segunda-feira, dezembro 21, 2009

Mirices o 4º aniversário


Parabens Mirices

Foi em Dezembro de 2005 que teve inicio o blog "MIRICES"

Com dias melhores, outros nem tão bons assim... por cá continuamos a mexer com ideias, projectos e noticias.
Àqueles que nos têm brindado com as suas leituras, comentários ou visitas o nosso agradecimento, são vocês a razão deste espaço.
Esperamos poder contar convosco neste ano que se aproxima.

A todos
UM OBRIGADO

Administrador

segunda-feira, dezembro 14, 2009

AIBAP obtém 3º lugar em prémio internacional - Incubadora mais promissora


Incubadora da Beira Atlântico Parque obtém 3º lugar em prémio internacional

A Associação da Incubadora do Beira Atlântico Parque/ BIC Beira Atlântico foi seleccionada como uma das “Jovens Incubadoras mais promissoras a nível Mundial”, no âmbito da competição Mundial da 2009 “SBI Conference and Awards, Best Practices in Science Based Incubator” lançada pela Presidência Europeia Sueca, que teve lugar a 19 e 20 de Novembro em Estocolmo.

Segundo a Associação da Incubadora do Beira Atlântico Parque/ BIC Beira Atlântico, o júri decidiu atribuir o 3º lugar na categoria de "Most Promising New Incubator" à AIBAP/ BC Beira Atlântico de Portugal.

A lista de Incubadoras, Parques Tecnológicos e de outras iniciativas seleccionadas para as diferentes categorias desta competição, foi a seguinte:

  • Overall Winner

    1. @Wales Digital Media Initiative (UK)

    2. KITZ - Kiel Center of Innovation and Technology (Germany)

    3. Technology and Innovation Park Jena (Germany)

  • Category Most Promising New Incubator

    1. InQbator of Poznan Science & Technology Park, AMU Foundation (Poland)

    2. Waterloo Research and Technology Park Accelerator Centre (Canada)

    3. AIBAP - BIC Beira Atlântico (Portugal)

O Júri de Avaliação foi composto por Heinz Fiedler (chair), President of Science Park & Innovation Centres Expert Group (SPICE), Germany; por Peter Harman, Chief Executive [Elect] of UK Business Incubation (UKBI), UK; por Mikael Hult, National Coordinator of Innovationsbron AB, Sweden; Dinah Adkins, President Emeritus of the National Business Incubation Association (NBIA), USA; e por Jack Malan, Founding partner of the Centre for Strategy & Evaluation Services (CSES), UK.

Jack Malan Os nossos parabens a toda a equipa que nos últimos tempos levou a AIBAP ao lugar que hoje ocupa. Neste periodo de escassez economica, que não sendo anos de excelência ao nível financeiro, teem sido aproveitados pela AIBAP para o seu reforço no mercado, sobretudo ao nível internacional.

Vista por muitos como um "elefante branco", por outros como um espaço mal aproveitado, o importante a que a AIBAP tem sido um excelente meio de divulgação do concelho e do país a nível internacional.


sexta-feira, novembro 13, 2009

De facto...


"Já lá vai tempo em que a palavra de alguém tinha mais poder do que qualquer papel assinado. Bastava um aperto de mão para que o compromisso ficasse mais sólido que uma rocha.
Hoje, se não houver assinatura num papel, e em algumas situações reconhecida pelo notário, não há palavra que valha.
Não sei se foram os tempos que mudaram ou se foi a seriedade que deixou de existir. Mas é interessante ver como há gente que ainda gosta de demonstrar que honram os velhos costumes, dando até a entender serem cumpridores da palavra, a verdade é que nem sempre é assim… Nem mesmo o que escrevem serve de compromisso, infelizmente para eles."

De facto assim é... e cada vez mais!

Quanto a Nós - Mirices -por cá continuamos mais uma ano. Em Dezembro de 2005 abraçamos este projecto, com dias bons e outros nem tanto, ainda por cá continuamos.
Acusados disto e daquilo, procurámos manter a nossa imagem desde o primeiro dia, o que por vezes não é fácil.
Estamos e estivemos abertos à participação de todos, comenta quer quer, publica quem pode, basta escrever e para nós enviar, o que não acontece tanto quanto gostaríamos.
A todos aqueles que nos visitam, um sentido obrigado... e claro, sempre que possível, aquele "passô-bem"

Administrador

quinta-feira, outubro 29, 2009

Demolições na praia


"Não acata expropriação
nem aceita indemnizações"

País - Demolições começaram na praia de Mira - RTP Noticias, Vídeo

A Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Centro e Câmara de Mira, procederam ontem ao “bota-abaixo” de palheiros quase centenários “implantados” nas dunas da zona Norte da Praia de Mira, no âmbito da requalificação da margem do mar, protecção dos sistemas costeiros e prolongamento da marginal até à zona da lota. Ao todo foram quatro palheiros que foram abaixo, mas a “empreitada” não ficou concluída porque os herdeiros do único edifício de cimento existente nas dunas não acataram a expropriação nem qualquer indemnização e interpuseram uma acção no tribunal.
Ontem, no local, a advogada da ARH, Maria Guadalupe, ainda tentou chegar a um acordo com o representante dos herdeiros do imóvel, mas este manteve os propósitos do seu cliente que pretende «manter o direito de propriedade» do imóvel.
Maria Guadalupe não tem dúvidas que o tribunal irá dar razão à AHR porque o edifício «viola o Plano de Ordenamento da Orla Costeira» por um lado, e, por outro, porque o imóvel «foi construído ilegalmente sem qualquer tipo de licença». Por isso, espera uma decisão do tribunal «favorável».

Quanto aos quatro palheiros demolidos, todos os proprietários aceitaram as indemnizações propostas pela ARH – cujos valores a advogada não quis divulgar – e antes do “bota-abaixo” saudado e apoiado por muitos populares, a causídica leu publicamente o documento emanado do tribunal que confere a posse administrativa à Administração Regional Hidrográfica.
«As demolições e limpeza de toda esta zona dunar vão decorrer até ao início de Janeiro, entrando-se depois no processo de adjudicação das obras de requalificação, que deverão iniciar-se no primeiro trimestre de 2010», revelou ao nosso Jornal a advogada.
O projecto de requalificação da margem do mar da Praia de Mira, recorde-se, remonta a 2001 e há cerca de um ano a ARH e a Câmara de Mira assinaram um protocolo de cooperação técnica e financeira “apadrinhado” pela Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades.
Acordo que assenta na execução das demolições das construções degradadas existentes entre a Capela dos Pescadores e a lota da Praia de Mira. Construções que, tal como afirmou ontem Maria Guadalupe, não estão adaptadas ao previsto no Plano de Ordenamento da Orla Costeira para construções situadas em domínio público hídrico das praias do Litoral Centro, por isso foram objecto de acções conducentes à expropriação, ontem consumadas, com excepção de um proprietário.
No local, entre a capela e a nova lota, vão ser construídos passadiços em madeira de transposição das dunas e ligação à praia e a execução de um passeio marginal da Avenida Arrais Batista Cera, bem como a adaptação do barracão situado junto à capela, que vai dar lugar a um Núcleo de Educação Ambiental.

Candidaturas ao Eixo IV e QREN
De acordo com o protocolo assinado entre a Câmara de Mira e a ARH, para a obtenção de financiamento desta requalificação costeira vão ser apresentadas duas candidaturas separadas, uma por cada entidade e para as acções a seu cargo, ou seja, o Eixo IV (Protecção e Valorização Ambiental) do POR/Centro (Mais Centro) do QREN, assegurando cada um dos promotores a componente financeira da contrapartida nacional.
O projecto desta requalificação, da responsabilidade da Câmara, foi analisado pela ARH que emitiu um parecer vinculativo e emitiu a respectiva licença de utilização dos recursos hídricos, entidade que também promoveu a candidatura aos fundos comunitários. De acordo com a autarquia, para uma melhor eficácia do projecto, foi, também, criada uma comissão de acompanhamento «com funções de coordenação» das acções que integram o desenvolvimento da parceria, e ainda o acompanhamento em termos físicos e financeiros a execução das obras.

(in DC, 29.10.09)


terça-feira, outubro 27, 2009

Terra com alma...


Com os dias de calor a terminar, feitas as contas de mais um verão e de mais uma época balnear que findou, mais um ano se abeira do fim. Este ano, que foi fortemente marcado pelos diversos actos eleitorais, foi também um ano de consolidação e de afirmação de uma terra e das suas gentes.

