sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Medalhas de Mérito Municipal não agradam a todos










Duas medalhas de Mérito Municipal vão ser entregues pela autarquia de Mira. A decisão foi tomada ontem na reunião do executivo, tendo a atribuição sido aprovada por maioria.
Alfredo Pinheiro Marques e João Maria Nogueira vão receber a medalha de Mérito Municipal da autarquia de Mira.
A decisão foi ontem aprovada em reunião do executivo e João Reigota salientou que apesar destas duas atribuições, as mesmas “não se esgotam por aqui”. Lembrando que “anteriormente houve outras pessoas distinguidas”, o edil de Mira destacou que estas duas atribuições são uma forma de reconhecer “o mérito de uma forma simbólica” a quem se dedica ao concelho. Salientando que “a vida também passa pelo reconhecimento a quem se dedica”, o autarca sublinhou o facto de poderem existir outras distinções.


Ouvidas as explicações do presidente da Câmara, Luís Rocha afirmou: “todos estamos de acordo em homenagear munícipes que se tenham dedicado ao serviço de Mira”. Contudo, questionou o edil sobre quais “os critérios para homenagear estas duas pessoas e não outras?”. Além disso, referiu ainda que há “outras pessoas que mereciam tanto esta distinções”, como os dois nomes que agora foram conhecidos para receber a medalha de Mérito Municipal.
Sem esquecer que “o importante é começar” e reconhecendo que se trata sempre “de uma matéria delicada”, o autarca de Mira voltou a lembrar o facto dos currículos dos dois distinguidos “falarem por si”.
Luís Rocha, vereador eleito pelo PSD, destacou o facto de Alfredo Pinheiro Marques ir ser “ao que tudo indica, a primeira pessoa que não é de Mira e que vai ter a medalha de Mérito Municipal”, bem como o facto de “de ter tido reacções negativas em relação a um presidente da Câmara”. Conhecida esta posição, Reigota afirmou: “acabou de politizar uma questão que nada tem a ver com política”, além disso, Alfredo Pinheiro Marques “teve razão”.
Notas biográficas
Alfredo Pinheiro Marques nasceu na Beira Alta e, actualmente, reside em Coimbra. Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Coimbra desenvolveu uma obra de alcance histórico-científico, educativo e humano, com relevo na autoria, coordenação e edição de diversas obras, participação em jornadas culturais, colaboração e apoio na investigação das tradições de Mira, sendo um defensor dos interesses locais. Desde 1995 que é director do Centro de Estudos do MAR e das navegações Luís Albuquerque (CEMAR), com sede na Figueira da Foz.
João Maria Nogueira nasce na Praia de Mira e distinguiu-se pela obra poética, entrega e conduta cívica e associativa, desenvolvida em prol das gentes locais. Foi comandante do posto da Guarda Fiscal no Areão e na Praia de Mira, tendo desempenhado várias funções na vida cívica e associativa da sua terra. Destacou-se pela intervenção activa na vida política do concelho, tendo desempenhado funções de vereador na Câmara de Mira, de presidente da Junta da Praia de Mira e de deputado à assembleia municipal, onde actualmente ainda exerce funções.


14 Fevereiro de 2008

(in Diário "asBeiras")

9 comentários:

Anónimo disse...

Notícia de última hora:

Vejam esta notícia sobre Paulo Pereira Coelho e Mário Maduro:

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=80818

Copiem o Link e leiam!
O que é isto???...
Quem é este Mário Maduro? Não pode ser o ex-Presidente de Mira.

Não acredito?

Carlos Monteiro disse...

Quando se atribui uma medalha de mérito a quem quer que seja, as pessoas ficam quase sempre com a sensação de que alguém foi preterido.
Atribuir uma medalha de mérito, é um sinal de reconhecimento e capacidade de homenagear aqueles que se distinguem na nossa comunidade. Sejam eles do concelho ou não. Por isso não vejo porque razão, há-de estar o Sr. Vereador a politizar estas iniciativas.
Nada é mais triste e desolador para quem acredita na democracia, ver o desespero e incompreensão de alguns políticos da oposição. Vem aí novamente o fado da desgraçadinha, cantado por outras vozes e noutro tom, mas pertencentes à mesma “companhia”.
Pois, como dizia o meu amigo Guterres, é a vida.

Anónimo disse...

