terça-feira, fevereiro 20, 2007

Mensageiro da Agonia

Al Gore partilhou em Portugal as suas "verdades inconvenientes" perante uma plateia de políticos, empresários, administradores, investigadores e ambientalistas.
Ao contrário do filme Um Dia Depois de Amanhã. Uma Verdade Inconveniente não é ficção. Não tem efeitos especiais. As pesquisas, as histórias e as cenas são reais. O filme é uma palestra com todos os recursos de informática. É um power point já indicado para vários prémios cinematográficos. Extremamente didáctico, o filme motiva e deixa lições importantes. É um curso intensivo de educação ambiental. Al Gore fez o filme em parceria com Lawrence Bender, produtor de quase todos os filmes de Quentin Tarantino, como "Cães Danados".O livro, lançado uma semana depois do filme, já está entre os mais vendidos no mundo, no item não-ficção. O filme-documentário dura 1h40m, prende a atenção e deixa uma mensagem ambientalista na cabeça de todos os que o vêem. Basta ir com o espírito de assistir a uma aula ou a uma palestra de alto nível. Há até muitas pessoas que levam blocos de apontamentos para tomarem notas. O filme de Al Gore já está na lista das 15 obras pré-selecionadas pela Academia de Hollywood para atribuição de um Óscar, na categoria de Melhor Documentário.
Al Gore foi candidato e eleito para deputado aos 28 anos. Ocupou a cadeira no Congresso até 1984, quando foi eleito senador. Chegou a concorrer, em 1988, às primárias pelo partido Democrata. Perdeu para Michael Dukakis. Mas os Republicanos ganharam de forma arrasadora com a reeleição de Ronald Reagan. Foi senador até ser convidado por Bill Clinton para ser seu vice-presidente.Participou, como senador, na RIO-92, a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, em 1992, criticou duramente a administração de George Bush “pai” por não ter conseguido colocar os EUA na liderança das causas ambientais, por não ter assinado o Tratado da Biodiversidade e, pior, por lutar activamente contra os avanços ambientais. Tudo isto está no seu primeiro livro A Terra à Procura de Equilíbrio: "o que desapontou a actuação do presidente Bush no Rio de Janeiro foi o não ter reconhecido este grande desafio moral e ficou surdo perante o grito de ajuda que o mundo enviou aos Estados Unidos".
Qual será o "day after" do filme Uma Verdade Inconveniente? A primeira consequência: na perspectiva de muitos cientistas, ambientalistas e de grande parte da população mundial, é que na eleição e reeleição Bush (2001 e 2006) o grande derrotado foi o planeta. E não foi porque os EUA não assinaram o Protocolo de Kyoto. Foi porque a administração Bush só valorizou o comércio e a indústria, sobretudo o petróleo e a guerra. E acabou com vários compromissos ambientais. O facto de 221 cidades de 39 Estados dos EUA, terem assumido por conta própria medidas para redução das emissões de gases de estufa e o país não ter assinado o Protocolo de Kyoto, é algo que incomoda a consciência de grande parte da população. Os EUA hoje contribuem com 30% das emissões globais de dióxido de carbono.Analistas políticos especulam que, mesmo dizendo-se longe da política partidária activa (para Gore a salvação do planeta não é uma questão política, mas moral), o impacto do filme e do livro podem provocar a sua "ressurreição". A mensagem pela salvação do planeta, com duras críticas ao seu país, podem provocar um efeito benéfico para o planeta. A última mensagem do filme é de âmbito religioso: se vocês acreditam na oração, rezem para que os países, os líderes e os homens tenham coragem de mudar. Mas, enquanto rezam, façam alguma coisa.Todos os lucros do filme e do livro são destinados ao treino de pessoas, em diversos países, para divulgar a mensagem de angústia: o caminho da salvação é o desafio de lutar pela defesa do meio ambiente. A humanidade mostrou que é capaz e já venceu outros desafios. Para Al Gore, hoje, nenhum desafio é tão forte, nenhuma causa é mais urgente e nada é mais improrrogável do que preservar os ecossistemas e proteger o planeta. O que está em jogo é a própria sobrevivência da espécie humana.
">Cada vez mais norte-americanos comungam de uma opinião que Al Gore transmitiu num fórum em Estocolmo: «comigo, jamais invadiríamos um país [Iraque] que não nos atacou, não tiraríamos o dinheiro das famílias trabalhadoras para o entregarmos às famílias ricas, não tentaríamos controlar e intimidar os media, nem torturaríamos, por rotina, as pessoas». Em suma, «seríamos um país diferente». Resta saber se, no futuro, com Al Gore como «mensageiro ambiental», se seremos um Mundo diferente ou se um Mundo a sofrer as amarguras do aquecimento global.
Confesso que fiquei satisfeito por ver que as opiniões de Al Gore vêm ao encontro de muitas das linhas que defendo.
Carlos Monteiro

12 comentários:

Anónimo disse...