Por Lisboa os “Caretos da Lagoa” passearam as suas vestes coloridas num bailado de ousadia e diversão, sempre afoitos e irreverentes como manda a tradição, não fossem eles “Caretos da lagoa”. Pelo Norte, João Petronilho levou imagens desta terra e dos seus habitantes, neste caso não seres humanos, mas animais. Tendo mesmo conseguido um primeiro prémio com a sua fotografia de um sapo das areias.

Pela imprensa e media, noticias como, a Inauguração da Pescanova, a bandeira Azul, os lares para a 3ª idade, entre outras que com pena não me recordo, foram colorindo os dias dos Mirenses que se alegravam com noticias da sua terra. Certamente que também surgiram noticias menos boas, tais como a relativa às areias do montalvo, as relativas a acções vistas como negativas pelas oposições politicas locais, entre outras relativas a roubos e furtos que por aqui também ocorreram. No entanto, e procurando assumir uma posição de observador isento, creio que, numa breve e simplista análise geral, Mira até esteve bem.

Estamos em finais de Outubro, um novo ano está já ali à porta. Um novo ciclo politico iniciou, desta vez com responsabilidades acrescidas para o executivo dirigente local, tal foi a manifestação de apoio manifestada pelos Mirenses.

Neste novo período, em que a tão propagandeada “crise” se fez e fará sentir é conveniente ter os pés bem assentes na terra, não enveredando os executivos locais por megalomanias ou um qualquer projecto macrocéfalo, como por vezes se verifica, apostando antes, e com forte convicção, nos valores que deram origem a esta terra, e a estas gente. Valores locais e reconhecidos por todos os gandarezes, deste o extremo sul ao extremo norte deste pequeno grande concelho.

Esta terra, que engloba em si mesmo um vasto conjunto de potencialidades, deverá ser assumida na sua plenitude enquanto local de lazer e ócio, não só para os que nos visitam, mas também, e sobretudo para aqueles que aqui residem.

Provida de um conjunto de riquezas culturais, etnográficas e ambientais de elevado valor e potencial, esta terra encerra em si aquilo que de melhor se poderá encontrar em toda a região centro.

Certamente tem deficiências em vários os níveis, e quem não as tem, contudo Mira soube, apesar da sua pequenez, manter vivo um certo espírito de pertença, que noutras localidades do litoral centro se foi perdendo ao longo dos tempos. E graças a quem? Aos Mirenses, pois então. A eles deverá ser reconhecido o mérito por termos hoje aquilo que temos.

Aos que lavraram a terra, tantas vezes sob a dura presença de uma natureza agreste no Inverno e castigadora no Verão, devemos graças. Foram esses homens e mulheres que, durante os períodos mais negros da nossa história recente, souberam criar e manter esta forma de estar. Posses tinham muito poucas, a propriedade estava muitas vezes nas mãos de meia dúzia de ricos proprietários cuja única função era rentabilizar as suas terras, graças ao suor de outros de menos recursos. Foram estes homens que, com o apoio da terra, mataram ao fome aqueles que do mar viviam.

Hoje em dia, graças ao trabalho e à “luta”, as circunstancias são outras. E ainda bem. É bom lembrar que tínhamos palheiros na Praia de Mira, como bem relatou Raquel Soeiro de Brito na sua obra “Palheiros de Mira”, mas é ainda melhor ver que poucos têm, hoje em dia, que viver nessas construções, que, apesar de românticas, encerram em si muita pobreza, muita fome e muita miséria.

A nós, habitantes e Mirenses, em pleno século XXI, cabe-nos a dura tarefa de, pelo menos, manter aquilo que os nossos antepassados recentes nos deixaram.

Um vasto sistema hídrico fluvial, composto por valas, ribeiros e regatos, cuja beleza e importância para o bem-estar das populações é sobejamente conhecida. Um ecossistema ambiental e florestal, cuja existência se deve, sem qualquer dúvida, aqueles que com o suor do seu rosto e com a força dos seus braços a semearam e acarinharam durante o seu crescimento, cabendo nos agora a tarefa de o preservar, recriando-o e reinventando para um usufruto coincidente com as actuais exigências e necessidades. Uma linha de costa, romântica e protectora, cujas areias foram inspiração para poetas, e cuja imagem perdura na mente daqueles que nos brindam com a sua visita.

Gosto de ver os Mirenses orgulhosos da sua terra, e gostaria ainda mais ver esses mesmo cidadãos exercerem a cidadania que nos deram de uma forma integra, promovendo e impulsionando aquilo que é nosso, e que a nós cabe usufruir, mas sem duvida também proteger e promover.


João Luís Pinho

quinta-feira, outubro 15, 2009

Farmacia Matilde Soares assaltada à mão armada


Farmácia de Mira assaltada à mão-armada

Homem encapuzado entrou com caçadeira de canos serrados e levou cerca de dois mil euros em dinheiro.


Passavam quinze minutos das 20 horas de ontem quando um homem entrou munido de uma caçadeira na Farmácia Matilde Soares, em Mira, localizada junto à Estrada Nacional 109. Seguiram-se dois a três minutos de tensão, não mais, recordou, ao DC, Fernando Soares, proprietário da farmácia, sublinhando que todos os funcionários têm instruções para não reagir com qualquer tipo de violência quando confrontados com este tipo de assaltos.

A mesma fonte refere-nos que o indivíduo que entrou na sua farmácia tinha a cara tapada com um gorro e um cachecol de um clube de futebol. No exterior, apurou depois, estaria um cúmplice ao volante de um Volkswagen Golf de cor preta que partiu sem deixar rasto.
«Levou parte do dinheiro da caixa e do cofre. Um a dois milhares de euros», referiu-nos, acrescentando que a arma era uma caçadeira de canos serrados.
Segundo o seu proprietário, esta foi a primeira vez que a sua farmácia foi assaltada à mão-armada.
No momento do assalto, não estava qualquer cliente no interior da farmácia mas ao que apurámos, uma cliente que acabara de sair chegou a ser ameaçada para ficar quieta e calada sob pena de sofrer com as consequências.

A GNR de Mira e a PJ de Aveiro já tomaram conta da ocorrência sendo que haverá registo, em Aveiro, de um assalto, ontem à tarde, a uma gasolineira, em que também terá participado uma viatura idêntica, não se sabendo ainda se é a mesma.

quarta-feira, outubro 14, 2009

VITÓRIA ESTRONDOSA DO PS EM MIRA

VITÓRIA ESTRONDOSA DO PS EM MIRA


O PS venceu as eleições de ontem para a Câmara Municipal de Mira infringindo ao PSD uma derrota estrondosa.

Com 4.587 votos (55,9%) os socialistas obtiveram 5 mandatos (João Reigota, Manuel Martins, Sandra Pereira, Miguel Grego e Saul Rico) contra 2 do PSD (Rocha de Almeida e Lusís Filipe Barreto) que obteve 2.333 votos (28,48%).

O MAR, movimento liderado por Agostinho Silva, obteve 890 votos (10,86%) não conseguindo obter qualquer mandato.

O PS venceu também a Assembleia Municipal (Fernando Regateiro continua a ser o seu presidente) e as Assembleias de Freguesia de Mira e Praia de Mira, continuando António Alberto e Carlos Milheirão na liderança daquelas duas autarquias.

As Assembleias de Freguesia de Carapelhos e Seixo continuam no PSD com Gabriel Pinho e Albano Lourenço ao comando.

CM MIRA os eleitos

PS(5) - JOÃO REIGOTA, MANUEL MARTINS, SANDRA PEREIRA, MIGUEL GREGO, SAÚL RICO.PSD(2) - ROCHA DE ALMEIDA, LUÍS FILIPE BARRETO.

AM MIRA os eleitos

PS(14) - FERNANDO REGATEIRO, CARLOS BRITES MONTEIRO, LEONOR BORRALHO, PAULO GREGO, NARCISO PATRÃO, VERA LÚCIA MANCO, CALISTO COQUIM, PAULO REIGOTA, ZÉLIA MORAIS, VITOR BARREIRA, JOÃO MARIA NOGUEIRA, SARA FRESCO, e ANTÓNIO ALBERTO (Presidente da JF MIRA) e CARLOS MILHEIRÃO (Presidente da JF PRAIA DE MIRA).PSD(9) - JOSÉ FRADE, JUAN ANTÓNIO APOLINÁRIO, MARIA DA CONCEIÇÃO OLIVEIRA, PEDRO NUNES, RICARDO COSTA, ANA DIAS ... e GABRIEL PINHO (Presidente da JF CARAPELHOS) e ALBANO LOURENÇO (Presidente da JF SEIXO).MAR(2) - JOSÉ CARLOS GARRUCHO, JOSÉ BALUGAS.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Que discurso...!?

