segunda-feira, abril 27, 2009

Secundário de Mira vence 1ª sessão das 20ª Edição da Escoliadas


20.ª Edição da escolíadas
Secundária de Miravence primeira sessão.


No arranque da 20.a edição das “Escolíadas 2009” foi a Escola Secundária Dr.aªMaria Cândida, de Mira, a vencedora, “arrancando” do júri 248 pontos, mais seis pontos do que a segunda classificada nesta primeira sessão, a Secundária Homem de Cristo, de Aveiro, e mais 13 pontos que a terceira classificada, a Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, de Ílhavo.


As crises e as loucuras, que fazem muitas vezes nascer sonhos, assim como a fúria de viver, a emancipação feminina e a luta das mulheres pelo direito ao voto foram alguns dos temas retratados pela escola vencedora, que este ano se apresentou a concurso com o tema “Os anos 20”. Jazz e foxtrot ouviram-se na sala da discoteca “O outro mundo”, do Complexo Quinta dos Três Pinheiros, na Mealhada, misturados com adereços e figurinos a rigor. Uma combinação que levou o júri a pontuar a escola, na prova de Teatro, com 66 pontos. Nesta mesma categoria, a escola de Aveiro conquistou 54 pontos, ao apresentar uma peça de teatro homenageando ilustres aveirenses, no âmbito das comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro. Para Ílhavo seguiram, no escalão Teatro, 53 pontos, conquistados pela apresentação da peça “A identidade”, «que nem sempre é aceite por quem nos rodeia», como diria Joel, o apresentador desta escola. Nas restantes provas, a escola de Mira obteve a melhor pontuação em Claque, com 62 pontos, seguindo para Aveiro 61 pontos e para Ílhavo 59 pontos. Na prova de Música, o destaque foi para a prestação da escola de Aveiro, que, interpretando a “Canção de embalar”, do ilustre aveirense Zeca Afonso, conquistou o primeiro lugar na categoria, com 71 pontos, seguindo-se a escola de Mira, com 63 pontos, e a de Ílhavo, com 54 pontos, esta apresentando um tema original. Surpresa pela vitóriaCátia Tomásio, aluna do 12.oº ano da Escola Secundária Dr.aºMaria Cândida e apresentadora oficial da escola, não escondia a sua satisfação pela vitória, tanto mais que no ano passado a escola de Mira não passou sequer da sessão de apuramento. «Não esperávamos ganhar. Estamos muito felizes, até porque sabíamos que as nossas concorrentes eram fortes», disse. Este ano, adiantou ainda, os alunos apostaram na qualidade dos figurinos, tentando uma melhor prestação, que não tem sido conseguida nos últimos anos. Cristina Neves, também do 12.o ano e participante na prova de Claque, também não escondeu a sua surpresa pela vitória, admitindo, no entanto, que a preparação este ano foi outra. «Sei que agora tivemos outro cuidado», revelou.Cláudio Pires, da “Escolíadas – Associação Recreativo-Cultural”, que promove anualmente esta competição entre escolas, fez um balanço positivo desta primeira sessão da 20.a edição. «Correu tudo bem, o que em difícil em termos técnicos. Todos os anos fazemos alterações, complicando o trabalho para os técnicos, que têm de garantir que não há falhas». Fez, de resto, um balanço positivo também relativamente aos ensaios e à participação de público nesta primeira sessão, bem mais quando comparado com anos anteriores. «Todos se estão a preparar muito bem para esta 20.aº edição. As escolas estão a procurar fazer melhor», adiantou Cláudio Pires, que, por isso mesmo, tem expectativas elevadas relativamente a esta edição.

terça-feira, abril 14, 2009

Deputados Municipais do PS de Mira lançam comunicado

Deputados Municipais do PS de Mira lançam comunicado

COMUNICADO DOS DEPUTADOS DO PS DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MIRA

Uma manobra pura de diversão politica… ao serviço de quê e de quem? Dos Mirenses não foi certamente…


Foi agendada para o dia 23 de Março uma Assembleia Municipal Extraordinária para discutir assuntos urgentes e muito importantes para o concelho... por isso é que se marcam reuniões extraordinárias, porque a importância e a premência dos assuntos assim o exigem. Contudo, na hora de dar inicio á sessão, um deputado do PSD levantou a questão de um eventual problema na entrega da documentação por via digital. Parece que alguns deputados teriam tido problemas no acesso aos documentos e que um (1) não teria mesmo podido aceder. É justo e digno que todos os deputados estejam na posse dos documentos para os poderem analisar e discutir em consciência, ajudando a tomar as melhores decisões em prol do nosso concelho. Face a este cenário os deputados do PSD pediram o adiamento da reunião, com a “ameaça” de abandono da sala deixando assim sem quórum a assembleia para funcionar de pleno direito e dentro da legalidade... E assim, os assuntos que eram urgentes e importantes lá teriam de esperar para “segundas núpcias”.