O livro de Al Gore, “Uma verdade inconveniente” trata-se dos melhores livros de ambiente que eu já li até hoje.
Al Gore tenta passar a mensagem de que o seu país será um dos maiores responsáveis, pela actual situação em que se encontra o planeta, a sofrer a agonia do aquecimento global.

Anónimo disse...

Confesso que nunca li tanto disparate junto.
Aquecimento global...qual aquecimento global?
Depois de tanto frio e chuva como a que tivemos este ano, como é que vamos acreditar nestes comentários idiotas?
Por favor leiam mais opiniões de cientistas e não as professias da desgraça.

Anónimo disse...

E a Pescanova amigo Carlos Monteiro...não é uma verdade inconveniente?

Anónimo disse...

o Al Gore partilha as tuas opiniões ou és tu que partilhas as dele???

Já não ha paciencia...

Carla disse...

As opiniões de Al Gore vêm ao encontro de muitas das linhas que defendo.
Acha que é a mesma coisa?
Olhe senhor/a anónimo das 19.19, o/a senhor/a é um/a idiota! Mas tem a coragem de mostrar a sua idiotice ao mundo, perdido/a na ilusão de que nos pode converter às suas perspectivas mais cretinas.

Anónimo disse...

Cara Carla

Este blog é um espaço livre de opinião e discusão onde cada um tem o direito de se manifestar, seja qual for a sua visão ou sensibilidade, desde que respeite o seu semelhante.
Apelidar alguem de idiota porque não concorda ou não partilha a mesma visão que tem do mundo não creio ser o mais correcto.
Procure manifestar se sem utilizar esses denominativos pessoais.
A Administração do Blog

Anónimo disse...

Dez Coisas A Fazer" foi o alerta lançado pelo Oceanário para ajudar a combater o aquecimento global:

01 - Mudar uma lâmpada - substituir uma lâmpada normal por uma lâmpada fluorescente poupa 68 Kg de carbono por ano;

02 - Conduzir menos - caminhar, andar de bicicleta, partilhar o carro ou usar os transportes públicos com mais frequência. Poupará 0,5 Kg de dióxido de carbono por cada 1,5 Km que não conduzir!

03 - Reciclar mais - pode poupar 1.000 Kg de dióxido de carbono por ano reciclando apenas metade do seu desperdício caseiro;

04 - Verificar os pneus - manter os pneus do carro devidamente calibrados pode melhorar o consumo de combustível em mais de 3 %. Cada 4 litros de combustível poupado retira 9 Kg de dióxido de carbono da atmosfera!

05 - Usar menos água quente - aquecer a água consome imensa energia. Usar menos água quente instalando um chuveiro de baixa pressão poupará 160 Kg de CO2 por ano e lavar a roupa em água fria ou morna poupa 230 Kg por ano;

06 - Evitar produtos com muita embalagem - pode poupar 545 Kg de dióxido
de carbono se reduzir o lixo em 10%;

07 - Ajustar o termostato - acertar o termostato apenas dois graus para baixo no Inverno e dois graus para cima no Verão pode poupar cerca de 900
Kg de dióxido de carbono por ano;

08 - Plantar uma árvore - uma única árvore absorve uma tonelada dedióxido de carbono durante a sua vida;

09 - Seja parte da solução - aprenda mais e torne-se activo em
climatecrisis.net

10 - Espalhe a mensagem! - incentive os amigos a ver "Uma Verdade Inconveniente"


João Luís Pinho

Carla disse...

Caro Administrador,

Conforme poderá verificar não se trata de discordar ou de não partilhar a mesma visão das coisas, mas de uma tentativa de deturpar o sentido da mensagem. Parece-me que o anónimo das 12:25, esse sim, não está de acordo com a mensagem. Embora eu não concorde com ele, respeito a sua opinião.
Aliás esta história já é antiga, “quando não se tem capacidade para destruir a mensagem, destrói-se o mensageiro”.
No entanto reconheço que me excedi, por isso peço desculpa por usar denominativos pessoais no seu blog, mas transcrevi o que senti no momento.

Anónimo disse...