(Maria e Aníbal)











QUE DISCURSO...!?


As opiniões de dois conceituados Jornalistas portugueses sobre o "discurso" do PR

Quem estava à espera de que o presidente da República viesse falar de segurança, enganou-se. Cavaco Silva falou de política. E falou alto, pois acusou "o partido do Governo" - sem nomear quem - de ter "ultrapassado os limites do tolerável e da decência", acusou-o de ter manipulado, de lhe ter dirigido um ultimato, tudo com o objectivo de "desviar as atenções" das questões que preocupavam os cidadãos e de o "encostar ao PSD".

Estas são as acusações. Ouvidas e lidas, fica-se sem perceber como irão presidente e primeiro-ministro recém-confirmado pelas urnas entender-se, como pode o presidente trabalhar com o líder de um partido que manipula, que passa dos limites. Felizmente, o PS foi ponderado na resposta, limitando-se a justificar ponto por ponto as acusações que lhe eram dirigidas, desmontando-as, e resistiu à tentação de manter o clima de guerra. Mas não há nada a esperar de bom nas relações S. Bento-Belém, a cooperação institucional não passa já de um conceito. De agora em diante, o Parlamento, os partidos e o Governo têm nas suas mãos a responsabilidade acrescida de garantir a estabilidade do país. Depois do discurso de ontem, Cavaco vê muito reduzida a sua capacidade de intervir na qualidade de árbitro.

As acusações avançadas não estão fundamentadas pelo discurso do presidente: o discurso é frágil e até ele mesmo manipulador, pois fala num assessor que não é o seu próprio assessor, trazendo à colação um colaborador do primeiro-ministro que, em toda a parte da história das escutas é personagem menor. Pior: o discurso, além de confuso, não é claro no essencial. Cavaco diz que ninguém fala em seu nome, a não ser o chefe da Casa Civil ou da Casa Militar, diz ter dúvidas que o seu assessor - finalmente fala no seu assessor- o tenha feito mas procedeu a alterações na sua Casa Civil. Ou seja: Fernando Lima, o assessor de Cavaco, pode nada ter feito de mal, mas mesmo assim é afastado e o presidente não achou importante vir dizer, antes, em cima da revelação do email, que tudo era uma manipulação. Misturando emails - um de enorme gravidade revelado no DN e os seus próprios, que não vinham a propósito -, prossegue na confusão. Queríamos saber de escutas, mas Cavaco diz que chamou especialistas e que ficou a saber que existem vulnerabilidades no seu computador. A sua preocupação com as escutas era esta? Alhos e bugalhos misturados num discurso que visava resolver um problema e que arranjou outro bem pior! Qualquer pessoa sabe que um computador não é cem por cento invulnerável, até o Pentágono já foi vítima de intromissões.

O discurso do presidente é desequilibrado e confuso, ambíguo, inoportuno e nada claro: as acusações são directas, mas o que queríamos ver explicado está em meias-palavras. É infantil, e por isso nos deixa a todos perplexos. Patético. Politicamente, Cavaco deu ontem um passo decisivo para encerrar a sua carreira sem direito a segundo mandato. Fá-lo da pior forma, aliás.

Director do Jornal de Noticias
José Leite Pereira

Primeiro que tudo: recomendo a leitura e a releitura da comunicação de ontem do Presidente da República. Até porque este está longe de esclarecer tudo para além de dois factos essenciais: Cavaco Silva considera que o partido do Governo tentou puxá-lo "para a luta político-partidária" e procurou "desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos".

Mais: o Chefe de Estado considera que isso começou a acontecer a meio de Agosto, classificando as declarações de alguns dirigentes do PS como "um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República".
Para quem não se recordar, foi por causa dessas declarações de dirigentes socialistas que o PÚBLICO contactou os serviços da Presidência da República, onde uma fonte oficial se interrogou sobre se os assessores de Cavaco Silva não estariam a ser vigiados. O Presidente não desautorizou ontem os membros da Casa Civil que falaram ao PÚBLICO: disse que só ele fala em seu nome - ele os chefes da Casa Civil e da Casa Militar; e acrescentou que não constituía "crime" formular interrogações sobre as "declarações políticas de outrem", nisso incluindo mesmo "as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil" "sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República".

Mesmo sem assumir os termos exactos em que as interrogações chegaram à imprensa (e não foi só pelo PÚBLICO), o Presidente nunca as desautorizou - e isso deixou por explicar ontem. Contudo, disse que "não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for". Uma frase importante que me obriga a recordar o que escrevi no dia 19 de Agosto: "O terreno está movediço e o Presidente quer preservar a sua autoridade e autonomia, pois sabe que há sombras de tempestade no horizonte. Só isso pode explicar que tivesse deixado que se soubesse que receia que nem todos os jogadores estejam a jogar com cartas limpas."

Ontem ficou claro que Cavaco Silva receava que o partido do Governo não estivesse a fazer jogo limpo. Tão cristalinamente claro que é difícil imaginar em que condições o Presidente da República e o primeiro-ministro vão conseguir cooperar num momento difícil para o país.
Ontem também ficou claro que o Presidente da República não geriu bem este caso. Mas lá iremos.
É certo que o Presidente da República nunca disse, de viva voz, que temia estar a ser vigiado. Mas disse que, a seguir à campanha eleitoral para as legislativas, falaria "sobre questões de segurança". Para quem não se recorde, essa declaração foi feita no dia em que o Diário de Notícias cometeu duas faltas deontológicas gravíssimas: primeiro, violou correspondência privada trocada entre profissionais do PÚBLICO; segundo, fê-lo para expor uma fonte deste jornal.

Cavaco Silva estranhou esse comportamento - "porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses?" - e viu em tal decisão um novo sinal do esforço para "colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções". Porque ligou "imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto". As tais declarações de dirigentes do partido do Governo...

E a seguir acrescentou que essa publicação desse e-mail privado lhe suscitou a seguinte dúvida: "Será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?" Ou seja, tornou claro que, se antes ainda podíamos circunscrever as suspeitas a alguns dos seus colaboradores, o Presidente assumiu ontem que, pelo menos desde a publicação do e-mail, também ele teve dúvidas sobre a segurança da sua própria correspondência. Dúvidas que o levaram a chamar especialistas que o informaram que existem vulnerabilidades no sistema de comunicações pela Internet de Belém. O que é grave e deve ser esclarecido depressa - pela Presidência e pelos serviços de segurança portugueses.

Fica assim tudo esclarecido? Longe disso. O Presidente disse que, "passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência", decidiu "partilhar", "em público", "a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias". Só que essa interpretação não chegou para esclarecer os portugueses.
Recorro por isso, de novo, ao que já escrevi, desta vez a 22 de Setembro: "Das duas, uma: ou a seguir a 27 de Setembro fundamenta as suas suspeitas, e age em conformidade, ou, se se limitar a iniciativas pífias, terá enfraquecido a sua autoridade como Chefe de Estado, porventura de forma irremediável". Infelizmente não fundamentou de forma consistente as suas suspeitas - nem clarificou bem que suspeitas tinha, ou tem - e, tendo sido forte no ataque aos que acusou de o tentarem condicionar e envolver na campanha, a única iniciativa tomada, sobre segurança informática, fica muito aquém do clima que, porque o desejou ou porque não o evitou, deixou criar.
Esta intervenção, a par com a não intervenção mais cedo, tem consequências. Umas o Presidente já as assumiu: o seu comportamento pode-lhe "causar custos pessoais". Outras deverão ser mais pesadas, pois sai ferido deste processo numa altura em que sabe que terá de continuar a lidar com um primeiro-ministro em que, manifestamente, não confia.
Quanto ao PS, pela voz de Pedro Silva Pereira, este decidiu assumir o conflito. O que significa que esta história não acaba aqui - muito longe disso. Não são boas notícias para o país, sobretudo no momento que vive.

