segunda-feira, janeiro 08, 2007

Ainda a Pescanova...


O ministério da Agricultura admitiu, esta segunda-feira, que a unidade de aquacultura que a Pescanova quer instalar em Mira, está prevista para uma zona de Rede Natura, mas garantiu que o projecto não representa qualquer problema ecológico;
Mas como nestes assuntos há sempre mais que uma opinião
A Quercus considera grave que o Governo apoie o projecto da multinacional Pescanova para criar uma unidade de aquicultura no concelho de Mira, lembrando que a infraestrutura vai ser construída numa zona que integra a Rede Natura 2000.


Segundo esta organização a construção do projecto esteve inicialmente prevista para Cabo Tourinan, na Galiza, mas acabou por ser chumbada por estar prevista a sua instalação numa zona com o mesmo estatuto de protecção ambiental.
Riscos ambientais
A associação ambientalista admite que a produção de peixe em cativeiro tem algumas vantagens ambientais — como a redução da pressão sobre a captura de espécies selvagens —, mas afirma que acarreta problemas ecológicos (em especial se for feita de forma intensiva) devido à libertação na água de elevadas quantidades de matéria orgânica e antibióticos.A Quercus lembra que a fábrica ficará localizada a escassas centenas de metros da praia, o que implica a destruição de mais de cem hectares de terrenos florestados ou com vegetação dunar.A associação alerta também para os riscos da construção do empreendimento junto à costa, em terrenos próximos do cordão dunar, numa zona sujeita à erosão do mar e com inertes em suspensão. "É oportuno olhar para o que se passa na Costa da Caparica, com obras de emergência que procuram proteger bens que em tempos um cordão dunar parecia proteger da acção do mar, mas que hoje praticamente desapareceu", refere a Quercus."Qualquer que seja o desenrolar do processo para a fábrica de Mira, será sempre obrigatória a execução de um estudo de impacto ambiental, que inclua a ponderação de localizações alternativas em zonas menos sensíveis ambientalmente", sublinha a associação.
Quercus chama mesmo os governantes Portugueses de “permissivos”
A Quercus considera grave o facto de o Governo português aceitar e apoiar um projecto que foi recusado em Espanha pela Junta da Galicia (governo autonómico galego), precisamente pelo facto de ter sido previsto para uma zona de Rede Natura 2000.O dirigente da Quercus Hélder Spínola em declarações que fez lembrou que, ao contrário do Governo português, as autoridades galegas demonstraram uma "atitude responsável do ponto de vista ambiental". "O investimento acabou por vir para um país onde o Governo é mais permissivo".
O estranho é que num projecto desta dimensão onde já tanto se falou, O estudo de impacto ambiental ainda não tenha sido apresentado, o que não exclui a hipótese da localização do projecto ainda vir a ser alterada caso o resultado da avaliação seja desfavorável quanto à localização.
Unidade da Pescanova será equivalente a um mega aviário ou uma mega pocilga
“A criação de peixes em viveiro é equivalente à criação de frangos, suínos e outros animais, em aviário. O produto final é péssimo, completamente contaminado por agentes químicos resultantes da alimentação ministrada e tratamentos aplicados, tal como na produção de frangos, suínos e outros, prejudicando enormemente a saúde das pessoas que optam pela sua aquisição por ignorância e por falta de disponibilidades económicas. O meio ambiente irá ser profundamente contaminado. Esse é sempre o resultado da utilização de processos não naturais de evolução. A saúde das pessoas depende daquilo que se come. Peixes de aviário só farão mal à saúde. Sairão beneficiados, apenas economicamente, todos aqueles que de alguma forma estão envolvidos nesta industria de produção de alimentos de má qualidade, assim como pessoas e instituições que tratam da saúde das pessoas – a industria farmacêutica, pessoal médico e afins, para quem o lucro está associado ao aumento da doença e cresce na razão directa do mau estado de saúde das pessoas. Mas no conjunto a sociedade portuguesa perde, pois as pessoas que a constituem perdem saúde.”Na Praia da Tocha, poucos quilómetros a sul do empreendimento agora previsto para a Praia de Mira, existe outro idêntico, também de origem espanhola, de criação de pregado em regime de aquicultura (mas esta de bem menores dimensões).