Amigo Carlos Monteiro,
Será que a espécie humana corre tanto risco? Será que essas mudanças serão tão catastróficas para o planeta? A Terra já passou por uma “era do gelo” não seria natural que também passasse por uma “era de calor”? Não é estranho que Bush tenha mudado sua posição sobre o aquecimento global justamente quando pretende enviar mais tropas para controlar o conflito no Iraque? Como podemos fazer previsões tão catastróficas se não temos a ideia das tecnologias que teremos em 20 ou 30 anos? Existe realmente motivo para ficar alarmado? O que será que estará por detrás, desta onda de notícias sobre o aquecimento global?

Carlos Monteiro disse...

Caro amigo anónimo das 11.33

Segundo um texto preliminar da Organização Meteorológica Mundial e pelo relatório do (Programa Ambiental da ONU), o aumento das temperaturas globais vão, em 2080, reflectir-se num drástico aumento de flagelos como a fome e a seca. O estudo indica que o número de pessoas afectadas pela fome situar-se-á entre as 200 a 600 milhões.
No que diz respeito a falta de água, este negro relatório adianta que é um problema que se fará sentir, sobretudo, na China, Austrália e em algumas zonas da Europa e dos Estados Unidos da América, onde 1,1 a 3,2 mil milhões de pessoas serão afectadas.

E se por um lado vai haver falta de água própria para consumo, por outro o progressivo descongelamento dos pólos poderá vir a causar cheias que, segundo o estudo, vão submergir cerca de 7 milhões de casas assentes em zonas litorais.
Ainda de acordo com este documento, os glaciares europeus deverão desaparecer dos Alpes centrais, enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser gravemente atingidas pela elevação dos mares e intensificação da frequência e grau de devastação das tempestades tropicais.

Os riscos representados pela mudança climática já em andamento levaram os líderes empresariais a incluir a questão do aquecimento global nas suas agendas e a tentarem procurar uma maneira de combater os seus efeitos.

O Relatório Stern, elaborado pelo Reino Unido em 2006, pede para que os Governos "intervenham de forma global e com urgência", e assinala que, para se começar a combater os efeitos do aquecimento do planeta, é preciso investir 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
Sem uma acção imediata, o relatório indica que o aquecimento global custará o equivalente a 5% do PIB global ao ano – isto sem incluir as tragédias humanas e as perdas da fauna e da flora.

Tony Blair salientou que a comunidade científica diz que o planeta está a aquecer e que a maior parte da culpa recai sobre as emissões de gases causadores do efeito estufa. "Não há dúvidas de que, se a ciência estiver correcta, as consequências para o nosso planeta são literalmente desastrosas. Esse desastre não fará parte de uma obra de ficção científica sobre o futuro, mas sim da nossa vida", declarou Blair. " a não ser que intervenhamos com urgência. Se não houver acção imediata, essas consequências serão desastrosas e irreversíveis", concluiu.

O governo de Bush, e a sua politica economicista, nunca foram um exemplo para o mundo. Aliás, Al Gore afirmou numa conferência em Madrid, que o governo de Bush pagava fortunas a cientistas, para baralharem e confundirem os cidadãos americanos.
As pressões sobre os Estados Unidos, em torno deste tema, foram tão grandes que o governo de Bush, que questionava a participação humana no aquecimento global, e que foi contra o Protocolo de Quioto (que impõe limites para as emissões de carbono), foi obrigado a reconhecer que o aquecimento global é de facto um problema.

Por isso caro amigo, segundo estes dados de relatórios científicos, ainda acha que não nos devemos preocupar?
Se continuarmos com emissões de carbono a este ritmo, não haverá tecnologia que nos valha, por mais avançada que seja.

Anónimo disse...

UMA VERDADE INCONVENIENTE
Tal como todos os seus textos são um copy past de um ou mais textos, o que nem toda a gente ainda tinha percebido, também este foi retirado de um site chamado “FOLHA DO MEIO AMBIENTE”




