quarta-feira, novembro 15, 2006

Direitos de Cidadania

DIREITOS DE CIDADANIA

A participação e o exercício da cidadania, com empenho e responsabilidade, são fundamentais na construção de um novo Concelho. A integração da cidadania na vida pública é já um direito adquirido, na relação entre Municípios e munícipes, caracterizado na construção de uma democracia participativa bem como pelos princípios da ética e da transparência. Esse contexto exige e promove melhorias nos Municípios, como também implica, quase sempre, a melhoria significativa da qualidade de vida.
A participação dos cidadãos nas questões da comunidade é condição básica para a consolidação da democracia. Permanentemente, os diversos segmentos da população devem levar ao conhecimento do seu Município as suas propostas, propor políticas públicas e acompanhar de perto a sua implementação. Os conceitos de cidadania têm-se mostrado, nesse sentido, um eficiente meio de participação da sociedade civil, permitindo a discussão dos problemas da comunidade com os Municípios na procura de soluções compartilhadas.
Os Cidadãos devem estar empenhados em discutir o seu Concelho, implementar e avaliar, conjuntamente, as políticas públicas voltadas para determinado segmento da população em situação de maior vulnerabilidade, podendo denunciar politicas erradas, sugerir projectos, fiscalizar a actuação do executivo municipal, exercendo, assim, o importante papel de cidadania.
Além disso, vivemos um momento em que reaparece a figura da liderança política como um dado empreendedor, capaz de gerir recursos de naturezas diversas tendo em vista a realização das necessidades dos cidadãos, na acepção mais ampla do termo. A cada dia que passa, acumulam-se os problemas pessoais e colectivos que, sem solução, são um peso para todos os cidadãos.
Os custos da máquina pública são muitas vezes maiores do que os seus resultados. Custosa, demorada e ineficiente, a burocracia do serviço público é o que mais impede a plena satisfação da cidadania e limita a sua participação, distanciando os governantes da população em geral. Todos somos mal atendidos e, quando conseguimos chegar até ao órgão público, em geral não temos resposta.
É notória a insegurança e o desconforto em que vivem alguns profissionais na sua actuação diária, quando se defrontam com indagações sobre as questões dos direitos do cidadão, que envolvem informações técnicas. A falta de conhecimento e outros factores que dificultam a participação democrática efectiva: o distanciamento da população em relação à administração pública, a linguagem tecnicista, a postura excessivamente formal de muitos profissionais e servidores públicos...acrescenta-se ainda o descrédito generalizado sobre a eficácia dos Municípios e dos seus departamentos.
Não bastando as dificuldades administrativas, a crise social, a burocracia, acrescentam-se as dificuldades políticas. É hora de incentivarmos como cidadãos, os Municípios, a uma actuação mais incisiva e adequada às necessidades locais, além de viabilizarmos a implementação de acções relativas ao nosso concelho.
O cidadão preocupado com o meio ambiente; deve fazer prevalecer as principais normas ambientais decretadas pela União Europeia e pelo Estado; Fazendo valer o papel de cidadão em relação à preservação do meio ambiente; assim como, aos desafios e perspectivas da formação de uma cultura ambientalmente correcta.
Como cidadãos devemos contribuir para melhorar a qualidade de vida através da construção de um ambiente saudável, que possa ser desfrutado por nossa geração e também pelas futuras. Vivemos hoje sob a hegemonia de um modelo de desenvolvimento baseado em relações económicas que privilegiam o mercado, que usa a natureza como recurso. Contra este modelo injusto e excludente podemos afirmar que todos os seres naturais, possuem um valor existencial intrínseco que transcendem valores utilitários.
Por isso, a todos deve ser garantida a vida, a preservação e a continuidade. O cidadão tem a missão de administrar responsavelmente o seu ambiente natural, não permitindo que seja destruído com a sede insaciável de possuir e de consumir. Apesar do quadro ambiental ser extremamente inquietante, existem cada vez mais pessoas que têm a consciência de que uma mudança é necessária, e possível.
Carlos Monteiro

12 comentários:

Anónimo disse...

cidadania, em Direito, é a condição da pessoa natural que, como membro de um Estado, encontra-se no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida política.