João Luís Pinho

17 comentários:

Anónimo disse...

A verdade será como o azeite? será que vem mesmo ao de cima?

a ver vamos

Anónimo disse...

Caro amigo João Luís Pinho

Foi com enorme prazer que li o teu texto. É realmente de se lhe tirar o chapéu. É realista, objectivo, corajoso, arrojado, ponderado e sério.
Também eu sou da opinião que, ninguém pode, em nome do que quer que seja, emprego, riqueza ou “desenvolvimento” impor algo que possa vir a comprometer definitivamente o futuro do lugar onde vivemos.
Ninguém, nem ministros, nem presidentes, podem dar garantias totais sobre esta matéria, até porque o exemplo da Galiza mostra exactamente essa desconfiança e essa incerteza relativamente ao projecto. A grande questão será essa a garantia de que o nosso meio ambiente e a nossa qualidade de vida não venham a sofrer alterações profundas no futuro. Até porque se algo correr mal, das pessoas que agora têm o poder de decidir, quantas serão responsabilizadas por isso no futuro?
E se nós perdermos a bandeira azul de que tanto nos orgulhamos de possuir há tantos anos? E se os habitantes da praia começarem a adoecer devido às quantidades de produtos, entre os quais os antibióticos, que são deitados nos aviários, perdão nos aquários?
E à população da Praia, quem lhes perguntou se querem na sua terra o equivalente a uma pocilga ou aviário? Quem deu o direito ao governo ou à câmara de virem colocar uma pocilga à porta dos outros?
Quem não entender que deve haver uma discussão séria, ponderando todos os dados da equação é porque tem algo a esconder caro amigo.

Um abraço

José Balugas

Anónimo disse...

O que aqui nos apresenta o sr. Joao Pinho é de facto uma visão realista da coisa.
Pois sabemos o quanto é importante o projecto para mim, mas tambem sabemos a importancia que um bom ambiente tem no bem estar dos individuos.
Temos que saber conciliar mt bem ambos, sob pena de tudo perdermos.

Carlos Monteiro disse...

Por mais que me esforce, não consigo entender esta tomada de posição da Querqus.
Estes senhores nem esperaram o resultado do EIA que está a ser elaborado, sem qualquer estudo, sem qualquer conhecimento técnico, limitam-se a atirar umas postas de pescada para a praça pública.
Onde estavam estes senhores, quando exigíamos a requalificação ambiental do nosso sistema hídrico?
O que disseram quando foi abatido grande parte do pinhal do Montalvo “Rede Natura 2000” para construção da A17?
Que tipo de intervenção tiveram quando houve erosão na nossa costa?
Estes são alguns exemplos dos muitos que acontecem neste concelho, e que até hoje, nunca ninguém ouviu falar em qualquer intervenção desta associação. Será uma questão de protagonismo?
Quanto a matérias orgânicas de que nos falam, é verdade que existem, mas também é verdade que podem ser tratadas antes de despejadas. "A própria legislação prevê medidas para anular estes efeitos", normalmente são usados filtros. Se a Empresa os usa para a captação de água salgada...porque motivo não os usaria no seu despejo?
Ainda quanto ao uso de antibióticos nas rações, há muito que estes foram substituídos por vitaminas. Na verdade estes senhores pouco sabem sobre aquilo que falam.
Esquecem estes senhores, que é impossível operar, hoje, uma empresa desta dimensão sem uma séria e visível preocupação ambiental.
A nossa participação de cidadãos requer informação adequada, isto é, completa, objectiva, de fácil acesso e compreensão, para um aumento da consciência, compreensão critica dos problemas e possíveis soluções.
Precisamos deixar de nos anestesiar em jogos fáceis ou em expectativas incompreensíveis, pois só nos levará a complicar o nosso progresso.
É preciso deixar de lado a visão fundamentalista e pensar no progresso do concelho, comprometendo-nos com o desenvolvimento sustentável. Defender o ambiente nunca foi, nem nunca será, impedir o desenvolvimento. Afinal, a politica que ignora a responsabilidade social, está a tentar fechar os olhos ao futuro deste concelho.