O FILME - Ao contrário do filme Um Dia Depois de Amanhã (R. Emmerich/2004) Uma Verdade Inconveniente não é ficção. Não tem efeitos especiais. As pesquisas, as histórias e as cenas são reais. O filme, poderia dizer, é uma palestra com todos os recursos da informática. É um power point já indicado para vários prêmios cinematográficos. Extremamente didático, o filme motiva e deixa lições importantes. É um curso intensivo de educação ambiental. Al Gore fez o filme em parceria com Lawrence Bender, produtor de quase todos os filmes de Quentin Tarantino, como "Cães Danados", "Pulp Fiction" e "Kill Bill". A direção é de Davis Guggenheim.
O livro, lançado uma semana depois do filme, já está entre os mais vendidos no mundo, no item não-ficção. O filme-documentário dura 1h40m, prende a atenção e deixa uma mensagem ambientalista na cabeça de todos expectadores. Basta ir com o espírito de assistir a uma aula ou a uma palestra de alto nível. Tem muita gente que leva até bloquinhos de papel para tomar nota. O filme de Al Gore já está na lista das 15 obras pré-selecionadas pela Academia de Hollywood para o Oscar.
AL GORE - Dois personagens importantes na vida de Al Gore. Primeiro seu pai, Albert Gore, que foi senador e o introduziu na política. Depois seu filho, Albert III, que sofreu um acidente aos seis anos, em 1989, e ficou entre a vida e a morte. O atropelamento do filho mexeu com sua cabeça. A partir daí, nasceu sua porção humanista, no sentido de cuidar mais da família, das futuras gerações e das causas ambientais. Sobretudo inverter o processo acelerado de aquecimento global.
Vida política - A vida política do pai influenciou o filho. Al Gore foi candidato e eleito para deputado aos 28 anos. Ocupou a cadeira no Congresso até 1984, quando foi eleito senador. Chegou a concorrer, em 1988, às primárias pelo partido Democrata. Perdeu para Michael Dukakis. Mas os Republicanos ganharam de forma arrasadora com a reeleição de Ronald Reagan. Ficou senador até ser convidado por Bill Clinton para ser seu vice-presidente.
Participou, como senador, da RIO-92, a Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, em 1992, quando criticou duramente a administração de George Bush - o pai - por não ter conseguido colocar os EUA na liderança das causas ambientais, por não ter assinado o Tratado da Biodiversidade e, pior, por lutar ativamente contra os avanços ambientais. Tudo isto está no seu primeiro livro A Terra à Procura de Equilíbrio: "... o que desapontou a atuação do presidente Bush no Rio de Janeiro foi que ele não conseguiu reconhecer este grande desafio moral e ficou surdo perante o grito de ajuda que o mundo enviou aos Estados Unidos".
Day after - Qual será o "day after" do filme Uma Verdade Inconveniente? A primeira consequência: na visão de muitos cientistas, ambientalistas e de grande parte da população estadunidense é que na eleição e reeleição Bush (2001 e 2006) o grande derrotado foi o planeta. E não foi porque até hoje os EUA não assinaram o Protocolo de Kioto. Foi porque a administração Bush só valorizou o comércio e a indústria, sobretudo de petróleo e a guerra. E acabou com vários compromissos ambientais.
O fato de 221 cidades de 39 Estados dos EUA terem assumido por conta própria medidas para redução das emissões de gases de estufa e o país até hoje não ter assinado o Protocolo de Kioto é algo que incomoda a consciência de grande parte da população. Os EUA hoje contribuem com 30% das emissões globais de dióxido de carbono.
Analistas políticos especulam que, mesmo se dizendo longe da política partidária ativa (para Gore a salvação do planeta não é uma questão política, mas moral), o impacto do filme e do livro podem provocar sua "ressurreição". A pregação pela salvação do planeta, com duras críticas ao seu país, pode provocar um efeito reverso que acabaria por levá-lo à Casa Branca. A última mensagem do filme é messiânica: se você acredita em oração, reze para que os países, os líderes e os homens tenham coragem de mudar. Mas, enquanto reza, faça alguma coisa.
Em tempo: Todo o lucro do filme e do livro serão destinados ao treinamento de pessoas, em diversos países, para divulgar a mensagem de angústia: o caminho da salvação é o desafio de lutar pela defesa do meio ambiente. A humanidade mostrou que é capaz e já venceu outros desafios. Para Al Gore, hoje, nenhum desafio é tão forte, nenhuma causa é mais urgente e nada é mais improrrogável do que preservar os ecossistemas e proteger o planeta. O que está em jogo é a própria sobrevivência da espécie humana.

“Reze para que os países, os líderes e os homens tenham coragem de mudar. Mas, enquanto reza, faça alguma coisa!”

Carlos Monteiro disse...

Olha amigo Ricky,

È verdade que este texto é um texto de notícia e de divulgação, nada tem de pessoal.
Para te ser sincero nem conhecia essa tal folha ambiental, algum trabalho de pesquisa foi feito noutros sites, inclusivamente na sua maioria americanos. Se calhar essa tal folha ambiental também fez alguma pesquisa nesses sites.
Como já te referenciei uma vez, nenhuma informação é soprada de um Olimpo, por deuses acima do bem e do mal, estas notícias ambientais são para divulgar.
“Uma verdade inconveniente” é de Al Gore, não é minha.
Agora confesso que não compreendo essa tua perseguição acérrima àquilo que eu escrevo ou divulgo. Mas um dia podemos conversar para eu tentar compreender.