Perante este cenário, os deputados do PS rejeitam e criticam veementemente, convém tecer algumas considerações em prol da verdade dos factos.




  • 1º - A convocatória para a Assembleia foi remetida pelo meio que a lei determina e que o regulamento interno da Assembleia Municipal de Mira consagra e dentro dos prazos previstos, e o restante material de apoio cumpriu igualmente todos os preceitos definidos pelas regras que a própria assembleia estatuiu. No entanto, e fruto do volume dos documentos em apreço, houve alguma dificuldade de acesso electrónico, por parte de alguns deputados.


  • 2º - O material foi disponibilizado 7 dias antes (no dia 16 de Março) e só no dia 23 de Março (no próprio dia da Assembleia) é que 2 deputados do PSD reportaram os problemas havidos, tendo os serviços da autarquia de pronto tentado solucionar os problemas técnicos. Se a situação tivesse sido colocada aos serviços mais cedo, (e não no próprio dia da assembleia) teria, eventualmente, sido possível resolver os problemas atempadamente!


  • 3º - Contudo, e até por uma medida cautelar para prevenir estas situações, para além do envio, via electrónica, para todos os deputados do material da Assembleia é, ainda, entregue um exemplar em formato papel a cada líder das bancadas, para que todos os deputados possam ter acesso aos documentos por via do seu líder, nomeadamente nas reuniões de preparação que cada partido, de forma responsável, deve fazer para preparar as reuniões.


  • 4º - A tese de que o líder não poderia tirar fotocópias de todos os documentos para os deputados que eventualmente não tiveram acesso aos mesmos, em nosso entender, não colhe pois os assuntos com “mais papel” desta reunião (Plano de Emergência e Plano de Pormenor da Zona Industrial – pólo II) já estiveram em consulta pública, são documentos estratégicos de fundo que já passaram por muitas assembleias e estão disponíveis na página (site) do município para consulta de todos os interessados, sendo que no essencial se resumem a 1 ou 2 páginas.


  • 5º - O mais grave que podemos verificar é que depois de todo este alarido dos 12 (doze) deputados do PSD apenas 6 (sim seis!) tentaram aceder aos documentos, e destes 6 que tentaram aceder 2 (dois) deles faltaram à reunião e 1 (um) só tentou aceder no dia da reunião. Ou seja, verdadeiramente apenas 3 (três) deputados do PSD é que quiseram e se esforçaram por preparar convenientemente a reunião, os restantes “borrifaram-se” e provocaram este “incidente” para desviar as atenções do que é verdadeiramente importante para o futuro do concelho.


  • 6º - Afinal de quem foi a falha mais grave? Quem foi mais displicente? Os deputados do PSD não podem exigir a documentação com tantos dias de antecedência e depois só tentarem aceder a ela “em cima” da reunião. Isto é o que se passava quando eram mandadas resmas de papel para cada deputado e muitos deles só abriam o envelope na hora da reunião... Dizem que se preocupam, que querem informação mas depois nem para os papéis olham!


  • 7º - Mas e afinal o PSD não prepara as reuniões em grupo? Os deputados do PSD não discutem os assuntos e acertam estratégias? Se o fazem, então porque alegam não ter tido acesso aos documentos se havia pelo menos a cópia em papel?


  • 8º - Não podemos compactuar com este tipo de aproveitamento político de eventuais falhas técnicas que sempre podem ocorrer. Não podemos aceitar que os deputados do PSD procurem passar para a opinião pública uma imagem de vontade em colaborar, de empenhamento e de credibilidade e depois na prática, não preparem as reuniões, não discutam os assuntos, não procurem aceder atempadamente aos documentos e usem estratagemas de baixa política (a ameaça de abandonar a sessão é lamentável!) para impedir que assuntos urgentes e estruturantes para o concelho sejam discutidos e aprovados...

