quarta-feira, abril 02, 2008

Moinhos Abertos


Dia Nacional dos Moinhos também passará por Mira
Após o sucesso de 2007 esta acção realiza-se agora em dois dias: 6 de Abril e 7 de Abril (Dia Nacional dos Moinhos). Em Mira decorre apenas no dia 6 (Domingo).
Nesta iniciativa, que conta com grande participação nacional, estarão abertos 102 moinhos. Destes, 72 estão localizados isoladamente e 30 estão integrados em diversos núcleos moageiros e percursos pedestres no norte e centro litoral.


Do programa local para o Concelho de Mira consta, a partir das 10h:30m, a visita interpretada pelos moleiros nos Moinhos da Lagoa, Fazendeira, Arraial e Areia. Na Fazendeira decorre, pelas 10 horas uma oficina de confecção de Broa de Milho e na Areia um almoço com animação musical.



Quem organiza?
A Rede Portuguesa de Moinhos em colaboração com a TIMS, Secção
Portuguesa da Sociedade Internacional de Molinologia e, sobretudo,
com os proprietários de moinhos, moleiros, molinologos e Câmaras
Municipais assinantes e apoiantes da Rede. Em Mira a logistica e demais assuntos estará a cargo da AAMARG.

O que é a Rede Portuguesa de Moinhos?
A Rede Portuguesa de Moinhos é uma iniciativa inovadora: um comunidade
de prática e um centro de recursos de molinologia e etnotecnologia
portuguesa ao serviço do desenvolvimento regional.

Para quaisquer informações favor contactar: http://www.aamarg.org/ ou pelo tel.914178013

terça-feira, abril 01, 2008

Habemus Lota

A Câmara de Mira inaugurou ontem cinco pavilhões, revestidos a madeira e implantados num cordão dunar, para dar esperança ao futuro dos pescadores da terra.
Um dos edifícios foi concebido para albergar a pequena lota da Praia de Mira, que tem funcionado sem as devidas condições higieno-sanitárias, e vai entrar em funcionamento no mês de Maio, segundo informou a Docapesca.

Já os outros quatro são armazéns de apoio aos pescadores. O objectivo dos cinco pavilhões, com arquitectura inspirada nos antigos palheiros desta zona do litoral, é garantir o futuro da arte xávega, de oito empresas locais que a praticam e de meia centena de famílias da Praia de Mira que dependem, directa ou indirectamente, deste método de pesca artesanal.

Para o efeito, a Câmara investiu um milhão de euros, com uma comparticipação de 50% do Estado, contabilizou o presidente da Câmara de Mira, João Reigota.

Com o mar picado a uma centena de metros da inauguração, o secretário de Estado Adjunto e da Agricultura e Pescas, Luís Vieira, notou, perante dezenas de populares, que o novo posto de vendagem terá câmara frigorífica e sistema electrónico de venda. "Vai valorizar o pescado em lota e o rendimento dos pescadores", sustentou o governante, sem explicar exactamente em que medida este efeito será alcançado através das novas instalações. Para o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, as vantagens dos pescadores são só um desejo "Este posto de vendagem vem responder aos anseios dos pescadores locais, (...) desejando-se que o mesmo contribua para a valorização do preço do pescado na primeira venda", declarou, em comunicado, António Macedo, do sindicato.Na cerimónia, o secretário de Estado exaltou o facto de os pescadores de Mira terem vendido, no ano passado, através da Docapesca, 1.100 toneladas de peixe. Depois, aos jornalistas, confirmou que a restruturação profunda da empresa pública Docapesca vai passar pelo encerramento de alguns dos 56 postos de vendagem de peixe do país com pouco movimento. Não quis, porém, identificar as lotas que estão nessa lista negra (ver página 26).Apesar dessa incerteza da restruturação da empresa responsável pela intermediação da venda do pescado, entre pescadores e revendedores, Luís Vieira garantiu que o Governo quer assegurar a sustentabilidade da pesca artesanal. "A pequena pesca tem muita importância no país", sustentou, notando que 90% dos barcos de pesca no activo têm menos de 12 metros. De resto, à frente de pescadores, Luís Vieira congratulou-se com o apoio do Governo - com mais de 40 milhões de euros - ao projecto de aquicultura da Pescanova para Mira. "É uma aposta na diversificação", sustentou.





Nelson Morais