quinta-feira, dezembro 14, 2006

Pescanova e o Ambiente


Ambiente: Uma parte integrante da filosofia da Empresa Pescanova
Até meados do século passado, não se esperava das empresas mais do que cumprir com suas obrigações básicas: fabricar bons e confiáveis produtos a preços justos, pagar salários compatíveis aos seus funcionários e cumprir com as suas obrigações fiscais. As Empresas eram ilhas impessoais e estanques da sociedade. Felizmente hoje, as coisas mudaram muito. Agora, além de cumprirem com as suas obrigações, as Empresas estão a sair dos seus casulos, arregaçando as mangas colaborando para uma vida melhor de toda a sociedade. De facto, são pressionadas por uma nova visão do consumidor – exigente não só em relação à qualidade e ao preço do produto, mas também com a sua participação na sociedade e no meio ambiente – despertadas para a realidade do mundo que as cerca, as Empresas assumiram a sua parcela de responsabilidade para fazer a diferença no seu tempo e espaço. Foi o que se denominou de responsabilidade social. Que, em última análise, nada mais é do que não assistir impassível a uma avalanche de desafios. É não virar as costas para questões que ultrapassam os limites de uma cadeia de negócios, como as diferenças sociais, o respeito à diversidade e à preservação do meio ambiente
A preservação do meio ambiente requer mudanças de comportamento individuais e colectivas. Repensar e reconstruir as relações com a natureza são os grandes desafios que as pessoas e as empresas decidiram assumir. É impossível operar, hoje, uma empresa sem uma séria e visível preocupação ambiental.
Todos sabemos da grandeza do projecto que irá ser construído no nosso concelho, mas existem algumas dúvidas, por isso trouxe-vos aqui hoje, um recorte de uma entrevista, devidamente traduzida, de um director da Empresa Pescanova. Esta entrevista talvez venha dissipar algumas dúvidas que possam surgir sobre questões ambientais. Passo a citar:
Na Pescanova, a preservação do meio ambiente é uma filosofia presente em todas as unidades do Grupo e reflecte a sua preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores e consumidores. É prioridade número um no desenvolvimento de produtos, nas matérias-primas, produção, entrega e disposição dos nossos produtos.
A protecção ambiental é um dos princípios de nossa gestão. Temos a certeza que a adesão a práticas de protecção ambiental representam uma contribuição importante para a nossa empresa.
Os princípios a seguir aplicam-se a todos os colaboradores da Empresa. Esses princípios demonstram que assumimos a nossa responsabilidade na sociedade, fazendo a nossa parte ao preservar o bem-estar de todos, hoje e para as gerações futuras.
Em todas as instalações fabris temos um eficiente sistema de gestão ambiental, que está sujeito a medidas de melhoria contínua. Alinhamos as nossas instalações à tecnologia de ponta. Os nossos parceiros estão incluídos nas nossas metas ambientais.
Comprometemo-nos a seguir a legislação e especificações ambientais. Auditorias ambientais realizadas periodicamente avaliam as conformidades. As exigências internas superam e vão além das regulamentações dispostas nas legislações governamentais. Avaliamos regularmente os impactos que as nossas operações causam ao meio ambiente, bem como o sucesso do sistema de gestão ambiental.
Em todas as actividades, queremos prevenir impactos danosos ao meio ambiente através de planeamento adequado e antecipado. Usamos matéria-prima e energia alternativa com economia. Não poupamos esforços em gerar o mínimo de lixo possível. A reciclagem de lixo para fins benéficos é mais importante do que seu desaparecimento. Acções ambientais adequadas atendem à redução de consumo de água, ruído e outras emissões.
Fabricamos produtos ecologicamente correctos, considerando todo o ciclo de vida útil do produto – desde o seu desenvolvimento até à sua reciclagem ou até ao seu novo uso.
Informamos regularmente os nossos colaboradores sobre as questões ambientais e mantemos programas de formação para consciencializar e fomentar um comportamento responsável em relação ao meio ambiente.
Queremos proteger os nossos colaboradores contra os perigos da saúde e prevenir danos ao meio ambiente. Para tal, implementamos medidas abrangentes de prevenção de acidentes e limitação dos efeitos danosos ao meio ambiente.
Mantemos canais abertos de comunicação com os nossos clientes. Fornecemos informação sobre os efeitos ambientais em cada local onde laboramos. Autoridades e associações recebem a nossa total cooperação.
A Administração da Empresa e todos os colaboradores estão comprometidos com esta política ambiental.
Espero muito sinceramente que assim seja...desejando que tudo corra bem!
Carlos Monteiro

16 comentários:

Anónimo disse...