José Manuel Fernandes
Director do Público



terça-feira, setembro 29, 2009

Importância e significado cultural da casa gandaresa


Na nossa região consolidaram-se dois tipos distintos de habitação, o palheiro e a casa gandaresa. O palheiro em Mira atingia dimensões assinaláveis, diminuindo de escala mais a sul, como na Tocha, diferença que também se assinala nos tipos de casas dos lavradores. No que respeita a estas últimas, afirmaram-se dois modelos, a casa de Mira e a casa da Tocha.

Trata-se com efeito dos dois grandes modelos, sobretudo porque a planta e as divisões da casa são diferentes, havendo no entanto muitos aspectos que as assemelham.



O modelo de casa de Mira domina numa área que vai sensivelmente do Rio Boco a norte, até à ribeira da Fervença. Para sul, a partir das Cochadas e Caniceira domina o modelo de casa da Tocha, sendo o corte e mudança muito nítida entre a Ermida e a Caniceira.


A Península ibérica teve a sorte de receber tecnologias de terra por vários canais, sendo dois deles mais importantes: do norte pelos romanos e do sul pelos árabes. Por seu lado Portugal e Espanha exportaram essas tecnologias nomeadamente para a América e para África.


A construção em terra tem vantagens a nível económico, energético, ecológico, social, cultural, e ainda a nível prático e técnico.


O modelo da casa gandaresa levou cinco séculos a amadurecer e a apurar-se, sem interferências de outras culturas que o descaracterizassem, salvo as influências de tradição mourisca e a incorporação de elementos renascentistas, que lhe acrescentou encanto e elegância. Deixando adivinhar a vida sóbria e serena do campo é ela fruto duma sólida sabedoria, conformada em sucessivas gerações, e duma relação harmónica e feliz com a paisagem e os elementos.


A casa gandaresa encontra remota filiação na casa árabe ou mourisca. À arquitectura do granito, que se desenvolve em altura, o sul contrapõe um espaço térreo, organizado em planta centrada, aberto para o interior, recorrendo a alvenarias de terra crua e cozida. É portanto uma casa-pátio, de nítida filiação árabe, cujos materiais originários seriam o adobe, a telha caleira e a madeira de pinho. Parece haver, no entanto, no pátio gandarês, um remoto eco dos espaços interiores romanos, sobretudo da casa rural romana, e que se viram revividos nos claustros românicos de grande número de conventos.

Revitalizar a construção em adobe, ou pelo menos em técnica mista de adobe e cimento, este nos pilares e vigas, traria não apenas o usufruto de espaços mais agradáveis mas também a vantagem económica do menor custo dos materiais utilizados.


A casa integra-se na paisagem e quase se funde com ela. Daí que passe muito despercebida. A casa é como quem a habita: humilde, serena, integrada, funcional e feliz.


A construção em adobe, de tradição ancestral, produziu em si, em termos sociológicos, uma contradição aparentemente insanável. Se os nossos antepassados apreciavam a construção em terra pelo seu carácter confortável e quente, maternal e protector, puro e consonante com a terra a que se sentiam ligados, mais recentemente, as gentes, sobretudo as mais desprotegidas, sentem-se nela presas e envergonhadas, como num arcaismo que se lhes afigura obstáculo às aspirações sociais de consumo, ostentação e afirmação, em subserviência às imagens materiais do progresso moderno.

Passou-se então à destruição pura e simples das casas gandaresas e sua substituição por tipologias estrangeiras ou de proveniência duvidosa, em que escandaliza a absoluta transgressão da escala e uma enorme confusão tipológica. O esquecimento total da tradição acarretou o consequente adulteramento da paisagem povoada.


Um olhar mais atento para com este fascinante modo de habitar revela-nos um tesouro que se vai desvendando, mas que se sabe fugaz, pois, qual espécie em vias de extinção, dentro de anos não restará de pé um único exemplar, redundando em perda de memória e dum património colectivo que, pese embora a sua despojada aparência, guarda uma enorme riqueza que se vai dissipando.

Esperamos pois que, através dum empenhamento colectivo e convergente, se possam vir a preservar pelo menos os exemplares mais significativos dessa arquitectura tão serena, que transporta em si uma beleza intensamente discreta, e que, tal como a vida, é efémera e ternamente frágil.


(in Oponto, Por P. F.)

sexta-feira, setembro 11, 2009

EN MIRA vai pra OBRAS - EN109 recuperada e Ponte da Balança requalificada


MIRA vai para OBRAS - EN 109 recuperada e Ponte da Balança requalificada


O secretário de Estado das Obras Públicas esteve ontem em Mira para consignar a obra de beneficiação da EN 109, que atravessa o concelho, e que o actual presidente da Câmara disse estar em degradação há pelo menos 30 anos.


De tal forma que João Reigota, face à revolução feita na rede viária e aos inúmeros investimentos feitos no concelho pelo actual Governo, disse a Paulo Campos que a EN 109 «é que nos está a atrapalhar a todos neste momento». Porém, acentuou o autarca na cerimónia efectuada nos paços do concelho, o governante voltou a Mira novamente «para cumprir uma promessa, a palavra dada, como sempre veio [a Mira] em momentos importantes para o concelho».
Paulo Campos – que tinha prometido esta requalificação no lançamento da construção da A17, há mais de dois anos – explicou que no lançamento do primeiro concurso da obra «houve alguns obstáculos administrativos» entretanto suprimidos e que agora (aproveitando as palavras de Reigota), estava em Mira no cumprimento de promessas feitas. E lembrou: «quando chegámos ao Governo lançámos a A17, uma das nossas primeiras marcas orientadas para a rede viária no Centro».
O secretário de Estado frisou que Mira já é «uma referência do ponto de vista económico» e gabou a persistência, acção e empenho de Reigota que «insistentemente pressionou e sensibilizou o Governo» para os problemas da EN 109.
Paulo Campos recordou que nos quatro anos e meio de Governo socialista o Ministério das Obras Publicas investiu em estruturas rodoviárias em mais de 1 200 quilómetros no interior do país para «assegurar a coesão dos territórios» e, sendo a rede rodoviária uma das primeiras marcas deste Governo, aquele responsável frisou ser importante «concentrar investimento em zonas onde faz mais falta».

10 quilómetros de extensão
Apesar de Coimbra [distrito] ter uma centralidade rodoviária, Campos considera que não está, ainda, «na centralidade do mapa rodoviários», daí reforçar que os investimentos nesta área «devem estar concentrados nas regiões».
Francisco Miranda, da Estradas de Portugal, apresentou os contornos da obra, que vai incidir entre o limite do distrito Aveiro e a Ponte da Balança, no concelho de Mira, numa extensão de 10,3 quilómetros. A empreitada, cujo investimento está estimado em 2,382 milhões de euros, inclui a substituição da ponte e pretende, segundo aquele técnico, melhorar as condições de circulação, aumentando a segurança naquele troço, nomeadamente no acesso de Mira à A17. A empresa tem 270 dias para a conclusão da obra, prevista para Junho de 2010.

(JCS, In Diário Coimbra)

sexta-feira, agosto 28, 2009

Destruição de cartaz agita ambiente eleitoral em Mira

PS diz que acusações são "falsas e inqualificáveis"

Destruição de cartaz agita
ambiente eleitoral em Mira


Candidato à Junta de Carapelhos pelo PSD apresentou queixa na GNR contra o presidente
da câmara, João Reigota, do PS, e garante que vai “até às últimas consequências”
O PSD de Mira, cujo cabeça-de-lista às eleições autárquicas é Rocha de Almeida, acusa o candidato do PS e actual presidente da autarquia, João Reigota, de calúnia e tentativa de agressão a um candidato social-democrata. Tudo terá acontecido na noite de segunda-feira, na localidade de Casal de S. Tomé, na presença da GNR. A queixa já foi apresentada e vai seguir para o Ministério Público.

