segunda-feira, outubro 22, 2007

12 de emprestimo para as Aguas de coimbra


Águas de Coimbra pede empréstimo de 12 milhões de euros

O executivo camarário analisa hoje a contratação, pela AC, Águas de Coimbra, de um empréstimo de 12 milhões de euros. Dessa verba, "10 milhões vão estar alocados ao próximo ano (2008) e os outros dois milhões vão estar alocados a 2009", sendo que o montante do empréstimo servirá "para pagar as dívidas aos empreiteiros", disse ao DIÁRIO AS BEIRAS Nuno Curica, administrador da Águas de Coimbra.
O responsável deu ainda conta de uma dívida de 1,2 milhões de euros por parte das Águas do Mondego à Câmara de Coimbra, "relativa ao contrato da passagem para a empresa multimunicipal Águas do Mondego". Esta, por sua vez, tem a receber da Águas de Coimbra, uma verba de cerca de 4,5 milhões de euros.
Ao todo, são sensivelmente nove milhões que a empresa municipal deve à Águas do Mondego e a outros fornecedores. Um montante que – garantiu Nuno Curica – não coloca em causa a fluidez financeira da Águas de Coimbra. "Trata-se de um procedimento normal. Em todas as empresas há prazos de pagamento a 60 ou a 90 dias...", adiantou.
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Jorge Gouveia Monteiro lembrou que, nos primeiros anos, sempre se perspectivou a fluidez financeira da Águas de Coimbra. "Como é que se chegou esta situação?", inquiriu. O vereador da CDU lembrou ainda o aumento do tarifário – primeiro de 12,5 (em 2005) e de cinco por cento (2006) – facto que levantou "muita polémica". "Parece que a situação financeira está longe de ser tão confortável como se anunciava na altura da sua constituição", frisou.
Por seu turno, Carlos Encarnação recordou a dívida de cinco milhões de euros que o INAG tem com a autarquia, no âmbito da participação de Coimbra no sistema multimunicipal Águas do Mondego. "Se a Águas de Coimbra tivesse esse dinheiro não precisava de pedir um empréstimo tão elevado", referiu. E – continuou –, “neste momento temos que concluir obras que são absolutamente necessárias, sobretudo nas freguesias de Vil de Matos e Torres do Mondego".
Na reunião de câmara de hoje será também votada a revogação da declaração de utilidade municipal da BragaParques.


InBeiras

P.S. Mira pertence às Águas de Mondego!

3 comentários:

Carlos Monteiro disse...

Caro amigo Administrador,

Para esclarecimento, Mira pertence à multimunicipal “ Águas do Mondego” que é uma associada das “Águas de Portugal”.
A empresa municipal “Águas de Coimbra” é que é devedora em cerca de 9 milhões de euros à “ Águas do Mondego” e a outros fornecedores.
Há que haver algum cuidado nestes comentários!

Administrador disse...

Obrigado Carlos


Erra é humano, coorigir o erro tb! Tentamos fazer a nossa parte, espero não ter criado qualquer celeuma com este lapso...

Adm. do Blog

Carlos Monteiro disse...

Em Portugal, a criação de empresas municipais começou por corresponder a um subterfúgio de algumas Câmaras Municipais mais endividadas para tornear os limites a esse mesmo endividamento que lhe era imposto. Ou seja, a razão subjacente à sua criação já não era nada nobre.
Algumas servem para satisfazer tendências, criação de empregos para amigos, apaziguar focos e tensões internas e satisfazer clientelas. Outra das situações é a da acumulação de cargos entre presidentes de câmara, vereadores e de empresas municipais...em Aveiro, por exemplo, todos os vereadores da maioria PSD/CDS-PP pertencem aos conselhos de administração de empresas municipais, ou como presidentes ou como vogais. Por essa razão, o Governo pretende, e muito bem, impedir que autarcas acumulem cargos em empresas municipais.
A maioria das empresas municipais, recorrem aos "subsídios que a Câmara transfere" ou a "contratos especiais de prestação de serviços em que o cliente da empresa municipal é a própria Câmara. O seu funcionamento pouco transparente não tem sido nada abonatório para a imagem da administração local, acabando por exigir ao Governo atribuição de elevadas indemnizações compensatórias.
A promiscuidade entre dinheiro público e privado aumenta exageradamente, sem possibilidade de qualquer controlo democrático.
Por isso caros amigos, não estou nada espantado com esta notícia.