A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe permitem intervir na direcção dos assuntos públicos do Estado,(seja adm. publica estatal ou autarquica) participando de modo directo ou indirecto na formação do governo e na sua administração.

Só porque há por ai muitos que não o sabem...

Anónimo disse...

Muito bem amigo Carlos...assim gosto. Chamar os bois pelos nomes. Há momentos em que é preciso chamar a atenção aos políticos que temos, que afinal somos cidadãos e temos direitos. Alguém tem que ter o nível e a sensatez para lhe explicar estas coisas. Não sou um adepto da guerrilha, como táctica. Sou pelo diálogo, pela concertação, pela troca de argumentos. Mas gosto de dar a minha opinião de cidadão, quando necessária. Quando tem de ser...nos momentos certos.

Defendo os consensos e acordos, tento não conflituar por qualquer coisa. Mas não compactuo com o abuso, com falsidades, com hipocrisias, com desrespeitos… A verdade é que isto anda tudo em águas mornas. Muita diplomacia, elegância, cortesia e muitos salamaleques. Parece que não se passa nada.

Não é assim...parece que estamos todos satisfeitos com a vida. De vez em quando resmungamos, protestamos e esquecemos. Dizemos que isto não vai lá. Eles dominam tudo. Não há nada a fazer e adormecemos, embalados.
Quando alguém diz em voz alta o que pensamos em voz baixa, regozijo-me. Como o faz tão bem o Carlos Monteiro, neste texto.

Administrador disse...

A causas históricas, políticas e sociais, na fase de transição e consolidação da democracia em Portugal que resultaram num fraco poder de iniciativa da sociedade civil são as bases da tese de doutoramento "Sociedade civil e Poder Político em Portugal", do ex-presidente da República, Ramalho Eanes.
Logo aqui podemos extrair o quanto estamos ainda tenros e verdes na prossecuçao dos nossos ideais.
Por vezes creio fruto de uma partidocracia que atrasa e deprime o simples cidadão. Outras fruto de um todo contexto historico e humano que nos define como portugueses. Desde o sebastianismo e a espera de que alguem venha resolver as questoes sem soluçao aparente, passando pelo nosso fado triste e sombrio, tudo isto nos molda enquanto cidadãos.
E estes ja tao habituados a supremacia da instituiçao, baixam os braços e assumindo frequentemente a posição do "coitadinhos", deixam se ficar, culpabilizando este mundo e o outro numa tentativa vã de solucionar os seus problemas.
"um dos males do país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições".

Anónimo disse...

Desde 2002
Fisco perdoa multas a bancos e seguradoras
16.11.2006 - 09h29 : Vítor Costa/PÚBLICO



A Direcção-geral dos Impostos (DGCI) tem estado a perdoar, desde 2002, os bancos e as seguradoras do pagamento de coimas a que estas entidades deveriam estar sujeitas por não entregarem ao fisco documentos essenciais para o controlo dos benefícios fiscais inerentes às Contas-Poupança Habitação (CPH) e aos Planos de Poupança Reforma (PPR).

A DGCI justifica esta falha pela necessidade de adoptar uma atitude de colaboração com as referidas entidades.

A denúncia desta situação é feita pelo Tribunal de Contas (TC) num relatório de auditoria ao controlo instituído na DGCI relativamente aos benefícios fiscais (2002 a 2004), onde o tribunal tece duras críticas à actuação do fisco. O Tribunal sublinha que "não foram aplicadas medidas sancionatórias relativamente às entidades depositárias de CPH [bancos] e gestoras de PPR [seguradoras] que não remeteram as modelo 15 e 32, ou que o fizeram fora do prazo", adiantando que esta actuação resulta do facto de "a DGCI ter considerado que, nos primeiros anos, se deveria adoptar uma atitude de colaboração com as referidas entidades".

Com um pais assim não ha cidadania que resista

Anónimo disse...