Andava uma equipa da candidatura do PSD a colocar as estruturas metálicas para a propaganda em Casal de S. Tomé quando a situação aconteceu. Os oito elementos do PSD, diz um comunicado da candidatura social-democrata de Mira, «foram abordados, insultados e ameaçados pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Mira, Dr. João Reigota, e pelo seu filho, Francisco Reigota». Entre esses elementos encontrava-se Gabriel Pinho, o candidato social-democrata à Junta de Freguesia de Carapelhos, que, ao Diário de Coimbra, se mostrou «pasmado» com a situação. E relatando os acontecimentos, contou que quando andavam a colocar as estruturas, cerca das 23h00, apareceu a GNR chamada por alguém. Vendo que nada de anormal se passava, os militares estavam para ir embora, até que chega o filho do presidente da Câmara e, pouco depois, o próprio presidente, acompanhado pelo advogado da autarquia, no carro da Câmara. «Chamou-nos porcos, escumalha, disse que nos partia a todos», relatou Gabriel Pinho, considerando inaceitável a postura do candidato e presidente da autarquia, assim como a do filho do candidato, que também diz ter insultado os elementos da comitiva do PSD.
Na origem dos insultos estará um cartaz do PS junto à Câmara que apareceu cortado, mas Gabriel Pinho garante que o PSD nada tem a ver com o incidente.
«O presidente da Câmara disse asneiras de todo o tamanho. Ficou tudo pasmado», conta ainda, afirmando mesmo que se não fosse a intervenção da GNR teria havido agressão física. «Em 33 anos em campanha não me lembro de coisa igual», disse ainda o candidato à Junta de Carapelhos, que já apresentou queixa, que fonte da GNR confirmou, que vai agora seguir para o Ministério Público. «Vou até às últimas consequências», garante.

O candidato do PSD, Rocha de Almeida, prefere não tecer grandes comentários à situação, mas mostra-se tranquilo com o seu desfecho, uma vez que na altura dois elementos da GNR presenciaram todos os acontecimentos. Diz, contudo, ser «lamentável» a situação, assim como a destruição do cartaz do PS, tenha ela sido feita por quem for. «É uma vergonha para o concelho. São acontecimentos que nos desprestigiam», considera ainda Rocha de Almeida.

PS fala em acusações
“falsas e inqualificáveis”
A candidatura do PS, em comunicado, afirma que «são falsas e inqualificáveis as acusações imputadas a João Reigota, que apenas mostrou a sua indignação perante a destruição da sua campanha». Mais, acusa o candidato à Junta de Carapelhos de destruição dos cartazes, «um em frente à Câmara de Mira e outro roubado em Carromeu».

«Em Mira todos conhecem João Reigota e todos conhecem igualmente Gabriel Pinho, sendo este último useiro e vezeiro neste tipo de atitudes provocatórias, difamatórias e atentatórias ao bom nome das pessoas», afirma ainda o comunicado da candidatura de Reigota, classificando de «comportamento baixíssimo» a atitude de Gabriel Pinho. E também o PS irá apresentar, «oportunamente, as respectivas queixas crimes no tribunal».

A Rocha de Almeida também são dirigidas críticas, nomeadamente a de ter deixado o concelho há 16 anos «de forma miserável», aparecendo agora a «promover o divisionismo e a destruição».

quarta-feira, julho 22, 2009

CORRUPÇÃO


CORRUPÇÃO


A palavra corrupção deriva do latim corruptus que, numa primeira acepção, significa quebrado em pedaços e numa segunda acepção, apodrecido, pútrido. Por conseguinte, o verbo corromper significa tornar pútrido, podre.

Em todas as sociedades humanas existem pessoas que agem segundo as leis e normas reconhecidas como legais do ponto de vista constitucional. No entanto, também existem pessoas que não reconhecem e desrespeitam essas leis e normas para obter benefício pessoal. Essas pessoas são conhecidas sob o nome comum de criminosos. No crime de corrupção política, os criminosos – ao invés de assassinatos, roubos e furtos - utilizam posições de poder estabelecidas no jogo político normal da sociedade para realizar atos ilegais contra a sociedade como um todo.

O Indicador de Percepção de Corrupção é um ranking anual que aponta os países percebidos como os menos corruptos e os mais corruptos do mundo. Para construí-lo, a organização TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL (que é uma organização não governamental fundada na Alemanha que tem como missão criar mudanças de comportamento que levem a um mundo livre de corrupção) faz uma mate-análise (isto é, uma “pesquisa de pesquisas” feitas por especialistas) de 16 pesquisas originais de dez institutos independentes e atribui notas de 0 a 10 aos países analisados.. Dessa meta-análise resulta a medida anual da incidência de corrupção em 159 países do Planeta. Cerca de 50 países do planeta ainda não são analisados devido à falta de pesquisas originais adequadas.

Os analistas procuram saber como as diferentes formas de corrupção, por exemplo, o pagamento de subornos, o tráfico de influências em obras públicas através de concessão de contratos públicos a amigos e parentes, corrupção no sistema Judiciário e mau uso de cargos públicos, são percebidos pela população e por estrangeiros em contacto com a administração desses países. Isto é, o índice mede a percepção da corrupção e não a actividade corrupção propriamente dita, mas a Transparência Internacional acredita que o ranking retrate de uma maneira precisa o problema da corrupção no mundo.

Em 2004 os 12 países percebidos como os menos corruptos no planeta foram: Finlândia, Noruega, Austrália, Canadá, Islândia, Holanda, Nova Zelândia, Singapura, Suécia, Suíça, Dinamarca e Luxemburgo. E os 12 mais corruptos são: Azerbaijão, Bangladesh, Bolívia, Camarões, Indonésia, Quênia, Nigéria, Paquistão, Rússia, Tanzânia, Uganda e Ucrânia.

Em 2005, no ranking da TI, a Islândia tomou o lugar da Finlândia como o país percebido como o menos corrupto. Neste ano, os 15 primeiros colocados em percepção da corrupção e suas notas respectivas foram:

1) Islândia (9,7), 2) Finlândia (9,6), Nova Zelândia (9,6), 4) Dinamarca (9,5), 5) Singapura (9,4), 6) Suécia(9,2), 7) Suíça (9,1) 8) Noruega ( 8,9) 9) Austrália (8,8) 10) Áustria (8,7) 11) Holanda (8,6) e Reino Unido (8,6) 13) Luxemburgo (8,5) 14) Canadá (8,4) 15) Hong Kong (8,5)

Portugal ficou em 26a posição com 6,5 pontos no ranking de corrupção de 2005.

segunda-feira, julho 20, 2009

Festas e arraiais








Festas e arraiais






Chegou o tempo delas! Por todas as aldeias e lugares vão surgindo os programas das "festas da terra". Umas grandes outras mais pequenas, não há lugarejo que não goste de ver em pleno mês de calor a sua festa e a sua procissão.

Desde o Seixo à Corujeira, passando pelos Leitões e Lagoa, em todos os lugares do concelho os "mordomos" trabalham com afinco para que durante 3 ou 4 dias a sua aldeia viva mais intensamente o Verão.
Reza se ao padroeiro, fazem se umas rifas e a cerveja corre... e de que maneira.
Os emigrantes recém chegados aproveitam, para relembrar outros tempos em que as festas eram mais vividas, pois a vida também era bem diferente. Fala se daquilo que mudou durante mais um ano em que por fora laboraram, apontam se os dedos a obras feitas e às por fazer também... "e lá fora é que está bem."
Em dois lugares do concelho as festas assumem especificidades muito próprias. Na Presa ,com o "Pipo" o vinho corre sem parar, a alegria pelo doce néctar propiciada invade ,velhos e novos, num frenesim báquico de significativas dimensões. Pela Lagoa e durante a tarde de Domingo são as barcas (e seus remadores) quem alegra a festa. Os tempos em que os construtores de barcas da Lagoa faziam dezenas de embarcações já lá vai. Agora para o sorteio anual da Barca da Lagoa, durante o festejo, é necessário recorrer à vizinha povoação do Seixo de Mira, onde o último construtor continua a tradição das barcas da lagoa.

Seja qual for a sua aldeia, seja qual o seu lugar aproveite mais este Verão para viver o que as nossas terras nos oferecem, à beira de um fogareiro, junto ao balcão da "tasca" da festa, ou simplesmente com os amigos... viva a sua terra.


João Luís Pinho

quinta-feira, maio 14, 2009

Areias da discórdia

Extracção de areias origina denúncias de autarcas

A empresa Irmãos Lopes e Cardoso Lda, de Oliveira do Hospital, está a fazer extracção e lavagem de areias em Montalvo, Mira, faz amanhã dois anos, sem qualquer espécie de licença. O contrato com a Câmara de Mira, dona dos terrenos, foi feito em 14 de Maio de 2007 para as obras da A17, mas depois destas concluídas há mais de um ano, aquela empresa continua a fazer extracção e lavagem de areias, alegadamente com o mesmo contrato e sem qualquer licença passada pela Câmara.

