sexta-feira, janeiro 28, 2011

Bungalows a sair!!!

Bungalows nascem no parque de campismo de Mira.

O projeto insere-se no projecto de remodelação do Parque Municipal de Campismo de Mira que prevê a existência de 21 unidades de carácter complementar destinadas a alojamento. Estas unidades serão isoladas entre si e terão a forma de bungalows. Uma delas será destinada à utilização por portadores de deficiência motora.

A construção tradicional da zona era o palheiro, edifício palafítico todo em madeira que se implantava nas dunas e margens de lagoas estando perfeitamente adaptado ao meio, quer à movimentação de areias quer à subida do nível das águas. O revestimento exterior em madeira é aplicado em forma de escama.

Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Saul Rico, vereador da Câmara Municipal de Mira, salientou que o objetivo é que a construção “esteja concluída esta época balnear”, nomeadamente em junho.

Esta construção, explicou, é “criar condições para atrair mais turistas”, pois a durante o verão o concelho “tem elevada procura”. O objetivo, afirma, “é potenciar Mira e as suas praias”.

O Parque Municipal de Campismo de Mira fica localizado na Praia de Mira entre o mar e a lagoa tendo como limites a Norte e Nascente via pública, a Sul a floresta e a Poente o Lago do Mar. É precisamente ao longo do Lago do Mar que se desenvolvem os bungalows.

Entretanto, a autarquia mirense lançou a empreitada de execução do edifício de apoio aos bungalows. O concurso estará aberto até 8 de Fevereiro e o preço base é de 119 mil euros. A autarquia pretende executar um edifício com uma área total de 256 m2, constituído por uma central técnica e quatro divisões onde futuramente irão funcionar uma lavandaria interna, uma lavandaria self-service e todos os serviços de apoio a estes equipamentos. O edifício terá uma central técnica que será equipada com a água quente. Esta obra prevê ainda ligações à rede de água pública, bem como aos circuitos pré-instalados de águas quentes sanitárias e de aquecimento existentes.

(in AsBeiras 28.01.11)

ASSALTOS... eles andam ai!

Eles andam ai!

Três residências assaltadas
em Mira e Tocha à luz do dia

Proprietários viram habitações, em Corujeira e Leitões (Mira) e nas Cochadas (Tocha), completamente vandalizadas. Ladrões só se interessaram por ouro e dinheiro.
«Fiquei em estado de choque quando entrei em casa e vi tudo de pernas para o ar». O desabafo é de Maria do Céu Soares, 42 anos, casada, que ao regressar a casa para almoçar, deparou com o interior da habitação, situada na aldeia de Corujeira, concelho de Mira, «num caos». Tinha sido alvo dos ladrões em pleno dia, que não hesitaram em arrombar os estores de uma janela para se introduzirem na moradia.
«Quando abri a porta e vi as luzes todas acesas até pensei que me tinha esquecido de as desligar, mas depois, quando entrei na cozinha e vi tudo revoltado, vi logo que tinha sido assaltada», diz ao nosso Jornal, Maria de Céu, que ficou ainda mais revoltada quando percorreu toda a casa e se deparou com tudo revolvido.
«Mexeram em tudo o que era gavetas, armários, prateleiras, em todas as divisões. Tudo espalhado pelo chão e todas as luzes acesas», diz a proprietária da residência, que até quarta-feira, dia em que sofreu o assalto, pensou que «isto só acontecia aos outros».
Os ladrões já saberiam que o casal proprietário da residência estava ausente, a trabalhar, e que só regressava a casa à hora do almoço ou ao fim do dia. Maria do Céu trabalha num supermercado de Mira, o marido, Sérgio Pessoa, trabalha numa serralharia, também em Mira.
«Saí de casa às 8h45 e regressei para o almoço às 12h30», explicou Maria do Céu. Ontem, apesar de ter a casa «virada do avesso», não deu por falta de mais nada a não ser todo o ouro que tinha na habitação e algum dinheiro.
«Levaram-me uma caixa onde tinha todo o ouro, anéis, fios, pulseiras… Ouro antigo, que nem sei o valor que tinha. Do quarto do meu filho (um militar da GNR a prestar serviço no posto de Ílhavo) também levaram um fio de ouro do seu baptizado e braceletes (de relógios) de marca», conta a vítima. Os ladrões também descobriram no quarto do casal, «na mesinha de cabeceira», cerca de 500 euros em dinheiro, que também levaram. Do quarto do filho, além do fio em ouro e das braceletes, os larápios também arrombaram um mealheiro «que tinha cerca de 170 euros».
Ou seja, os invasores viraram a residência “de pernas para o ar”, mas apenas levaram dinheiro e ouro, o que indicia estar-se perante indivíduos com um “modus operandi” já conhecido das autoridades, que actuam em zonas rurais, em locais perto de acessos a nós de auto-estradas, de fuga fácil, como é o caso de Corujeira, em Mira, onde existe um nó de acesso à A17.

