quarta-feira, março 12, 2008

VI Jornadas Culturais da Gândara



VI Jornadas Culturais da Gândara


Realizar se ao nos proximos dias 28,29 e 30 de Março no Centro Cultural e Recreativo da Praia de Mira, as VI Jornadas Culturais da Gândara.


Este forum de reflexão e discusão sobre o patrimonio cultural, e não só, da Região da Gândara, na sua 6ª edição, dedicado este ano aos "Homens do Mar", cuja organização esta a cargo da Câmara Municipal de Mira contando esta com a colaboração do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luis de Albuquerque(CEMAR)


Do vasto programa poderemos desde já salientar a projecção de dois filmes sobre o mar e a Praia de Mira. "The Lonely Dorymen-Portugal´s Men of the sea" 1968, da Nacional Geographic Society, que relata a vida dos homens do mar na pesca do bacalhau, a bordo do navio "José Alberto" da Figueira da Foz, e o filme "Onde os bois lavram o mar-Palheiros de Mira" realizado por Adriano Nazareth em 1959, que relata a vida nos tempos idos dos anos 50 do século passado, na povoação dos "Palheiros de Mira", para além destes filmes decorrerão também conferências, exposições, debates entre outros, sem esquecer também um jantar organizado e confeccionado por membros da comunidade dos pescadores desta vila à beira mar.


No dia 29 Março e inserida nestas Jornadas será também inaugurada a nova lota da Praia de Mira.


O concelho de Mira apesar de periférico, relativamente aos grandes centros urbanos, tem vindo progressivamente a ganhar uma forte dinamica cultural, fruto quer do dinamismo de várias associações locais e seus associados, bem como de um crescente numero de intervençoes nos mais diversos campos, que têm vindo a colorir um, por vezes cinzento, aspecto da vida dos Mirenses.

A cultura, muitas vezes despresada por "não encher a barriga" como comentam alguns espiritos menos construtivos e menos esclarecidos, constitui um reflexo da propria existencia de uma comunidade enquanto todo que interage, e que se constroi dia apos dia. Assim atitudes e iniciativas como esta devem sempre ser apoiadas e repetidas, num esforço para almejar um melhor futuro para aqueles que com Mira se relacionam.

4 comentários:

Carlos Monteiro disse...

Vai ser um dia dedicado às questões da nossa cultura, da memória e da sua preservação.
Neste espaço de convívio fraterno e de festa genuína das gentes do mar, em que vão ser abordados, entre outros assuntos: a ancestralidade da nossa ligação ao mar, a identidade piscatória na cultura da nossa região.
Pode afirmar-se que um dos olhares mais sensíveis acerca das coisas do mar é o dos pescadores. O seu saber é um património social e humano profundamente enraizado na nossa cultura: experiências diárias sobre artes de pesca; barcos e imponderáveis de navegação. São também eles personagens reais da nossa cultura.
Serão focados aspectos fascinantes da pesca do bacalhau nos Bancos da Terra Nova, Gronelândia e Labrador.
“O cenário das velhas histórias, o trabalho duro e sujo, a fraqueza quase irresponsável dos dóris, as tempestades desatadas num mar encapelado, o gelo, essa capa de vidro fosco que reconstrói os navios em tundras de belíssimos pesadelos, a inesperada proximidade dos icebergs, a densidade, a viscosa densidade dos nevoeiros”. (Alfredo Pinheiro Marques)
Lá estarei, também para ouvir e homenagear o homem que estuda e divulga a nossa cultura e as nossas tradições.

Anónimo disse...

Excelente comentário Carlos!
Esta é sem dúvida a melhor resposta que se pode dar a algumas pessoas que vem aqui debitar alguns comentários despropositados.
A pessoa que não respeita a sua cultura, é porque não se identifica com ela.
Vamos estar nesta homenagem aos nossos avós, homens do mar, e relembrar as angustias,os momentos de maior tormenta e os desafios que faziam ao mar, cujos perigos ousavam enfrentar.

Anónimo disse...

Muito bem
Sabe sempre bem regressar a MIra e verificar que também se faz alguma coisa de cultural pela nossa terra, pena minha que não seja mais regular.
Os meus parabens aos organizadores

Já agora e o programa onde pode ser consultado?

MRT

Anónimo disse...

Dizer mal é fácil meus amigos, muito fácil. Agora fazer alguma coisinha é que é mais complicado.