A situação despoletou várias denúncias de políticos locais ligados ao PSD e deputados municipais, quer à CCDR Centro, quer à Administração Regional do Ambiente, quer ainda à Equipa de Prevenção da Natureza e Ambiente (EPNA) do Destacamento de Cantanhede da GNR. As alegadas irregularidades foram detectadas em Janeiro de 2008, altura em que elementos da EPNA foram inspeccionar o local e identificaram o proprietário da empresa «por não estar a cumprir as normas do contrato», disse fonte desta entidade ao DC.

Já no início deste ano, os mesmos elementos da EPNA voltaram a fiscalizar os terrenos onde estão a ser extraídas as areias, em Montalvo, e a situação era pior. «A área estava muito maior, o proprietário mostrou o mesmo contrato (das obras da A17) e não tinha nenhuma licença», diz a mesma fonte que enviou um novo relatório à CCDR Centro «a denunciar a situação».
A inspecção aos terrenos por parte da EPNA voltou a ocorrer a 4 de Março e 24 de Abril passados e de acordo com a nossa fonte, tudo estava na mesma, ou seja, «o proprietário continuava sem licença, mostrou o mesmo contrato, e terminámos o nosso trabalho com a elaboração de novo relatório à CCDR Centro, acompanhado por fotografias».
A verdade é que até ao momento - e após estas diligências da EPNA, a CCDR Centro ainda não intimou a empresa ou a Câmara de Mira de qualquer ilegalidade e ontem, apesar dos esforços desenvolvidos pelo nosso Jornal para obter alguma informação sobre este assunto, quer o director regional, Alfredo Marques, quer o adjunto, Moura Maia, estiveram indisponíveis por motivos profissionais.
Já a Administração Regional do Ambiente do Centro confirmou ao DC ter conhecimento destas denúncias, porém, Teresa Fidelis afirmou que a extracção e lavagem de areias em Montalvo decorre «numa zona fora do domínio público hídrico», pelo que a responsabilidade da legalidade da mesma «cabe à CCDR Centro». Mesmo assim, disse aquela responsável, «já solicitámos apoio à equipa da EPNA da GNR no sentido de apurar a forma como se está a fazer a lavagem de areias e a sua localização».

Extracção pode terminar hoje
Um deputado municipal do PSD garante que por aquele órgão autárquico «não passou nenhum pedido de licenciamento da extracção de areias», pelo que, afirma, as mesmas «são ilegais» e que o que se está a fazer «é um atentado ao ambiente e um roubo ao concelho».
Por outro lado, diz o mesmo deputado, «a Assembleia só aprovou a venda de areias para a A17» e que estas só podiam ser extraídas até uma profundidade de três metros e no terreno «vêem-se poços e chacras com mais de 10 metros de profundidade», e estes estão a ser tapados «com lixo e não com inertes».
O Diário de Coimbra também falou com o proprietário da empresa que está a fazer a extracção, que garantiu estar «dentro da lei». Pedro Jorge explica que tem «um contrato com a Câmara», que o terreno «está licenciado» e que o contrato «tem clausulas que definem as cotas de extracção». Por isso, garante, «estão a tentar denegrir a nossa imagem», confirmando que o contrato com a Câmara termina, precisamente, hoje, e que a autarquia ainda não lhe disse se o iria prorrogar. A decisão é hoje tomada na reunião do executivo camarário, e se o referido contrato não for prorrogado, a extracção e lavagem de areias no Montalvo «é imediatamente suspensa a partir de amanhã (hoje)», disse ainda.

Exploração “devidamente
legalizada e contratualizada”
O executivo da Câmara de Mira considerou ao Diário de Coimbra que se está a verificar «uma intoxicação por parte de algumas pessoas em levantar, em alturas de eleições, suspeitas» acerca do procedimento concursal da venda de inertes do Montalvo. E a este propósito refere que, com base no RECARP – Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução elaborado pela Brisa/Lace, ficou definido «e devidamente legalizada» uma Mancha de Empréstimo classificada como “17ME”, para retirar inertes no âmbito da construção da A17. Depois de a autarquia proceder a um concurso público «aprovado por todos os órgãos municipais» para a venda de 758.000 metros cúbicos de inertes (areia de pinhal). Concurso que foi anulado pelo júri devido às propostas apresentadas serem «muito abaixo do valor base do concurso» e do valor corrente «praticado pelos empreiteiros da Auto-estrada». Abriu-se novo concurso e, no seguimento deste novo procedimento, foram adjudicados os quatro lotes à empresa “Lopes e Cardoso” «pelo valor de 767.471,000 euros, tendo a mesma efectuado uma caução de 38.373,75 euros». O executivo camarário de Mira diz que a exploração de inertes «está devidamente contratualizada e legalizada» e quanto à lavagem de areias está isente de licenciamento. «Este isenção, enquadrada pelo RECARP, verifica-se pelo facto de não haver rejeição de efluentes para o solo».
Executivo que recorda que os vereadores do PSD votaram favoravelmente o contrato de compra e venda de inertes no Montalvo e que os deputados do mesmo partido se abstiveram na Assembleia. Num assunto que parece ter criado um caso político em Mira, os vereadores do PS dizem ter ficado demonstrado «o estado de desnorte, desorientação e falta de sentido de responsabilidade de quem quer ser alternativa para o Governo do concelho».

in DC - 15.05.09

segunda-feira, abril 27, 2009

Secundário de Mira vence 1ª sessão das 20ª Edição da Escoliadas


20.ª Edição da escolíadas
Secundária de Miravence primeira sessão.


No arranque da 20.a edição das “Escolíadas 2009” foi a Escola Secundária Dr.aªMaria Cândida, de Mira, a vencedora, “arrancando” do júri 248 pontos, mais seis pontos do que a segunda classificada nesta primeira sessão, a Secundária Homem de Cristo, de Aveiro, e mais 13 pontos que a terceira classificada, a Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, de Ílhavo.


As crises e as loucuras, que fazem muitas vezes nascer sonhos, assim como a fúria de viver, a emancipação feminina e a luta das mulheres pelo direito ao voto foram alguns dos temas retratados pela escola vencedora, que este ano se apresentou a concurso com o tema “Os anos 20”. Jazz e foxtrot ouviram-se na sala da discoteca “O outro mundo”, do Complexo Quinta dos Três Pinheiros, na Mealhada, misturados com adereços e figurinos a rigor. Uma combinação que levou o júri a pontuar a escola, na prova de Teatro, com 66 pontos. Nesta mesma categoria, a escola de Aveiro conquistou 54 pontos, ao apresentar uma peça de teatro homenageando ilustres aveirenses, no âmbito das comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro. Para Ílhavo seguiram, no escalão Teatro, 53 pontos, conquistados pela apresentação da peça “A identidade”, «que nem sempre é aceite por quem nos rodeia», como diria Joel, o apresentador desta escola. Nas restantes provas, a escola de Mira obteve a melhor pontuação em Claque, com 62 pontos, seguindo para Aveiro 61 pontos e para Ílhavo 59 pontos. Na prova de Música, o destaque foi para a prestação da escola de Aveiro, que, interpretando a “Canção de embalar”, do ilustre aveirense Zeca Afonso, conquistou o primeiro lugar na categoria, com 71 pontos, seguindo-se a escola de Mira, com 63 pontos, e a de Ílhavo, com 54 pontos, esta apresentando um tema original. Surpresa pela vitóriaCátia Tomásio, aluna do 12.oº ano da Escola Secundária Dr.aºMaria Cândida e apresentadora oficial da escola, não escondia a sua satisfação pela vitória, tanto mais que no ano passado a escola de Mira não passou sequer da sessão de apuramento. «Não esperávamos ganhar. Estamos muito felizes, até porque sabíamos que as nossas concorrentes eram fortes», disse. Este ano, adiantou ainda, os alunos apostaram na qualidade dos figurinos, tentando uma melhor prestação, que não tem sido conseguida nos últimos anos. Cristina Neves, também do 12.o ano e participante na prova de Claque, também não escondeu a sua surpresa pela vitória, admitindo, no entanto, que a preparação este ano foi outra. «Sei que agora tivemos outro cuidado», revelou.Cláudio Pires, da “Escolíadas – Associação Recreativo-Cultural”, que promove anualmente esta competição entre escolas, fez um balanço positivo desta primeira sessão da 20.a edição. «Correu tudo bem, o que em difícil em termos técnicos. Todos os anos fazemos alterações, complicando o trabalho para os técnicos, que têm de garantir que não há falhas». Fez, de resto, um balanço positivo também relativamente aos ensaios e à participação de público nesta primeira sessão, bem mais quando comparado com anos anteriores. «Todos se estão a preparar muito bem para esta 20.aº edição. As escolas estão a procurar fazer melhor», adiantou Cláudio Pires, que, por isso mesmo, tem expectativas elevadas relativamente a esta edição.