A empresa Pescanova tem certamente bons pergaminhos ao nivel ambiental. Mas, e porque há sempre um mas, bastantes são as opiniões contrárias. Desde incertezas quanto a verdadeira preocupação ambiental desta Empresa, passando por opiniões totalmente opostas ao que a mesma divulga para a comunicação social, opiniões estas de cientistas e interessados nas questões ambientais e sociais (basta consultar a Internet e verificar alguns recortes de jornais espanhois e artigos de opinião). Certamente criará alguns postos de trabalho para municipes de Mira (a que custos tambem não sabemos). Assim como não sabemos o verdadeiro impacto de uma unidade como essas em local de importancia estrategica para um possivel desenvolvimento Turistico.
Mas alguma coisa nós já sabemos:
-Já sabemos que o governo espanhol voltou atras na decisao de implantar uma unidade semelhante na Galiza;
-Já sabemos da pressa com que se prestaram os nossos governantes a apoiar um projecto como este (apesar das incertezas e dúvidas existentes)o que nos colocas algumas suspeitas...até porque quando a "esmola é grande o Santo desconfia"

Uns dizem mais do que deviam... outros menos do que o que sabem
E assim algo não encaixa muito bem, pode ser que um dia tudo seja bem explicado.

L. P.

Anónimo disse...

Caro Eng. com uma postura assim até parece que trabalha na Pescanova!
"...Vemos também uma crescente importância dada na comunicação social aos problemas da segurança alimentar, com múltiplos escândalos relacionados com falhas nessa segurança alimentar, como a BSE ou os nitrofuranos..." estas são palavras suas num artigo que li sobre a Agricultura Biológica, onde ainda afirma também que "recuso-me a ser mais uma das muitas vidas que andam por aí rés ao chão, a debicarem migalhas caídas de papo-secos tradicionais fabricados com farinhas magras e refinadas, roubadas do melhor farelo nutritivo..."
Confesso que não entendo como é que depois de dizer isto sobre a agricultura Biológica, sendo voçe tanto quanto sei um deses ambientalistas de Mira, vém para a praça publica como defensor das virtudes ambientais da Pescanova...
A Pescanova é de facto uma grande empresa, mas quanto à sua postura social e ambiental permita me que discorde, a Pescanova procura o lucro, o dinheirinho, por isso quer vir para cá, onde os terrenos serão bem baratinhos, onde as pessoas trabalham a custos reduzidos e onde as condiçoes lhe permitem ter maior rentabilidade, qualquer empresário sabe isso senhor.
Deixem se de tantos rodeios

Carlos Monteiro disse...

Caro amigo anónimo das 11.33,

As minhas dúvidas em questões ambientais ainda persistem! Até porque o protocolo que vai ser assinado com a Câmara Municipal, não nos dá nenhumas garantias ambientais.

No entanto acredito que este projecto tenha sido visto e revisto com profundidade e grande reflexão pelas diversas entidades que participaram nesta negociação, entre elas o ICN, “Instituto Conservação da Natureza”.

No meu texto, a introdução diz respeito a normas europeias que as empresas devem respeitar e que gostaria de ver respeitadas. No restante texto, estava a citar um director da empresa Pescanova, numa entrevista ao Diário Económico da Galiza.

Não são só os empresários que sabem, que a empresa Pescanova, procura lucros e recursos humanos com custos reduzidos, todos nós o sabemos. Mas, sabemos também, que vem combater o flagelo do desemprego existente no nosso concelho.Embora este não deva ser combatido a qualquer custo.

Fico bastante satisfeito, que num ápice de tempo, apareçam tantos defensores do ambiente, ainda bem que assim o é, acrescento eu.
Em relação à matéria que nos é proposta, exige que sejamos mais ponderados, e que tenhamos alguma serenidade nos nossos comentários.
Hoje, muita gente parece estar a querer passar a mensagem, de que preservar o ambiente é pôr em causa o nosso próprio desenvolvimento, esta atitude demonstra bem a nossa falta de cultura ambiental.