Meio quilo de ouro
«Levaram todo o ouro que tinha em casa, cerca de meio quilo. O meu quarto ficou num verdadeiro desalinho». Agora, o desabafo é de Maria Clara dos Santos Pessoa, residente no lugar de Leitões, Mira, outra vítima dos larápios, muito provavelmente os mesmos que atacaram a casa de Maria do Céu, na Corujeira.
«Só demos pelo assalto por volta das 18h00, altura em que o meu marido chegou a casa e viu a luz acesa e o nosso quarto todo revirado, roupas pelo chão, gavetas da cómoda e das mesas-de-cabeceira abertas», disse ontem ao DC, Maria Clara, que diz ter ficado com um prejuízo incalculável.
«Levaram-me três cordões grossos, oito pulseiras dos meus filhos, três anéis, um deles de noivado e outro de sete escravas, sete pares de brincos e argolas, e até missangas que estavam no quarto da minha filha», conta, desolada, Maria Clara, garantindo que no total o ouro furtado da sua residência «pesava mais de meio quilo». Quanto ao seu valor não faz ideia, pois tratam-se de peças de ouro com alguma antiguidade, mas, seguramente, terá tido um prejuízo «de milhares de euros». De resto – tal como aconteceu na residência de Corujeira – os larápios apenas levaram o ouro da casa.
«Por sorte não tínhamos dinheiro em casa, senão também era roubado», opina a vítima.
Maria Clara e o marido trabalham todo o dia fora, ele como motorista, ela como cuidadora de um casal de idosos, regressando a casa ao fim da tarde, o que “facilitou” a tarefa dos bandidos, que, neste caso, tiveram tempo de vasculhar os quartos dos filhos (um rapaz e uma rapariga) e o quarto do casal, onde estavam guardadas as peças de ouro.

Casa de emigrante
nas Cochadas
O périplo dos assaltantes terminou nas Cochadas, na freguesia da Tocha. Desta vez, a vítima foi um emigrante na Suíça, cuja casa foi, igualmente, vandalizada. O sogro deste emigrante, Celestino Varanda, como de costume, foi à residência do genro ao fim da tarde (18h30) para acender as luzes exteriores como o faz habitualmente para iludir os amigos do alheio, e deparou com a porta arrombada.
No interior viu guarda-fatos, cómodas e gavetas abertas, roupa espalhada pelo chão e não teve dúvidas. A casa da filha e do genro fora assaltada, pela segunda vez, aliás, disse ao nosso Jornal a mulher de Celestino. Neste caso, as autoridades não sabem o que foi furtado, uma vez que os proprietários estão ausentes e os familiares não sabem, também, ao pormenor, o recheio da habitação.
Pela cronologia dos assaltos e rota geográfica entre as três residências, tudo leva a crer que os crimes foram praticados pelas mesmas pessoas. Na Corujeira, a casa de Maria do Céu foi assaltada entre as 8h45 e as 12h30, nos Leitões, Maria Clara deu pela “marosca” ao fim da tarde e nas Cochadas o assalto foi descoberto às 18h30. Qualquer uma destas localidades tem acesso rápido e fácil à A17.

Foi votar e ficou
sem cordão por “esticão”
A onda de criminalidade, em Mira, não se circunscreve só a este tipo de assaltos a residências. Conforme o DC noticiou terça-feira, o Touring da Praia de Mira ficou sem torneiras e chuveiros por assalto praticado nas suas instalações, mas na mesma madrugada (domingo para segunda-feira), as instalações do mercado de Mira, em Portomar, também foram visitadas pelos larápios e ficaram, igualmente, sem todas as torneiras. No domingo mas durante o dia, também na localidade de Leitões, uma senhora que fora votar, quando regressava a casa de motociclo eléctrico, foi interceptada bruscamente por um carro com dois homens dentro, um dos quais, com alguma violência, lhe arrancou o cordão de ouro que trazia ao pescoço, fugindo de imediato.
Na Corujeira, uma vizinha de Maria do Céu, também viu a sua vivenda assaltada durante o dia, enquanto os proprietários trabalhavam. «Levaram todo o ouro que encontraram e cerca de 300 euros em dinheiro».