Carlos Monteiro

Anónimo disse...

Carlos
Parece haver aí alguma incongruência em relação à frase que plagiaste do João Luís Pinho e que eu agora te recordo só para te avivar a memória "AS MINHAS DÚVIDAS EM QUESTÕES AMBIENTAIS AINDA PERSISTEM! ATÉ PORQUE O PROTOCOLO QUE VAI SER ASSINADO COM A CÂMARA MUNICIPAL, NÃO NOS DÁ NENHUMAS GARANTIAS AMBIENTAIS."Nessa altura tinhas razão ao colocar as tuas dúvidas.
Também era o que faltava agora acusar alguém disto ou daquilo, apenas porque coloca questões, dúvidas ou desconfias em relação à benevolência de uma empresa espanhola. ENTÃO A GALIZA RECUSOU O PROJECTO PORQUÊ? SE CALHAR PORQUE DESENVOLVIA DEMASIADO A REGIÃO!…
Além disso, não te esqueças que além das vitaminas também são utilizados antibióticos que irão inevitavelmente dissolver-se na água e irão parar à cadeia alimentar dos peixes da nossa costa.
Provavelmente, as pessoas da Praia não vão comer os douradinhos da fábrica da Pescanova, mas nós sabemos que o mesmo não irá acontecer com as nossas crianças que comem diariamente nas cantinas ou nos restaurantes. Além do mais, se nós adultos não ingerimos produtos directamente da fábrica ali ao lado, iremos, certamente, ingerir o carapau e os outros peixes do mar ali ao lado.
Qualquer dia em vez de comermos uma assada de carapau, daquele que tu sabes, daquele que costuma vir com a “buxada” de marisco, (tão bom!) vamos comer carapau com uma “buxada” de vitaminas e antibióticos.
Vê o que aconteceu na baía de Okinawa no Japão, onde milhares de habitantes desenvolveram diversos tipos de tumores e outras doenças, e só passado alguns anos descobriram a relação destas doenças com o consumo de peixe da baía, que estava contaminado com diversos agentes cancerígenos. Infelizmente levou anos até se descobrir essa relação das doenças com o consumo de peixe da baía. Foram precisas muitas mortes, muito sofrimento e muito, muito mais dinheiro do que aquele que o desenvolvimento possa pagar.
E pensa nisto: se não vamos poder deixar aos nossos filhos um ambiente tão bom como o que recebemos dos nossos pais, quando a água da barrinha era transparente e sem poluição, ao menos que lhes deixemos um ambiente igual ao que temos hoje o que já não era mau. Porque eles não nos perdoariam. Da minha parte posso dormir descansado, os outros que façam o mesmo.

Depois falamos

Zé Balugas

Anónimo disse...

Eu não queria estar na pele dos nossos governantes.
Pela primeira vez que se fala em Mira tão repetidamente na televisão até temos para mostrar ao país e à opinião pública um tema interessante...elevado.
Não podemos ser fundamentalistas. Ninguém vive das plantinhas que se criam nas dunas. Preferimos todos peixinho...do melhor.
O sr. Ministro Jaime Silva tem razão quando diz que é preciso investir na aquicultura mas, agora pregunto : a que preço?
É preciso medir muito muito bem e temo que 200 postos de trabalho (qualificado?)não compenasm 100 ha de floresta e o tal risco ( que não me parece muito provável) de acomulação de matéria orgânica susceptivel de poder vira a ter efeitos nocivos sobre os cardumes ao longo da costa.
È realmente necessário ponderar. Esperar pelos resultados do EIA e depois respeitá-lo com humildade seja qual for o resultado.
Até lá fique-nos a consolação da Pescanova já nos ter colocado...na televisão!! Fala-se em Mira nas mais altas instâncias e isso é bom. Aparecer no mapa por uma questão deste tipo não me parece nada vergonhoso.

Aguardemos serenamente.