A participação no exercício de cidadania, com empenho e responsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova sociedade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto, é necessário analizar e avaliar as relações entre o desenvolvimento e a natureza. Temos de contribuir para melhorar a qualidade de vida, através de um ambiente saudável que ande de mãos dadas com o desenvolvimento económico do nosso concelho, para que possa ser desfrutado pela nossa geração e também pelas vindouras.

Carlos Monteiro

Carlos Monteiro disse...

Peço desculpa, mas gostaria de acrescentar e esclarecer que, com muita pana minha, não faço parte de qualquer Associação Ambiental do Concelho. Sou membro e colaborador do GEOTA. “Grupo de estudos de ordenamento do território e ambiente”

Anónimo disse...

melro sem pio pede e pergunta ao senhor carlos monteiro:
o senhor como elemento da Assembleia Municipal já tem em seu poder o protocolo da PESCANOVA. Como defensor da cidadania -"participação no exercício de cidadania" - transcreva para todos nós o conteúdo do protocolo. Ficariamos melhor informados. Mais uma questão:Dunas de Mira não pertencem à NATURA 2000?
MELRO SEM PIO

Carlos Monteiro disse...

No âmbito do presente Acordo, a primeira outorgante, compromete-se a:
a) A promover a desafectação do Regime Florestal Parcial, da área de aproximadamente 206 ha de um terreno situado a sul da Praia de Mira (conforme plantas anexas), e respectivo registo na Conservatória de Registo Predial, para a implantação de um projecto de aquicultura de pregado.
b) A realizar o contrato promessa de compra e venda.
c) A construir, até ao final do ano 2007, as infra-estruturas de rede viária com perfil e características para a circulação de trânsito pesado, desde a entrada do estabelecimento até ao IC1 que dá acesso à auto-estrada;
d) A construir as infra-estruturas de água e saneamento com capacidade para cerca de 400 utilizadores, até ao final de 2007.
e) A implementar na zona de intervenção, a recolha selectiva de resíduos sólidos urbanos, com capacidade suficiente para um projecto desta natureza, até à data de arranque da actividade;
f) A retirar o arvoredo, a desmatar e a limpar, a área em que o projecto vai ser implantado – 82,4 ha;
g) A promover junto das entidades competentes todos os actos possíveis, tendo em vista avaliar a exequibilidade da isenção fiscal da empresa exploradora no que respeita a IMT, bem como no que respeita a IMI, pelo período de 10 anos.
h) A viabilizar as obras e licenciamentos necessários à instalação do projecto e arranque da sua actividade;
i) A encerrar a ETAR ou a ligá-la à rede de saneamento local até ao final de Setembro de 2007;
j) A possibilitar, sem custos adicionais, a instalação de eventuais torres com geradores eólicos, consoante venha a ser definido pelo Promotor;
k) A responder com celeridade a todas as solicitações do Promotor, no âmbito deste projecto, num prazo máximo, que se não estiver por outro meio definido, se estabelece em uma semana;

(Acções a desenvolver pela representante da Pescanova )

a) A implementar na Praia de Mira um projecto de aquicultura de pregado, de forma faseada, em função dos acordos de financiamento com o Estado Português e Comunidade Europeia, com o investimento total previsto de € 198.783.919;
b) A realizar o contrato de promessa de compra e venda do terreno identificado na alínea a) da cláusula anterior.
c) A pagar 20% do valor do preço da parcela de terreno, na data da assinatura do contrato de promessa de compra e venda e os restantes 80% aquando da realização da escritura pública de compra e venda, conforme a alínea c) da clausula anterior no valor total de € 2 060 000,00;
d) A realizar a escritura pública do terreno identificado na alínea a) da cláusula anterior, pelo preço estabelecido de € 2,50 por metro quadrado da zona de intervenção - 82,4 ha. que será a única a ter capacidade construtiva e a sofrer intervenção urbanística;
e) Relativamente à área restante da parcela 123,6 ha, ficarão inalteráveis sendo preservado e valorizado o seu aspecto ecológico, devendo para tal proceder à protecção e limpeza da mata e preservação ecológica das espécies existentes;
f) Promover e apoiar iniciativas culturais e recreativas que se enquadrem nas variantes ambientais, turísticas empresarial e educativa, levadas a cabo por organismos do concelho;
g) Promover acções de defesa da floresta contra fogos, assim como outras iniciativas de prevenção civil contra acidentes naturais ou industriais em parceria com o serviço municipal de protecção civil e os bombeiros voluntários;
h) A criar aproximadamente, numa primeira fase 110 postos de trabalho directos, tendo por objectivo chegar a 286 postos de trabalho directos, sendo dada preferência a pessoas do concelho ou região de Mira;