Autoridades atentas ao “modus operandi” dos ladrões.
Conforme o Diário de Coimbra noticiou há duas semanas, a área de acção do destacamento territorial de Cantanhede da GNR – que compreende Ançã, Tocha, Mira, Praia de Mira e Cantanhede – tem sido fustigada por inúmeros assaltos a residências, a maioria levados a cabo à luz do dia. Isto não significa falta de vigilância, patrulhamento, prevenção e empenho das autoridades policiais. Antes pelo contrário. O que acontece é que este tipo de assaltos é planeado ao pormenor pelos seus autores, que atacam as residências previamente sinalizadas e escolhidas a dedo. Por isso as autoridades já estudaram o “modus operandi” dos larápios e não é coincidência as residências assaltadas nos últimos tempos estarem localizadas perto de acessos às auto-estradas, nomeadamente à A1 e A17.
Quem faz estes assaltos é gente de longe, de fora do distrito de Coimbra, do Norte e do Sul, que, em carros roubados, percorrem quilómetros de auto-estradas, saem em nós de acesso às pequenas localidades, e, depois de um estudo prévio ao alvo, fazem o “trabalho” rápido e depressa, encetando, depois, a fuga pela mesma via. Esta é uma das linhas de investigação das autoridades, que associam este “modus operandi” aos assaltos a residências verificados na região nos últimos tempos. Uma das pistas que as autoridades estão a investigar e que podem levar aos autores dos crimes está centrada na recolha de imagens das viaturas que constam como furtadas e que circularam na A17 e A1 (eventualmente também na A14) - principalmente as que passaram pela Via Verde sem pagar. As forças policiais do contingente territorial de Cantanhede da GNR estão atentas e apelam às pessoas para se precaverem e trancarem bem as suas habitações antes de saírem de casa.
(in DC 28.01.11)

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Valas limpas ...

Teresa Fidélis, presidente da Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARH Centro), esteve em Mira para assinar os contratos de reabilitação das valas afluentes ao canal de Mira e requalificação da marginal norte da praia, esta já na 2ª fase.

Esta tarefa vai consistir no melhoramento do escoamento, poda selectiva de árvores e remoção de materiais das valas de Cana, Lavadeiras, Moinhos e Regente Rei. Ou seja as que directamente introduzem agua no canal de Mira.

Além das operações de limpeza, na vala dos moinhos da Videira, será ainda realizada a reparação do açude, bem como a construção de um muro de betão com cerca de 200 metros na margem esquerda da vala das Lavadeiras na Praia de Mira. Esta empreitada vai custar perto de 178 mil euros, foi consignado à empresa Licínio Leite. (isto no que diz respeito a limpeza das valas).

A limpeza e manutenção dos cursos é uma situação que toca directamente as populações das localidades com elas confinantes, sentindo se muitas vezes abandonadas pelas autoridades competentes no que a manutenção e limpeza diz respeito. Nos lugares de Lagoa, Casal de S.Tome, Ermida e Corujeira a sul do Concelho e de Portomar e Presa a nascente, o estado em que se encontram as valas faz pensar as populações. Para alem de frequentemente serem utilizados estes cursos de agua como meio de descarga de lixos, o estado de colapso em que se encontram as margens obriga certamente a que os responsáveis pela ARH equacionem também uma intervenção a montante da lagoa de Mira até ao limite do concelho na povoação de Cavadas e o mesmo se diz para as restantes localidades onde passam cursos de agua.
Segundo apuramos a limpeza da lagoa da Barrinha é uma das proximas situaçoes a resolver ,tal o estado em que se encontra, as populaçoes afirmam mesmo que o lodo tem mais de 1,5m, e as algas são demais que evidentes o que provoca problemas de navegabilidade, tendo mesmo o Clube Náutico local serios problemas, cancelamento de treinos e actividades, no que a realização de provas desportivas diz respeito.

Não basta uma carta de intenções, é necessario que os responsáveis tomem conhecimento das situações e intervenham de forma coerente e eficaz.

info em: http://www.arhcentro.pt/website/ARH_do_Centro/Instituto/Notas_de_Imprensa/Interven%C3%A7%C3%B5es_no_concelho_de_Mira.aspx