Já há muito tempo que não me irritava tanto ao ler declarações como esta, feita pelo vereador da oposição. Mas vindo de quem vem, é claro que a linguagem é deliberadamente provocatória e a perspectiva é demasiado tendenciosa.
Todos nós, enquanto indivíduos e sociedade não deveríamos desvalorizar aqueles que estudam e divulgam a nossa cultura e as nossas tradições, assim como aqueles que trabalham uma vida integrados em associações, com o espírito de servir a comunidade em que se inserem, dignificando as localidades que representam.
Se existem outras pessoas que mereciam mais este prémio…isso é discutível! Agora desvalorizar o trabalho feito por estas pessoas, por não serem da sua cor política. Isso fica-lhe muito mal senhor vereador. Se isto não é grave, então não sei o que vem aí de pior.

Anónimo disse...

Mas já gora...que fez o Pinheiro Marques?
E no que respeita à razão afinal quem é que a tem?
Esse Centro de Estudos do mar tem ou não tem muito que se lhe diga?
Os senhores Carlso monterio e amigo da Barrinha não falem sem conhecimento de causa. Não leram os jornais há uns tempos atrás?

Afinal quem é que anda distraído?

Anónimo disse...

Caro anónimo das 21:11

Vou-lhe citar algumas obras de Alfredo Marques relacionadas com Mira:
“1996; "Vida e Obra do Infante Dom Pedro", Figueira da Foz-Mira-Lisboa: Centro de Estudos do Mar-Câmara Municipal de Mira-Gradiva, 1996; "Vida e Obra do 'Príncipe Perfeito' Dom João II", Figueira da Foz-Mira: Centro de Estudos do Mar-Câmara Municipal de Mira, 1997; "Luís de Albuquerque na Historiografia Portuguesa: a Serenidade e a Convicção", Coimbra-Mira-Figueira da Foz: Centro de Estudos do Mar, 1999; “Tesouros Geológicos de Mira” edição do CEMAR- Centros de Estudos do Mar.”
Actuais interesses científicos e temas de investigação:
“Expansão Ultramarina Portuguesa; Técnicas e Práticas Científicas nos Descobrimentos Geográficos; História da Cartografia; Origens dos Descobrimentos Geográficos Portugueses; Maldição da Memória Histórica do Infante Dom Pedro e Criação do Mito do Infante Dom Henrique.”
Alfredo Marques, foi recentemente homenageado pelo seu trabalho de investigação, pela Universidade Autónoma de Lisboa, junto com outro historiador e investigador científico, Prof. Rui Monteiro Ramos, que por acaso é primo do Carlos Monteiro.
De politiquices entende o Sr./a, de cultura já vimos que entende pouco. Ou será que anda distraído?

Anónimo disse...

Tanta obra!!! - se calhar algumas pagas por Mira, mas se perguntarem (ou se fosse feito um referendo) quem é Alfredo Pinheiro Marques 95% dos Mirenses não sabe quem é - vamos homenagear um desconhecido, algo está errado..explique-se primeiro aos Mirenses quem é o "homem" e o que fez por Mira e depois posso concordar com a "comenda" - e já agora expliquem também a "estória" das cadeiras do palheiro...

Anónimo disse...

Se calhar também não sabem quem foi o Infante D. Pedro...
Será que em Lisboa também conhecem o Alfredo? Porque razão o haviam de homenagear? Quando há o Zé Castelo Branco e a Lili Caneças, bem mais conhecidos.
Injustiças!

Anónimo disse...

Todos os computadores estantes e cadeiras que têm o suporte informático, que contém páginas históricas do mar e de Mira, que se encontram no Posto de Turismo “Palheiro”, pertencem ao Centro de Estudos do Mar. “ Material etiquetado, como aliás se poderá verificar”.
Todos os anos, como é vulgar, por parte do CEMAR, procede-se ao inventário dos materiais existentes. Por isso é normal que se tenha perguntado, se o material que estava no museu estava em condições ou não, porque caso não tivesse teria que ser abatido no inventário.
Ficou surpreendido o presidente do CEMAR, quando lhe foi comunicado pelo ex-executivo Camarário, que todo o material exposto no Posto de Turismo, pertencia ao município, não havia nenhum material do CEMAR.
Perante esta situação, como reagiria o senhor se fosse presidente da direcção do CEMAR.

seixomirense disse...

Dificilmente essas distinções locais estão despojadas de cariz político e de imparcialidade. Mas também não é por não serem desconhecidos que não devem ser homenageados.