António Mota sobreviveu a um cancro para ser morto à paulada. Os presumíveis homicidas aguardam, por ordem do juiz, julgamento numa casa por eles arrendada antes do crime. A proprietária – inconsolável – chora a sua falta de sorte.
Nuno tem 20 anos, Rui 18. Estão em prisão domiciliária, num quarto ‘alugado' em Mira, porque a família não os quer. Teme pela sua segurança. A proprietária da casa chora o malfadado negócio.
Nuno enfrenta a acusação de homicídio do tio e padrinho, António Mota.
De acordo com a investigação da Polícia Judiciária de Aveiro, foi a tia, Rosa Vidal, de 39 anos, quem mandou matar o marido e tio de Nuno. O jovem terá contratado dois amigos, os irmãos Rui, de 18 anos, e Ricardo, de 17, jovens de Vagos já conhecidos pelas autoridades pela prática de pequenos delitos.
Desta vez o crime valeria dois mil euros, que nunca terão sido pagos pela presumível mandante, Rosa Vidal, porque todos foram detidos. Mas o juiz mandou três para casa e a Ricardo, por ser muito novo, não lhe aplicou qualquer medida de coacção acessória além do termo de identidade e residência, já prestado na Polícia Judiciária.
Nuno e Rui estão em casa numa zona de praia, a poucos quilómetros de Aveiro. Já lá estavam alojados desde final de Dezembro. Foi lá que a PJ deteve os jovens e foi para lá que Nuno e Rui regressaram em prisão domiciliária.
Em Mira, onde vivem agora os dois rapazes, pode agarrar-se o medo. A dona da casa está assustada, inconsolável. Chora enquanto explica que nunca lhe passou pela cabeça que estaria a abrir as suas portas a alegados criminosos.
O marido, esse não esconde a revolta. Garante que os jovens só têm o quarto alugado até ao dia 28 e que nessa altura os irá pôr fora de casa. Não é certo que o possa fazer, já que será naquela morada que será aplicada a vigilância electrónica.
Em Mira, uma vila pequena, todos sabem que Nuno e Rui vivem na casa. Não é preciso ser adivinho, já que cabe à GNR vigiá-la, para evitar a fuga até à aplicação da pulseira. Mesmo com a farda à porta, é notório o desconforto nos vizinhos - todos recusam falar.
Ainda por Mira...
Dois assaltantes foram detidos em flagrante delito quando furtavam uma vivenda no Lugar de Ermida (Mira) junto da Ponte da balança.
Os dois homens, com cerca de vinte e quarenta anos, foram detidos, no final da semana passada, em flagrante delito enquanto furtavam uma residência em Mira. O assalto deu-se numa casa perto da Ponte da Balança, em Mira, segundo informações prestadas pela GNR de Cantanhede. Os dois indivíduos detidos não possuem quaisquer antecedentes criminais, desconhecendo-se igualmente se detêm qualquer tipo de parentesco com os proprietários da casa.
O processo passou agora a inquérito.
in Correio da manha, Oprincipal