Os deputados do PS querem uma Assembleia moderna que dê exemplos positivos e que se empenhe em discutir os assuntos que interessam aos Mirenses. Os deputados do PS estão empenhados em continuar a colaborar com o executivo e com o futuro colectivo e não podem compactuar com estratagemas que visem apenas tentar provocar “manobras de diversão”, que visem atrasar e adiar a discussão de assuntos vitais para o desenvolvimento do concelho e assim, ao serviço da “politiquice”, descredibilizar o trabalho serio e honesto que deve ser desenvolvido por todos os eleitos locais e em particular os membros da Assembleia Municipal.


in Oprincipal, 2009-04-08

LOTA da Praia de Mira -actividade em pleno


A licença e número de controlo veterinário atribuídos pela Direcção-Geral das Pescas e Agricultura só chegou a meados de Março, pelo que só agora a lota da Praia de Mira iniciou a sua actividade em pleno», disse ontem ao Diário de Coimbra Helena Cardoso, engenheira da Docapesca, responsável por este sector da empresa que controla as lotas de pescado no país. Responsável que justificou o atraso do funcionamento desta estrutura, inaugurada em Maio do ano passado, com a dificuldade na atribuição da licença e controlo veterinário, «um processo necessariamente moroso» e ainda com o atraso na aquisição de todo o equipamento da lota, que vai desde maquinaria, sinalética, câmaras frigorificas, balcões…, que chegaram a “conta gotas”, o que também terá feito demorar o processo burocrático de vistoria às instalações e atribuição do respectivo licenciamento e número de controlo veterinário.Helena Cardoso, não só confirmou o fim de todo o processo e o consequente início da actividade desde meados do mês passado, como garantiu que a lota da Praia de Mira é a primeira e única dedicada à arte xávega «certificada com a norma HACCP – Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo, sistema de segurança alimentar».Esta norma HACCP, diz aquela responsável da Docapesca, consiste numa abordagem sistemática e estruturada de identificação de perigos e probabilidades da sua ocorrência, em todas as etapas da produção, «definindo medidas para o seu controlo».


O início da actividade da lota da Praia de Mira coincidiu com a abertura da campanha de pesca artesanal, que normalmente vai de Março a Novembro/Dezembro e as oito empresas (companhas) que vão ao mar três a quatro vezes por dia (consoante o estado do mar) já podem armazenar, vender e tratar o pescado «em totais condições de higiene, segurança e qualidade. Pescado que, na Praia de Mira, é vendido em mais de 70 por cento a armazenistas de Aveiro e Figueira da Foz «que o compram por tuta-e-meia» e o restante a empresas de restauração daquela vila piscatória do concelho de Mira «para consumo em fresco» e a compradores particulares que, nalguns casos, têm estabelecimentos de restauração, conta ao nosso Jornal João Saborano, pescador da Praia de Mira, neste momento a trabalhar num pesqueiro da Figueira da Foz.«Eles [pescadores de arte xávega] andam a trabalhar na Praia de Mira, mas neste momento ainda há pouco pescado», afirma este pescador que, por isso mesmo, foi trabalhar para a Figueira.«Na Praia de Mira fazem três ou quatro lances por dia e trazem para terra duas ou três caixas de carapau e meia dúzia de robalos e sargos», diz João Saborano, lembrando que um bom lance tem de dar «pelo menos cento e tal caixas e mais variedade de peixe». A explicação para o pouco pescado deve-se, na óptica deste homem do mar, «às águas estarem ainda muito frias», não augurando um futuro promissor à pesca artesanal na Praia de Mira. «Muitos estão a desistir e, actualmente, a arte xávega é boa apenas para os reformados ou para os miúdos que andam na escola e aproveitam as férias para ir nos barcos», adianta.

