade. O tiro actualmente tem quatro categorias: pistola, carabina, tiro ao prato e alvo móvel. Ao todo, são 17 provas. Nas categorias pistola, alvo móvel e carabina, os atiradores tem por objetivo acertar um alvo que está dividido em círculos concêntricos, cada uma valendo uma pontuação diferente. Quem somar mais pontos vence. Em caso de empate, os últimos dez tiros são o primeiro critério-desempate e assim se segue até que se encontre um vencedor. Nas finais, os casos de empate são decididos com séries extras de tiros. No tiro aos prato (skeet e fossa) o atleta tem de acertar o alvo de modo a quebrar-lhe um pedaço visível. Cada prato acertado vale um ponto. Quem somar mais pontos ganha. Os casos de empate são decididos em séries extras de tiros."
O saneamento do Casal Sobreiro destina-se principalmente a ligar os ramais já existentes das localidades de Presa, Cabeço, Casal Sobreiro, Portomar à Lagoa, ou seja, à SIMria.
Esta nova obra, essencial na estrutura global do saneamento do concelho, está orçamentada em 300 mil euros.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Mar cruel leva pescador de Mira

Pescador de 39 anos, natural e residente na Praia de Mira, está desaparecido desde o início da manhã de ontem.
João Manuel Rodrigues Damas, também conhecido por “Juca Catana”, tinha partido para França, no passado dia 2, para mais uma jornada de trabalho no mar, depois de ter passado o Natal em família.

Ontem, ao início da tarde, o ambiente era de grande dor e consternação na praia. Ninguém queria acreditar que o marido e pai de duas meninas – uma de 11 anos e outra de 14 meses – era um dos portugueses vítimas do naufrágio da embarcação “Petit Jolie”, que naufragou ontem a cerca de 50 quilómetros das ilhas Virgem, junto à costa francesa, com três portugueses e quatro franceses a bordo.Junto à casa dos pais do pescador desaparecido, a reportagem do DIÁRIO AS BEIRAS encontrou muitos amigos e familiares que lamentavam o desaparecimento do filho da terra que partiu, há alguns anos, em busca de uma vida melhor.


Consternado com o desaparecimento do pescador, Simão Marques, cunhado da vítima, também anda no mar, fora do país, há 10 anos. “Aqui o trabalho no mar não compensa, e já tenho levado muitas pessoas, pois lá ganha-se três a quatro vezes mais do que aqui”, disse Simão Marques, como que a explicar o facto do seu familiar também ter ido para fora. Com os olhos marejados de lágrimas, lembrou que as condições de trabalho, no estrangeiro, em França, “são melhores, pois tratam-se de empresas que têm tudo e onde há muito rigor”, quer em termos de “seguros e sistemas de salva vidas”. Contudo, e como parece ter sucedido com o naufrágio da embarcação onde seguia o seu cunhado, “às vezes isso não chega, porque é tudo muito rápido”. Os arrastões – “embora digam que são traineiras” – em que trabalha, à semelhança de outras pessoas da praia, permitem “ganhar bem”, apesar do “muito trabalho”. Com um mar mau “normalmente entre os meses de Novembro a Março”, Simão Marques afirma que se “não fossem os portugueses, os barcos franceses estavam parados”. Lembrando que “ninguém sabe ao certo o que aconteceu”, Simão Marques notou que a embarcação pode “ter sido abalroada”, uma vez que “nesta altura do ano o mar está bravo”.

O pescador explicou que está neste momento em casa porque a jornada de trabalho “é de 24 dias no mar e 14 a descansar” e por isso veio a casa no Ano Novo. Mesmo não trabalhando para a mesma empresa, “os horários são semelhantes” e enquanto se anda no mar “só se vem a terra para descarregar” o pescado.Junto à habitação do cunhado, Simão Marques lembrava que o seu familiar “tinha comprado a casa há dois anos” e foi para França “porque lá o ordenado é muito melhor”.

Embora a vítima esteja dada como desaparecida, as possibilidades de sobreviver são escassas e são poucos os que acreditam num milagres. “O mar está muito agitado e a água deve estar com dois graus de temperatura”, explicou. “Tenho lá sete sobrinhos”Junto da casa dos pais da vítima estava Albertino Damas. Tio de João Damas e irmão do pai do pescador, recordou os tempos em que também andou no mar. Agora, desde há alguns anos, a sua vida é passada na Praia de Mira, perto do mar mas fora dele. Salientando que soube da notícia “bem cedo pela televisão”, Albertino Damas pensou logo “nos sete sobrinhos que lá andam no mar”. Embora o jovem pescador esteja dado como desaparecido “nem a família sabe muita coisa” sobre o que passou e o que se está a passar. Aliás, nesta altura em que apenas há a certeza do desaparecimento, a família e amigos aguardam pelas notícias vindas de França, apesar de na comunidade piscatória este desaparecimento ser considerado uma morte, já que as possibilidades de sobreviver são escassas. Recorde-se que para além do pescador desaparecido, os outros dois, vítimas do naufrágio, são provenientes das Caxinas, um dos quais já foi resgatado com vida. A embarcação “Petit Jolie” naufragou com três marinheiros portugueses e quatro franceses a bordo. O balanço das operações de salvamento é dois mortos, um sobrevivente e quatro desaparecidos.
Câmara Municipal está solidária“É uma grande tristeza, estamos todos muito tristes e a câmara vai apoiar a família em tudo o que for necessário”. As palavras são de João Reigota que salientou ao DIÁRIO AS BEIRAS que a autarquia mirense “está solidária e caso a família do pescador se desloque a França vai ter todo o apoio”. Salientando uma “grande incapacidade” em relação à situação vivida, uma vez que a mesma se verificou fora do país e a informação “é escassa”, o edil sublinhou: “o ideal era conseguir recuperar a vida do jovem”. Sem saber o que sucedeu e lembrando já ter contactado a Secretaria de Estado das Comunidades para obter mais informações, Reigota destacou que estes acidentes no mar “têm sido uma tragédia” e são “um drama da região e da praia”. A autarquia vai fazer “tudo o que for necessário e possível para ajudar”, concluiu.
(as Beiras)