terça-feira, agosto 28, 2007

Areias do descontentamento



Extração de Areias no concelho de Mira (junto à A17) dá origem a auto pelo Serviço de protecção da Natureza e Ambiente da GNR.


Segundo o J.N. (Jornal de Noticias) alguns proprietarios de terrenos, confinantes à dita zona de extração, acusam uma empresa de estar a remover areias sem qualquer autorização para tal. Apesar disso a empresa garante que tudo está conforme ("está tudo legal").


Na queixa apresentada surge um descritivo do local em causa após a dita remoção "Um buraco de 180 metros com cerca de cinco de profundidade e 20 metros de largura". O próprio consórcio que está a construir a A17 (Brisal) demonstrou se intrigado com o sucedido tendo também apresentado o caso à CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro).


A autarquia Mirense, ainda segundo o JN, "não quer tomar uma posição pública antes de terminado o processo de averiguações que desencadeou após a denúncia de extracção ilegal. No entanto,... a empresa terá obtido uma licença apenas para remodelação de terrenos " e não para a extração.


Esta situação já não será novidade para muitos Mirenses, visto que o assunto era sobejamente falado por entre as mesas dos cafes locais. Desde há alguns anos que se tem verificado um enorme interesse nos vastos areais do nosso concelho, e não só os da beira mar, mas sobretudo outros, em locais de acesso mais reservado, o que permite uma remoção sem que as autoridades sejam alertadas.

Muito se fala por entre dentes, mas parece que coragem para encarar os problemas falta a alguns. A questão das areias é hoje em dia de extrema importancia, pois para além de um bem escasso e de extraordinário valor económico, existe nas nossas terras em quantidades razoaveis depositadas ao longo de anos pelas ventos que do mar para terra costumam soprar.


LP/JN

quinta-feira, agosto 23, 2007

Turismo por cá...


Ao folhear a recente edição do Diario de Coimbra deparo-me com uma noticia em que se transmite a ideia da Praia de Mira como um destino Turistico de eleição (!), e onde os comerciantes se sentem realizados com as receitas deste ano, "Praia de Mira continua em alta. Turistas de todo o país e do estrangeiro inundam esta zona balnear. Quem fica a ganhar é o comércio e a restauração..."

A noticia nada teria de invulgar caso no mesmo Jornal não surgisse uma outra, esta relativa à Fig. da Foz, cidade aqui bem perto, beneficiando portanto das mesmas condições climatéricas e dispondo certamente de outras infraestruturas que não temos no concelho, não fosse a Fif. da Foz uma cidade e a Praia de Mira uma Vila, mas nesta cidade o panorama surge mais negativo, informando os leitores que as condições climatericas em nada ajudaram o Turismo este ano, "Época atípica na praia afasta turistas. O vento forte e o tempo instável que se tem sentido no mês de Agosto na praia da Figueira da Foz são responsáveis por prejuízos nos toldos de aluguer e na redução de turistas..."
Na mesma noticia relativa à Praia de Mira, um alto responsável pelo Parque Minicipal, acessor do Presidente Reigota em tempos passados, afirma que a época balnear tem sido "muito boa".

Ora esta situação agrada sobremaneira qualquer habitante da Praia de Mira, afinal a sua Praia não está tão mal como muitos dizem, o Turismo não está em queda e o panorama global é certamente promissor!

Mas será mesmo isto que se passa?

Um senhor de nome Richard Butler, um dos principais investigadores e teóricos do Turismo desenvolveu há uns um modelo destinado a classificar o estado do Turismo em determinada região. Este modelo pretende classificar um determinado local em termos de destino turistico.

De uma forma simplificado este modelo opta por analisar e classificar uma area destino segundo a sua previsivel procura. Quanto à Praia de Mira, e quanto ao concelho muito já se falou sobre o Turismo e sobre a aptidão deste concelho para essa industria em franca expansão. O que não se fala é no estado actual das infraestruturas e da procura. Seria interessante analisar este concelho de uma forma correcta e coerente de forma a propiciar uma boa base de trabalho aos interessados, pois fala se bastante mas depois o que sobra de todas estas dissertaçoes é manifestamente pouco. Ora vejamos, a P. Mira ja é visitada e procurada há alguns anos, mas qual é o verdadeiro estado do Turismo neste local? Está em desenvolvimento, em evolução? Ou está já num estado de estagnação em que o futuro não é tão risonho como o insistem em pintar?

Será que a procura da Praia de Mira enquanto destino turistico está assim tão alta, que permita aos responsáveis locais brindarem de satisfação?
Será que os Turistas que nos visitam para além de um bronzeado levam também boas recordações que os façam regressar?
Não querendo ser redutor ou arrogante, será que o Turismo que temos satisfaz os Mirenses, sobretudo os mais ligados ao fenómeno Turistico?
Será que temos o Turismo que podemos, ou o que merecemos?


Seria interessante começar mos aqui um debate serio e construtivo sobre este tema, não custa nada e poderá ser um eventual embrião para uma futura analise do Turismo nas terras de Mira.


João Luís Pinho

quarta-feira, agosto 22, 2007

Rastilhos de Verão


Ao longo dos tempos vários fomos aqueles que olharam para as matas com saudade. Saudade dos tempos idos em que ela estava limpa e aprazivel para um qualquer momento de ocio, lazer.. ou mesmo para de forma saudavél praticar a "arte do namoro".

Este ano ano alguem se encarregou de mandar limpar aquela especie invasora que tanto trabalho nos dá a combater, a acácia pois então, entre outros matos e arbustos claro.

Trabalho feito, ramos cortados e arbustos por terra, e para nosso grande espanto... ainda lá estão!

Já não são aqueles ramos da primeira semana apos o corte, agora sao um amontoado de materia combustivel, prontinha para que uma alma mais descuidada, algum desalmado mais perverso, por desleixo ou perversidade, ou ainda uma eventual "brasa" daquelas que por estes meses nos visitam lhe ponha fogo... e aí, bem aí será aquilo que ninguem quer, mas que poucos realmente algo fazem para evitar, ou seja fogo florestal!

Pela comunicaçao social local já muito se falou, fazem isto fazem aquilo, mas o que mais me intriga é a falta de responsabilização por parte daqueles que a isso estão obrigados.

Não sei de quem é a responsabilidade da recolha desses residuos, bastante perigosos se atendermos à epoca e ao local em que se inserem, mas confesso que me agradaria sobremaneira que fossem retirados das nossas beiras de estrada, seja por A, B, C ... ou mesmo Z, o interessante seria mesmo retira los e limpar a area...


Sonhar é bom não é...??? Eu ainda sonho


João Luís Pinho