terça-feira, abril 14, 2009

Deputados Municipais do PS de Mira lançam comunicado

Deputados Municipais do PS de Mira lançam comunicado

COMUNICADO DOS DEPUTADOS DO PS DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MIRA

Uma manobra pura de diversão politica… ao serviço de quê e de quem? Dos Mirenses não foi certamente…


Foi agendada para o dia 23 de Março uma Assembleia Municipal Extraordinária para discutir assuntos urgentes e muito importantes para o concelho... por isso é que se marcam reuniões extraordinárias, porque a importância e a premência dos assuntos assim o exigem. Contudo, na hora de dar inicio á sessão, um deputado do PSD levantou a questão de um eventual problema na entrega da documentação por via digital. Parece que alguns deputados teriam tido problemas no acesso aos documentos e que um (1) não teria mesmo podido aceder. É justo e digno que todos os deputados estejam na posse dos documentos para os poderem analisar e discutir em consciência, ajudando a tomar as melhores decisões em prol do nosso concelho. Face a este cenário os deputados do PSD pediram o adiamento da reunião, com a “ameaça” de abandono da sala deixando assim sem quórum a assembleia para funcionar de pleno direito e dentro da legalidade... E assim, os assuntos que eram urgentes e importantes lá teriam de esperar para “segundas núpcias”.

Perante este cenário, os deputados do PS rejeitam e criticam veementemente, convém tecer algumas considerações em prol da verdade dos factos.




  • 1º - A convocatória para a Assembleia foi remetida pelo meio que a lei determina e que o regulamento interno da Assembleia Municipal de Mira consagra e dentro dos prazos previstos, e o restante material de apoio cumpriu igualmente todos os preceitos definidos pelas regras que a própria assembleia estatuiu. No entanto, e fruto do volume dos documentos em apreço, houve alguma dificuldade de acesso electrónico, por parte de alguns deputados.


  • 2º - O material foi disponibilizado 7 dias antes (no dia 16 de Março) e só no dia 23 de Março (no próprio dia da Assembleia) é que 2 deputados do PSD reportaram os problemas havidos, tendo os serviços da autarquia de pronto tentado solucionar os problemas técnicos. Se a situação tivesse sido colocada aos serviços mais cedo, (e não no próprio dia da assembleia) teria, eventualmente, sido possível resolver os problemas atempadamente!


  • 3º - Contudo, e até por uma medida cautelar para prevenir estas situações, para além do envio, via electrónica, para todos os deputados do material da Assembleia é, ainda, entregue um exemplar em formato papel a cada líder das bancadas, para que todos os deputados possam ter acesso aos documentos por via do seu líder, nomeadamente nas reuniões de preparação que cada partido, de forma responsável, deve fazer para preparar as reuniões.


  • 4º - A tese de que o líder não poderia tirar fotocópias de todos os documentos para os deputados que eventualmente não tiveram acesso aos mesmos, em nosso entender, não colhe pois os assuntos com “mais papel” desta reunião (Plano de Emergência e Plano de Pormenor da Zona Industrial – pólo II) já estiveram em consulta pública, são documentos estratégicos de fundo que já passaram por muitas assembleias e estão disponíveis na página (site) do município para consulta de todos os interessados, sendo que no essencial se resumem a 1 ou 2 páginas.


  • 5º - O mais grave que podemos verificar é que depois de todo este alarido dos 12 (doze) deputados do PSD apenas 6 (sim seis!) tentaram aceder aos documentos, e destes 6 que tentaram aceder 2 (dois) deles faltaram à reunião e 1 (um) só tentou aceder no dia da reunião. Ou seja, verdadeiramente apenas 3 (três) deputados do PSD é que quiseram e se esforçaram por preparar convenientemente a reunião, os restantes “borrifaram-se” e provocaram este “incidente” para desviar as atenções do que é verdadeiramente importante para o futuro do concelho.


  • 6º - Afinal de quem foi a falha mais grave? Quem foi mais displicente? Os deputados do PSD não podem exigir a documentação com tantos dias de antecedência e depois só tentarem aceder a ela “em cima” da reunião. Isto é o que se passava quando eram mandadas resmas de papel para cada deputado e muitos deles só abriam o envelope na hora da reunião... Dizem que se preocupam, que querem informação mas depois nem para os papéis olham!


  • 7º - Mas e afinal o PSD não prepara as reuniões em grupo? Os deputados do PSD não discutem os assuntos e acertam estratégias? Se o fazem, então porque alegam não ter tido acesso aos documentos se havia pelo menos a cópia em papel?


  • 8º - Não podemos compactuar com este tipo de aproveitamento político de eventuais falhas técnicas que sempre podem ocorrer. Não podemos aceitar que os deputados do PSD procurem passar para a opinião pública uma imagem de vontade em colaborar, de empenhamento e de credibilidade e depois na prática, não preparem as reuniões, não discutam os assuntos, não procurem aceder atempadamente aos documentos e usem estratagemas de baixa política (a ameaça de abandonar a sessão é lamentável!) para impedir que assuntos urgentes e estruturantes para o concelho sejam discutidos e aprovados...

Os deputados do PS querem uma Assembleia moderna que dê exemplos positivos e que se empenhe em discutir os assuntos que interessam aos Mirenses. Os deputados do PS estão empenhados em continuar a colaborar com o executivo e com o futuro colectivo e não podem compactuar com estratagemas que visem apenas tentar provocar “manobras de diversão”, que visem atrasar e adiar a discussão de assuntos vitais para o desenvolvimento do concelho e assim, ao serviço da “politiquice”, descredibilizar o trabalho serio e honesto que deve ser desenvolvido por todos os eleitos locais e em particular os membros da Assembleia Municipal.


in Oprincipal, 2009-04-08

LOTA da Praia de Mira -actividade em pleno


A licença e número de controlo veterinário atribuídos pela Direcção-Geral das Pescas e Agricultura só chegou a meados de Março, pelo que só agora a lota da Praia de Mira iniciou a sua actividade em pleno», disse ontem ao Diário de Coimbra Helena Cardoso, engenheira da Docapesca, responsável por este sector da empresa que controla as lotas de pescado no país. Responsável que justificou o atraso do funcionamento desta estrutura, inaugurada em Maio do ano passado, com a dificuldade na atribuição da licença e controlo veterinário, «um processo necessariamente moroso» e ainda com o atraso na aquisição de todo o equipamento da lota, que vai desde maquinaria, sinalética, câmaras frigorificas, balcões…, que chegaram a “conta gotas”, o que também terá feito demorar o processo burocrático de vistoria às instalações e atribuição do respectivo licenciamento e número de controlo veterinário.Helena Cardoso, não só confirmou o fim de todo o processo e o consequente início da actividade desde meados do mês passado, como garantiu que a lota da Praia de Mira é a primeira e única dedicada à arte xávega «certificada com a norma HACCP – Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controlo, sistema de segurança alimentar».Esta norma HACCP, diz aquela responsável da Docapesca, consiste numa abordagem sistemática e estruturada de identificação de perigos e probabilidades da sua ocorrência, em todas as etapas da produção, «definindo medidas para o seu controlo».