(Direito de Preferência)

Durante a vigência do acordo a primeira outorgante goza de direito de preferência no caso de transferência de propriedade ou posse da parcela de terreno, pela segunda outorgante, por qualquer título.

(Direito de reversão)

Durante a vigência do acordo, a utilização pela segunda outorgante da parcela de terreno, para fim diferente para o qual foi vendido, confere à Câmara Municipal de Mira o direito de reversão da propriedade do terreno, sem direito a indemnização pelas eventuais construções ou beneficiações efectuadas, não podendo igualmente alegar direito de retenção.


Conforme poderão verificar são poucas ou nenhumas, as garantias ambientais do projecto, ou de qualquer responsabilização da Empresa Pescanova ao poder causar qualquer dano ambiental no local.
Contudo vou confiar nas entidades envolvidas no negócio, sobretudo o ICN, que tem que ser responsável pela parcela de terreno que viabilizou.
Sinceramente para bem do concelho...espero que tudo corra bem.

As Dunas são do domínio da Orla Costeira, são zonas de grande sensibilidade e de preservação permanente.
O terreno alienado para o projecto, é que faz parte da rede natura 2000.
Senhor “Melro sem pio” Espero tê-lo esclarecido!

Anónimo disse...

Obrigado Carlos Monteiro.

Anónimo disse...

"Não se aquece uma casa com a promessa de lenha"
Provérbio Russo

Anónimo disse...

MELRO SEM PIO
Agradece, reconhecidamente, ao sr. Carlos Monteiro pela prontidão com que respondeu ao meu pedido (desafio). Nestes últimos tempos o a informação tem sido muito precária. A que deu e os coimentários que oportunamente fez são muito importantes para compreender o risco desta iniciativa para o concelho. RISCO MUITO GRANDE que pode colocar o futuro dos nossos filhos e da praia de mira.Sabemos dos problemas que tem havido na Tocha,que é um complexo indústrial muito pequeno comparado com o que se projecta aí em Mira.A simples esperança do [boa]decisão das entidades não chega para descançar os nossos espiritos, Sr Monteiro. Aqui em Lisboa os organismos oficiais erram muitas vezes: o mexilhão somos nós.
ESTÁ NAS SUAS MÃOS SENHOR MONTEIRO ESTA GRANDE RESPONSABILIDADE.
Gostaria de poder continuar a gozar da beleza da Praia no verão, durante as minhas férias e dos fins de semana.
Uma má decisão é irrecuperável no aspecto ambiental e turístico.
PREFERIA O CAMPO DE GOLFE SENHOR MONTEIRO DO QUE UMA PEIXARIA.

Anónimo disse...

Apesar de três décadas passadas sobre a queda da ditadura em Portugal parece que afinal o despotismo continua bem agarrado aos fatos dos nossos governantes.
Para o que lhes interessa procuram cativar a população com a ilusão do emprego e das melhores condições de vida, contudo quando estão em causa valores fundamentais de qualquer sociedade como o ambiente e o bem estar, logo surgem comentários e afirmações sobre o bem que de certas medidas brotará, sobre a importancia fundamental para o pais, enfim, um rol de benesses e coisas boas (só mesmo nesta epoca) porque depois das festas, certamente virão outras noticias a publico, essas já bem mais realistas sobre esses futuros empreendimentos, esses oasis para a população de Mira (tal como o Miravillas, que nada mais é que um grande empreendimento imobiliario camuflado de turismo, e que a Camara aproveitou para fazer o mesmo criando o Miróasis). E é claro, quando convém usa se o nome ICN, pena é que quando o ICN afirma e propoe certas medidas pró ambientais, não o escutam da mesma forma. Aposto que se fosse o sr. da quinta da lagoa a querer construir nas nossas matas, com tudo o que a Lei exige, parecer positivo dos ambientalistas, o "paleio" era outro. Dois pesos duas medidas, é o habito.
Em quem podemos nós acreditar?
Para quem tanto falou no Turismo e no Ambiente aquando das eleiçoes, o actual presidente Reigota está a fazer o que sempre nos tem habituado,ou seja, a mentir.
Mas culpados são aqueles que nele votaram, já sabiam muito bem o que se poderia esperar desse tipo de gente.
A Pescanova é um engano para os Mirenses, pode até trazer alguns postos de trabalho, e pela maneira desenfreada e irracional como alguns defendem o projecto, já estou a ver quais o empregos e para quem se destinam alguns.