Parabéns João Luís.Surpreendeste-me!pela positiva claro.

Anónimo disse...

Meus amigozzzze porque ninguem dizao Repórter do Beiras que o Zé Gato é tão apologista do projecto Pesca Nova porque o Sr. Dr. João Reigota já lhe arranjou emprego ao filho como motorista na Câmara? Expliquem isso ao homem. Foi para casa convencido que tinha feito uma peça jornalística séria. Pobre senhor

Anónimo disse...

Ao ler e reler diariamente informaçoes que vão surgindo sobre este tema: Pescanova, a ideia que me surge é de que este projecto surgiu em Mira não porque alguem de Mira tenha trabalhado muito por isso, mas creio que esta a pensar ser feito em Mira porque os nossos "chefões" em Lisboa assim o desejaram.
Mas convém fazer outros alertas e outras considerações, num género de analise futurista.
Para aqueles que tanto falam no golf e no turismo... o melhor mesmo é esquecer, quanto á pesca artesanal costeira, se ja agora estava mal... daqui a uns anos pior esta (se estiver ainda...)
Uma coisa é verdade o projecto e a fabrica pra serem construidos precisam de mão de obra (e como a nossa é relativamente barata, bem mais que em espanha senão não tinhamos tantos emigrantes lá) e depois de tudo estar pronto a funcionar certamente algum mirenses lá poderão trabalhar (haverá lugares para alguns é claro), mas não se iludam muito também, basta analisar o investimento feito pelo nosso municipio, o feito pelo estado portugues e depois dividir plos postos de trabalho criados para os mirenses. Façam bem esta análise custo beneficio e talvez diquem espantados...

LP

Carlos Monteiro disse...

Zé,

Em primeiro lugar não estava a responder ao teu post, aliás quando enviei o meu ainda não tinha sido colocado o teu, portanto estava a responder à argumentação utilizada pela Quercus . Segundo, a frase que dizes que plagiei, por acaso é minha, conforme poderás verificar no blog. Em relação ás minhas dúvidas ambientais, foram dissipadas com a apresentação do projecto na Assembleia e com uma visita a uma unidade Pescanova em Vigo.

Quanto aos antibióticos, esta empresa nunca os usou...em sua substituição usa vitaminas complexo B, que por exemplo é usada no leite em pó para alimentação de crianças.
Achas esta vitamina cancerígena?

A Pescanova está implantada em diversos sítios da Galiza dos quais posso citar alguns que são zonas turísticas: Vigo, Pontevedra, Finisterra (Rede Natura 2000) e Corunha. Quanto à rejeição do projecto no cabo Tourinha, vou enviar umas fotos para o blog, se o administrador as quiser publicar, observa bem e diz-me se será a mesma coisa.

Anónimo disse...

Pelo amor de deus
Vitamina complexo B, antibiótico e nao sei k mais, ração xpto...
Deixem se de fantasias. Até parece que se criam peixes em 2 anos qd normalmente precisariam de bem mais, à custa só de uma vitaminazita. Não sejam perversos a esse ponto. Não será preciso ser biologo para saber como as coisas funcionam...
Quando criamos pintos em aviario tambem so lhe dão uma vitaminazita, mas depois aparecem nitrofuranos, as vaquinhas idem, e os peixes... bem os peixes...
Quanto aos residuos (fezes, e demais restos) vejam com aqueles que tem aquarios em casa, mesmo daqueles puequenos a quantidade de porcaria que uns miseros peixinhos criam, agora multipliquem isso por uns milhares e vejam o que será lançado para o mar.
Sem fundamentalismo, e procurando ser isento, "nem tanto ao mar nem tanto à terra", esta industria vai ter um significativo impacto ambiental, vai sim senhor (ha outras da mesma empresa que podem verificar, no Chile por exemplo.
Também é certo que vai criar imapcto económico positivo, alguns postos de trabalho num concelho que precisa.

Agora definam se senhores governantes.

