sábado, abril 14, 2007

Obras prometidas vão iniciar


Vão iniciar algumas das obras prometidas pelo executivo municipal

No mês de Abril, vão iniciar algumas obras importantes anunciadas pelo executivo municipal. Tendo em conta que este é um momento, em que se estão a tomar decisões importantes para o nosso concelho, e que várias são as opiniões publicamente manifestadas, com pontos de vista e interesses distintos. Mira encontra-se num momento determinante para definir e decidir as linhas de desenvolvimento turístico sustentável, essenciais quanto ao seu futuro.
O concelho é considerado uma área com uma localização privilegiada, boa oferta de diversidade natural e cultural, e com uma vocação turística que o pode tornar num dos locais mais procurados e de melhor qualidade de vida.
Nesse contexto não poderá ser “esquecido”, assegurar os trabalhos de requalificação dos nossos recursos naturais, com a recuperação de zonas de laser degradadas. Na Barrinha e Lagoa continua gravemente o processo de eutrofização. A poluição da Barrinha tem sido um grave problema para o nosso concelho e para o seu progresso turístico, é tempo de por fim a esta situação. Uma vez que chegámos a esta situação, não vamos deixar que se alastre para causas muito piores do que aquelas que já existem, por isso contamos com a colaboração de todas as entidades públicas, para resolvermos em definitivo o problema ambiental dos nossos recursos hídricos. O projecto de requalificação do nosso sistema hídrico, deverá ser objecto de candidatura ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), onde por exemplo já se encontram o da barrinha de Esmoriz e outros.
Se quisermos promover uma região que tem unicidade e singularidade da nossa, temos que olhar para o turista que quer ver a diferença.
Não é possível que o turismo tenha um desenvolvimento sem que os privados participem de uma maneira importantíssima. Porém, é preciso dar condições para que tal aconteça. E não chega que o município vá ter com os agentes. E preciso encontrar locais, modos adequados de implementação e dinâmicas paralelas aos produtos a vender. São acções integradas que importa equacionar. É por isso necessário iniciar o processo de elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento turístico com uma avaliação e actualização em função das nossas realidades e dinâmicas locais.
É necessário que sejam introduzidas novas medidas e acções com vista ao desenvolvimento de um turismo sustentável e ao incremento de novos padrões de qualidade que possam, a médio prazo, dinamizar uma nova filosofia de actividade turística. Esse plano vai-nos dizer qual é o ponto em que estamos, qual é o ponto para onde queremos ir, que meios, entidades e actores, se irão envolver.
Se deixarmos tudo como está, Mira corre o risco de se transformar nos próximos anos, no único concelho do litoral em que a população total diminuiu, consequência da falta de oferta de emprego, e consequentemente numa zona de segunda habitação.
Tem sido objectivo deste executivo municipal desenvolver uma politica que consiga recuperar os últimos anos perdidos, pouco dinâmicos e vazios de ideias. Permitindo manter a qualidade de um meio pequeno como o nosso e simultaneamente proporcionar-lhe uma melhor qualidade de vida. O grande desafio é, por isso, ousar. Ousar sabendo reivindicar e inovar, sob pena de querermos assumir o futuro como um mero prolongamento do passado.
É verdade que não podemos dirigir o vento...mas podemos ajustar as velas.

Carlos Monteiro

4 comentários:

Anónimo disse...

Realmente isto não pode continuar assim, os nosso parques de laser estão destruídos e com lixo amontoado; as margens da Barrinha degradadas; as matas por limpar; a pista pedonal continua também a sua degradação; passeios destruídos e por fazer; um esgoto a correr a céu aberto no Bairro Norte; as passadeiras para peões mal se vêm, tudo isto está a acontecer na Praia de Mira, perante a passividade e inércia do executivo municipal.
Este executivo municipal tem sido uma verdadeira desilusão para mim e para a população da Praia, é comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados quando confiamos nas pessoas que elegemos, e elas desiludem-nos. Assim como poderemos pensar em desenvolvimento e turismo de qualidade?
Nada me move contra esta ou aquela pessoa, só tenho uma visão pessimista da transformação do nosso Concelho. Utilizando aqui uma frase do Carlos, “o que fica como imagem da nossa terra, é no mínimo perturbante, a ideia de uma terra que é difícil de definir, que dá de si própria uma imagem incoerente, que emite sinais, no mínimo contraditórios e que, ora se deslumbra com o pior mau gosto, ora se torna indiferente à mais evidente qualidade”.
Desculpa Carlos, mas parece-me que nem jeito temos para ajustar as velas!!!

Anónimo disse...

Bem observado amigo Carlos Monteiro, estamos a 15 de Abril e não se vê nada das obras anunciadas.
No entanto tudo continua na mesma ou pior!
A Lota não se faz até decisão do tribunal.
Os terrenos de Habitação Social não se entregam por causa dos Compartes.
A requalificação do Parque de Campismo Municipal ainda não foi feita porque o empreiteiro não fez um depósito no banco.
As obras elementares para o início de época balnear ainda não foram feitas. Não sei porque razão?
Na verdade somos um Concelho amaldiçoado. Estes senhores têm que se convencer, que a Praia de Mira existe...

Anónimo disse...

Amigo da barrinha e Observador, é no fim que se fazem as contas!
Depois é que iremos ver quem faz e quem não fez.

Anónimo disse...

Esta questão das obras não é pacífica. Há quem defenda que a tão falada renovação deve ter obras de fundo, outros não vão muito além de uma operação cosmética.
Na verdade não esperava grandes milagres Sr. anónimo, porque admito que uma reconversão ou uma requalificação da nossa zona turística, não se faz em dois anos. Agora diga-me, como podemos incentivar as pessoas a virem passar férias para o nosso concelho, se não conseguimos preservar sequer aquilo que temos? «É como ter uma mesa com pratos e guardanapos muito bem postos, onde não há nada para comer.» E não estou a falar de obras estruturantes, nem de grande visibilidade, estou a falar do essencial, a tal operação de cosmética. Será que não há ninguém que elucide os nossos políticos para estes pequenos pormenores?