Governo PERDOA 200.000 burlas...É obra...e ainda se ataca um Governo tão bonzinho...!
Os Bancos parece que não vão repor os juros que debitaram (indevidamente...-dizem) Mas, a partir de agora...VÃO...dedscontar aos próximos o que não descontaram aos anteriores...
BiBÁ/ Republica...Apretuguezia...
A (canalha...) já faz revoltas por SMS...Manipulados...? EVIDENTEMENTE...)
Estes são os (PEDAGOGOS...) que saíram do 25 do 4....
Claro esta geração será ou poderá vir a ser uma geração RASCA. Não sou deste GOVERNO...mas esta Senhora MINISTRA tem de demonstrar que é GOVERNO e não oposição.
Se os Professores põem os Alunos a jogar Damas...?! quem me garante que não é para atingir fins que esta Canalha não entende ainda?!... Protos...Vi agora a FEMPROF...e a FEMPROF é Comunista....A FEMPROF...foi SURPREENDIDA...e tudo?...
Vá...?!!!
Tirem benesses a todo o mundo menos aos senhores Professores e outros queridos da Função Publica...Privilégios ganhos e adquiridos...SEMPRE...SEMPRE...
SEMPRE!...Uma espécie de Pão/Sagrado...!

Sumpayo...lol
Òlarilolela...!

Anónimo disse...

Cambada isso sim
E Mesquita com tacho na secundaria, as obras que se fazem e desfazem ao sabor dos senhores da politica local (sim sim esses mesmo, que poem a baixo hoje e repoem acima amanha), os primos gregos que nao se viram gregos pra entar na Camara, as meninas secretarias, as prendas e os almoços... e o trabalho? Bem esse fica pra depois. e quem vier no fim que apague a luz, e nao se esqueça pague a conta tambem.

Anónimo disse...

Veja-se a data da denúncia: A denúncia desta situação é feita pelo Tribunal de Contas (TC) num relatório de auditoria ao controlo instituído na DGCI relativamente aos benefícios fiscais (2002 a 2004), onde o tribunal tece duras críticas à actuação do fisco. Vejam bem quem era o Governo na altura. É natural que agora estejamos a pagar as falcatruas que estes senhores suportavam.

Anónimo disse...

Geralmente como cidadãos andamos sempre a procurar culpados para isto e para aquilo e naturalmente algumas animosidades contidas vêm à tona, volta a discutir-se o que já foi discutido, e como é óbvio, vazam falsas informações para a praça pública. Grande parte do tempo é gasto em comentários saturados pela emoção, que afastam, cada vez mais, os cidadãos deste concelho dos seus verdadeiros objectivos.
Por favor vamos discutir o concelho e deixemo-nos de politiquices!!!

Anónimo disse...

Por vezes, quando paramos e conseguimos reflectir e pensar naquilo que queremos transmitir, os comentários tornam se melhores, mais consistentes, e sobretudo mais verdadeiros. Vamos ao que interessa meus senhores, vamos ajudar a fazer deste concelho uma terra melhor...

Carlos Monteiro disse...

O futuro não é propriedade nossa mas diz-nos seguramente respeito, é nesse contexto que defendo a participação dos cidadãos na vida pública.
A nossa acção deve concentrar-se em torno da realidade da nossa área geográfica, embora também devamos fazer prevalecer os nossos direitos a outros níveis.
A nossa participação requer informação adequada, isto é, completa, objectiva, de fácil acesso e compreensão, para um aumento da consciência, compreensão critica dos problemas e possíveis soluções.
Não podemos conceber que Autarcas, após a sua eleição democrática, se alheiem dos cidadãos deste Concelho. Deverão estes Autarcas formar opinião e promover debates públicos, sobre os mais diversos problemas da vida do Conselho.
Só assim se poderá colher os benefícios da relação PODER/CIDADANIA.
Em suma, a participação dos cidadãos não é mais do que um processo participativo, no qual os cidadãos submetem ao poder local, um programa de desenvolvimento, de forma a criar condições para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos deste concelho.
Por isso peço-vos como cidadão, vamos discutir o Concelho. Eu pessoalmente, acredito cada vez mais, nos cidadãos do nosso Concelho. Os Mirenses podem não saber para onde querem ir, mas tem muita pressa em ver o seu concelho mudado.

Carlos Monteiro

Anónimo disse...

A cidadania deve ser assumidamente defendida. A cidadania é um direito. O MIC nasceu para reforçar o nosso direito de cidadania.

Anónimo disse...
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