E quanto ao turismo tenham consciencia do impacto dessa unidade, nao vejam só o facto da criação de postos de trabalho, pensem tambem nalguns que se irão perder. Se é para avançar exijam mais contrapartidas, com o subsidio estatal à Pescanova os autarcas de Mira tem obrigaçao de pedir mais, e bem mais. Não sejam uns vendidos...
A Praia de Mira deixou de ser palheiros de Mira quando alguns visitantes começaram a querer ficar no local, vendo o como apto para a industria do Turismo. Se nao ha mais turismo em Mira deve se sobretudo a uma actuaçao debil e insipiente dos nossos autarcas nos ultimos anos nos ultimos anos... (se calhar não sabiam mais , nao sei)
Com uma unidade como esta imaginem o impacto na opiniao publica que porventura pretendesse aqui passar ferias.

Se fosse voçê queria vir para cá?

Carlos Monteiro disse...

O Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (PSRN 2000) é um instrumento de gestão territorial de concretização da política nacional de conservação da diversidade biológica, visando a salvaguarda e valorização destas áreas do território Nacioal, bem como a manutenção das espécies e habitats num estado de conservação favorável. Na sua essência, é um instrumento para a gestão da biodiversidade.

A Rede Natura 2000 é composta por áreas de importância comunitária para a conservação de determinados habitats e espécies, nas quais as actividades humanas deverão ser compatíveis com a preservação desses valores naturais, visando uma gestão sustentável e tomando simultaneamente em consideração as exigências económicas, sociais, culturais, bem como as particularidades regionais e locais.

Com a aprovação deste instrumento, ficarão também definidos, para cada Sítio e ZPE, os projectos a sujeitar a avaliação, terão de apresentar um estudo de impacte ambiental ou uma análise de incidências ambientais.

Como podem verificar no texto, a própria lei comunitária é favorável ao desenvolvimento sustentável.
Por isso devemos aguardar o resultado do EIA, a sua análise de incidencias, e deixar de lado a visão fundamentalista e pensar no progresso do concelho, comprometendo-nos com o desenvolvimento sustentável.

Anónimo disse...

BFVOEntendemo-nos!
A Querqus existe e faz MUITO bem relembrar aqui e ali os inconvenientes deste ou daquele projecto.
É um direito que lhe cabe. Para nós é também um direito de cidadania ser informado e não sermos comidos por parvos.
O José Balugas tem razão: é necessário haver "uma discussão séria, ponderando todos os dados da equação", mesmo que já não se consiga evitar o investimento da empresa Pescanova previsto para a Praia de Mira. Já lá vai o tempo - ou deveria ter passado - que não se poderia discutir as coisas e chamar - educadamente - o animal pelo seu nome!
O Carlos Monteiro que em muitos seus escritos defende a discussão e ainda que a informação seja prestada ao mais simples indivíduo - designado contribuinte ou cidadão - não se sinta ofendido pelas afirmações dos elementos da Querqus quando se encontra do outro lado da barreira.
Oxalá que eles um dia não tenham razão. Nesse dia vou ter com o Carlos Monteiro e verificar de que lado se encontra.
Uma coisa é certa: NADA JUSTIFICA COMPROMETER O FUTURO EM NOME DE RIQUEZA- que um dia pode significar desgraça - DE EMPREGO - que um dia possa ser um mar de desiluções- OU MESMO DO VALE TUDO OU DO SEMPRE CÓMODO: OLHOS, BOCA E OUVIDOS CALADOS.
Teremos de ser Macaco? A que propósito?
Eu não o sou, mas sim MELRO SEM PIO

Anónimo disse...

entao como é? ha ou razão para nos acautelarmos?
e porque é que o m2 foi tão barato?
será que a CM Mira nas obras que tem de efectuar não terá que gastar mais do que o que vai receber?
já fizeram um simples análise custo beneficio?
como é que andam a assinar documentos se um parecer ambiental nunca foi dado?
andam a governar ou a governar se?

Carlos Monteiro disse...