Investimento de um milhão

O Diário de Coimbra também falou com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, António Macedo, que confirmou que os pescadores (cerca de 90 das oito companhas existentes na Praia de Mira) «já estão a laborar a 100 por cento», admitindo, tal como João Saborano, que «a pesca está muito fraca na Praia de Mira». O sindicalista também confirma a atribuição da licença e número de controlo veterinário, embora sublinhe que estar um ano à espera destas formalidades «foi um tempo demasiado longo» o que na sua óptica «retrata o país que temos». António Macedo tem, no entanto, outra preocupação, que é, diz, «comum a outras lotas», revelando temer que agora, depois da atribuição do número de controlo veterinário, «a Docapesca a entregue [lota] a um concessionário e vá para lá gente que não tenha nada a ver com a pesca».Recorde-se que na ocasião deste novo equipamento na Praia de Mira, em Maio do ano passado, o secretário de Estado das Pescas, Luís Medeiros Vieira, disse que o investimento de um milhão de euros – repartidos entre fundos comunitários, Estado e Câmara de Mira -, «contribui para melhorar as infra-estruturas da pesca artesanal» na Praia de Mira e que a nova lota e posto de vendagem (entre as 56 existentes) «é uma das maiores do país».

segunda-feira, abril 06, 2009

Água do Porto Sobreiro "perigo para a saude publica"



Água da fonte de Porto Sobreiro é um perigo para a saúde pública.


Não tem valido de nada os alertas das autoridades de saúde de Cantanhede para o facto de a água da centenária fonte de Porto Sobreiro, situada na aldeia com o mesmo nome da freguesia de Cadima, estar «altamente contaminada» com metais pesados, designadamente com valores «altíssimos» de alumínio. Valores detectados pelo menos desde há quatro anos e que se mantêm, o que levou a Junta de Freguesia local a colocar um aviso na fonte de: “Água imprópria para beber”.

A verdade é que praticamente toda a população da aldeia de Porto Sobreiro, Taboeira, Cadima e outras povoações vizinha continuam a abastecer-se e a consumir aquela água, ignorando os perigos que correm, apesar dos avisos.As últimas análises efectuadas à água desta fonte «continuam a detectar valores muito altos de metais pesados, muito superiores ao limite», o que constitui um perigo para a saúde pública.«Quem bebe desta água não corre um perigo imediato, mas os efeitos cumulativos do seu consumo vai originar problemas reais e gravíssimos, nomeadamente ao nível renal», diz ao Diário de Coimbra a delegada de saúde de Cantanhede, Rosa Monteiro.Esta responsável alerta, ainda, que crianças e idosos são quem correm maiores riscos ao beberem esta água «seguramente contaminada com altos teores de alumínio», as primeiras por que ainda não têm o sistema imunitário devidamente formado; os segundo por que o têm [sistema imunitário] mais fragilizado. Riscos que aumentam caso o consumidor desta água «já tenha problemas renais». Nesta caso, diz Rosa Monteiro, os problemas podem surgir «rapidamente» e os consumidores podem sofrer lesões nos rins «irreversíveis».Esta fonte de água da aldeia de Porto Sobreiro é centenária e ao longo de décadas foi uma das maiores fontes de abastecimento não só da freguesia de Cadima mas também de muitas famílias de outros lugares.

A sua água era famosa, cristalina, pura, até que – também ao longo de anos, um terreno não muito distante da fonte, começou a servir de “depósito” de baterias, ferros e uma panóplia de outros metais, o que veio a contaminar a água da fonte. Os primeiros exames químicos que detectaram a presença de alumínio e outros metais na água da fonte datam de (pelo menos) de 2005, e foi nessa altura que, avisada para os perigos, a Junta de Freguesia de Cadima colocou um aviso na fonte a dizer que a água era imprópria para consumo.Água dos Olhos de Fervença «Nessa altura as pessoas tiveram um certo receio e deixaram de vir abastecer-se», conta um morador à nossa reportagem. Porém, diz, «alguém retirou o aviso e, actualmente, praticamente toda a gente voltou a vir aqui todos os dias encher garrafões».

As autoridades sanitárias de Cantanhede continuam a analisar a água da fonte pelo menos uma vez por ano – que confirmam a existência de alumínio - e vão alertando para os perigos de quem a consome, mas (quase) ninguém liga. Daí, Rosa Monteiro voltar a aconselhar as populações daquela aldeia e quem tem o hábito de recolher água daquela fonte «a não o fazer», até por que, acentua, o concelho de Cantanhede tem uma óptima rede de água, oriunda da nascente de Olhos da Fervença (curiosamente também da freguesia de Cadima).Água que, diz agora à nossa reportagem o presidente da administração da empresa municipal Inova, «é analisada de 15 em 15 dias e pode beber-se directamente da torneira».

António Patrocínio Alves diz que, «infelizmente» há muita gente a consumir água «de poços e furos sem qualquer controlo», quando, na verdade, têm em sua casa «uma água excelente, rigorosamente controlada».


in DC