O início da actividade da lota da Praia de Mira coincidiu com a abertura da campanha de pesca artesanal, que normalmente vai de Março a Novembro/Dezembro e as oito empresas (companhas) que vão ao mar três a quatro vezes por dia (consoante o estado do mar) já podem armazenar, vender e tratar o pescado «em totais condições de higiene, segurança e qualidade. Pescado que, na Praia de Mira, é vendido em mais de 70 por cento a armazenistas de Aveiro e Figueira da Foz «que o compram por tuta-e-meia» e o restante a empresas de restauração daquela vila piscatória do concelho de Mira «para consumo em fresco» e a compradores particulares que, nalguns casos, têm estabelecimentos de restauração, conta ao nosso Jornal João Saborano, pescador da Praia de Mira, neste momento a trabalhar num pesqueiro da Figueira da Foz.«Eles [pescadores de arte xávega] andam a trabalhar na Praia de Mira, mas neste momento ainda há pouco pescado», afirma este pescador que, por isso mesmo, foi trabalhar para a Figueira.«Na Praia de Mira fazem três ou quatro lances por dia e trazem para terra duas ou três caixas de carapau e meia dúzia de robalos e sargos», diz João Saborano, lembrando que um bom lance tem de dar «pelo menos cento e tal caixas e mais variedade de peixe». A explicação para o pouco pescado deve-se, na óptica deste homem do mar, «às águas estarem ainda muito frias», não augurando um futuro promissor à pesca artesanal na Praia de Mira. «Muitos estão a desistir e, actualmente, a arte xávega é boa apenas para os reformados ou para os miúdos que andam na escola e aproveitam as férias para ir nos barcos», adianta.

Investimento de um milhão

O Diário de Coimbra também falou com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte, António Macedo, que confirmou que os pescadores (cerca de 90 das oito companhas existentes na Praia de Mira) «já estão a laborar a 100 por cento», admitindo, tal como João Saborano, que «a pesca está muito fraca na Praia de Mira». O sindicalista também confirma a atribuição da licença e número de controlo veterinário, embora sublinhe que estar um ano à espera destas formalidades «foi um tempo demasiado longo» o que na sua óptica «retrata o país que temos». António Macedo tem, no entanto, outra preocupação, que é, diz, «comum a outras lotas», revelando temer que agora, depois da atribuição do número de controlo veterinário, «a Docapesca a entregue [lota] a um concessionário e vá para lá gente que não tenha nada a ver com a pesca».Recorde-se que na ocasião deste novo equipamento na Praia de Mira, em Maio do ano passado, o secretário de Estado das Pescas, Luís Medeiros Vieira, disse que o investimento de um milhão de euros – repartidos entre fundos comunitários, Estado e Câmara de Mira -, «contribui para melhorar as infra-estruturas da pesca artesanal» na Praia de Mira e que a nova lota e posto de vendagem (entre as 56 existentes) «é uma das maiores do país».

segunda-feira, abril 06, 2009

Água do Porto Sobreiro "perigo para a saude publica"



Água da fonte de Porto Sobreiro é um perigo para a saúde pública.


Não tem valido de nada os alertas das autoridades de saúde de Cantanhede para o facto de a água da centenária fonte de Porto Sobreiro, situada na aldeia com o mesmo nome da freguesia de Cadima, estar «altamente contaminada» com metais pesados, designadamente com valores «altíssimos» de alumínio. Valores detectados pelo menos desde há quatro anos e que se mantêm, o que levou a Junta de Freguesia local a colocar um aviso na fonte de: “Água imprópria para beber”.

A verdade é que praticamente toda a população da aldeia de Porto Sobreiro, Taboeira, Cadima e outras povoações vizinha continuam a abastecer-se e a consumir aquela água, ignorando os perigos que correm, apesar dos avisos.As últimas análises efectuadas à água desta fonte «continuam a detectar valores muito altos de metais pesados, muito superiores ao limite», o que constitui um perigo para a saúde pública.«Quem bebe desta água não corre um perigo imediato, mas os efeitos cumulativos do seu consumo vai originar problemas reais e gravíssimos, nomeadamente ao nível renal», diz ao Diário de Coimbra a delegada de saúde de Cantanhede, Rosa Monteiro.Esta responsável alerta, ainda, que crianças e idosos são quem correm maiores riscos ao beberem esta água «seguramente contaminada com altos teores de alumínio», as primeiras por que ainda não têm o sistema imunitário devidamente formado; os segundo por que o têm [sistema imunitário] mais fragilizado. Riscos que aumentam caso o consumidor desta água «já tenha problemas renais». Nesta caso, diz Rosa Monteiro, os problemas podem surgir «rapidamente» e os consumidores podem sofrer lesões nos rins «irreversíveis».Esta fonte de água da aldeia de Porto Sobreiro é centenária e ao longo de décadas foi uma das maiores fontes de abastecimento não só da freguesia de Cadima mas também de muitas famílias de outros lugares.

A sua água era famosa, cristalina, pura, até que – também ao longo de anos, um terreno não muito distante da fonte, começou a servir de “depósito” de baterias, ferros e uma panóplia de outros metais, o que veio a contaminar a água da fonte. Os primeiros exames químicos que detectaram a presença de alumínio e outros metais na água da fonte datam de (pelo menos) de 2005, e foi nessa altura que, avisada para os perigos, a Junta de Freguesia de Cadima colocou um aviso na fonte a dizer que a água era imprópria para consumo.Água dos Olhos de Fervença «Nessa altura as pessoas tiveram um certo receio e deixaram de vir abastecer-se», conta um morador à nossa reportagem. Porém, diz, «alguém retirou o aviso e, actualmente, praticamente toda a gente voltou a vir aqui todos os dias encher garrafões».

As autoridades sanitárias de Cantanhede continuam a analisar a água da fonte pelo menos uma vez por ano – que confirmam a existência de alumínio - e vão alertando para os perigos de quem a consome, mas (quase) ninguém liga. Daí, Rosa Monteiro voltar a aconselhar as populações daquela aldeia e quem tem o hábito de recolher água daquela fonte «a não o fazer», até por que, acentua, o concelho de Cantanhede tem uma óptima rede de água, oriunda da nascente de Olhos da Fervença (curiosamente também da freguesia de Cadima).Água que, diz agora à nossa reportagem o presidente da administração da empresa municipal Inova, «é analisada de 15 em 15 dias e pode beber-se directamente da torneira».

António Patrocínio Alves diz que, «infelizmente» há muita gente a consumir água «de poços e furos sem qualquer controlo», quando, na verdade, têm em sua casa «uma água excelente, rigorosamente controlada».


in DC

segunda-feira, março 23, 2009

RobotEMIR na 3ª RobotPARTY




Equipa de Robótica de Mira participou na 3ª RoboParty

A equipa RobotEmir, constituída por 3 alunos do Clube de Robótica da Escola Secundária de Mira participou, em parceria com a Associação Emir, no evento RoboParty’09 organizado pela Universidade do Minho, entre 27 de Fevereiro e 1 de Março.
A equipa participou nas provas desportivas e lúdicas e demonstrou as suas capacidades nas provas de robótica constituídas por competições de perseguição, dança, obstáculos, sriatividade e construção.
A participação nas provas de robótica foi muito positiva, tendo a equipa ficado sempre em lugares cimeiros na tabela de pontuação das 120 equipas participantes. A melhor posição alcançada foi a chegada aos 4º de final na prova de perseguição.
Professores e alunos envolvidos no projecto estão muito satisfeitos com a experiência e com a troca de conhecimentos que a participação proporcionou.
O Grupo de Robótica da Universidade do Minho tem vindo a realizar várias palestras em escolas sobre o tema robótica bem como algumas demonstrações com robôs "in loco", por forma a fomentar o gosto dos jovens por esta área. Os jovens têm demonstrado através destas competições não apenas interesse em participar como também conhecimentos de qualidade, através dos robôs que têm construido.
A RoboParty® consiste num evento pedagógico que reune equipas de 4 pessoas, durante 3 dias e duas noites (trás o teu saco cama), para ensinar a construir robôs móveis autónomos, de uma forma simples, divertida e com acompanhamento por pessoas qualificadas. Inicialmente, é dada uma curta formação (para aprender a dar os primeiros passos em Electrónica, programação de robôs, e construção mecânica), depois é entregue um KIT robótico desenvolvido pela empresa SAR - Soluções de Automação e Robótica e pela Universidade do Minho, para ser montado pelos participantes (Mecânica, electrónica, e programação) e que no final do evento pertence à equipa. Todas as equipas têm acompanhamento para de pessoas com conhecimento para ajudar na construção e programação do teu robô.Decorrem em paralelo outras actividades lúdicas como desporto, música, internet, jogos, festas, etc. Cada participante traz o seu saco cama e fica lá durante todo o evento.A RoboParty® é idêntica a uma LANParty e também funciona 24h/24h mas tem um objectivo pedagógico e educacional. São ainda dadas a conhecer as regras das competições nacionais e internacionais de robótica mais importantes, para poderes participar.