Caro conterrâneo melro sem pio
Há determinadas coisas que não faz sentido teimar em escrever diferente, quando pensamos e sentimos o mesmo, pela defesa da nossa terra. Apesar de tanta coisa que mudou desde há trinta anos, eu não mudei. Fiquei com mais umas rugas, umas da idade, outras de risos, poucas (felizmente) de lágrimas, mas foram essencialmente rugas na cara. Cá dentro, continua, mais coisa menos coisa, a ser o mesmo Carlos.
Por isso, não justifica tentar escrever coisas novas para responder ao teu post. Até porque não seria capaz de escrever coisas diferentes daquelas que escrevi. Nada melhor, portanto do que, partindo delas ou transcrevendo-as, tout court, fazer um post. sobre alguns elementos de algumas associações, que actuam em nome de fundamentalismos. Não o vou fazer... até porque a Quercus, sempre teve a minha admiração e o meu respeito, nas suas acções de defesa do ambiente...mas como cidadão posso discordar com algumas tomadas de posições de alguns dos seus elementos.
No entanto, de uma coisa podes ter a certeza, se a Pescanova não cumprir as normas existentes no país, e comunitárias, o que é pouco provável, estarei do outro lado da barricada na defesa da nossa terra, também não quero o desenvolvimento a qualquer custo.
Até lá vamos aguardar o resultado do estudo e análise de incidências ambientais.

Um abraço

Anónimo disse...

Carlos
Efectivamente foi o JLP que plagiou essa frase que eu entendo ser paradigmática de toda esta controvérsia. O que não é mal nenhum quando se faz referência a esse plágio, pois isso até mostra estudo e informação,. E, para veres que não é mal nenhum citar alguém, vou-te citar um excerto de uma notícia do JN de ontem, fazendo eco da imprensa galega sobre o assunto.

“A Imprensa culpa o actual Governo galego pela perda, já que a Pescanova havia acordado com o anterior a localização da unidade, mesmo em área de Rede Natura. A mudança na Xunta de Galicia levantou a questão do impacto no ecossistema da zona e foram propostos outros locais que não satisfizeram a Pescanova.”

Ora aí tens uma citação interessante. Penso que é bem mais interessante do que entrar na guerra dos antibióticos, das vitaminas do complexo B ou C, nos conceitos ou opiniões. Para mim nada mais interessa do que factos, pois esses não podem ser alterados nem desmentidos.

Agora fico muito admirado que tu não coloques uma duvidazita, só umazita. Dizeres que ficaste esclarecido depois das explicações políticas e não técnicas que te deram na AM, não faz muito sentido, mas respeito a tua opinião. Repara que quando digo explicações políticas é porque, tanto quanto eu sei, não há nenhum especialista em aquacultura na câmara, por isso só te podiam ter dado explicações políticas.

Finalmente, para te mostrar que até fico muito contente de te ouvir dizer certas coisas, nomeadamente o que disseste em resposta a um bloguista vou deixar-te com uma citação tua: “cada vez confio menos nos políticos e mais nas minhas convicções, pelo qual o meu cartão de militante só poderá ter um destino, o caixote do lixo”.


Já são mais a pensar assim.
Só espero que o “dono” do blog publique isto uma vez que não está a ofender ninguém e mais não pretendo do que participar numa discussão que me diz respeito pois entendo que vão destruir a nossa santa terrinha.
Um abraço

Zé Balugas

Anónimo disse...

"Até lá vamos aguardar o resultado do estudo e análise de incidências ambientais" - palavras de Carlos Monteiro.
Aguardaremos então.
Saberiamos mais se o estudo tivesse sido já feito.Enfim!
Caso o estudo revele incidências ambientais posso assegurar uma coisita: recordarei as suas palavras numa Assembleia Municipal ainda que me tenha deslocar de propósito e para esse efeito.
Até lá.

Anónimo disse...

Meus amigozzzze porque ninguem dizao Repórter do Beiras que o Zé Gato é tão apologista do projecto Pesca Nova porque o Sr. Dr. João Reigota já lhe arranjou emprego ao filho como motorista na Câmara? Expliquem isso ao homem. Foi para casa convencido que tinha feito uma peça jornalística séria. Pobre senhor

o reporter deu por isso,só não falouno artigo