Anónimo disse...

Algumas posições aqui assumidas, tem sido um espectáculo muito degradante. As posições de alguns cidadãos, como as deste senhor anónimo das 10.25, são muitas vezes emotivas e tecnicamente pouco sustentadas.
Que conhecimentos técnicos tem este senhor nesta matéria?
Com que base informativa sustenta as suas afirmações?
Não tente comparar o incomparável!
De certeza que não é com essa demagogia desenfreada ou com argumentos de estarrecer, que se vai desenvolver sustentávelmente o nosso concelho.

Anónimo disse...

Muito bem, estou a gostar. Um texto, vários comentarios, discusão, debate, troca de ideias, muito bem mesmo. É de isto que precisamos.
Mas estou como o amigo Carlos Monteiro, que aproveito para "pelagiar":
"As minhas dúvidas em questões ambientais ainda persistem! Até porque o protocolo que vai ser assinado com a Câmara Municipal, não nos dá nenhumas garantias ambientais."
No entanto assumo que um projecto da dimensão deste, a ser realizado no nosso concelho, certamente trará emprego, e melhorias várias nas infraestruturas locais, tal como surge presente no protocolo ja aqui apresentado pelo Carlos. Mas também assumo que poderemos estar a passar um cheque em branco a referida empresa espanhola. Cheque essse que podemos ter que pagar mais tarde e com juros (espero que não).
O fundamental e o que retenho desta iniciativa é que algo se esta a tentar implementar em Mira, e apesar de ser uma decisão polémica alguem esta disposto a ir em frente, assumindo risco e compromissos, e disso ninguem pode critica o executivo, pois está a encarar com determinação esta oportunidade que nos surgiu sem ninguem saber bem como. E já se sabe, "a cavalo dado..."
A população geralmente pouco liga a estas iniciativas pré-implementação, manifestando se muitas vezes depois de tudo estar decidido, em momentos pouco oportunos e quando já se discutem outras estrategias, daí creio ser muito importante que debates como este, ainda que virtuais, aconteçam cada vez mais. É da troca de ideias, da partilha de saberes, da comunhão conjunta de valores que surgem os bons projectos e as decisões mais certas. Não do silêncio, não do esconder de informação.

João Luís Pinho

Anónimo disse...

O SR JOAO LUIS PINHO ESTA A GOSTAR PORQUE é O SEU PRESIDENTE QUE LA ESTA
E O MESMO DIGO AO mONTEIRO, bALUGAS E AFINS ...ISTAS
CASO FOSSE IDEIA DA OPOSIÇAO ESSES SENHORES PIAVAM DOUTRA MANEIRA

PENSAM QUE ENGANAM QUEM

Anónimo disse...

Srs. Carlos Monteiro e João Luís Pinho, espero que não liguem a este tipo de comentários, porque só alguns analistas medíocres inexpressivos, fazem de conta que não percebem a dimensão de um projecto assim para o nosso concelho.
Sobretudo sem fazerem a menor ideia das conjunturas em que se tomaram decisões ou que se defenderam posições.
Dá-me ideia que estes senhores são contra, porque lhes interessa apenas o efeito que isso produz. É com coisas assim que se vai destruindo a capacidade de os cidadãos acreditarem na utilidade dos seus direitos participativos.
Os cidadãos sérios há muito deixaram de acreditar neste tipo de comentários. Hoje as realidades são diferentes – não abrimos as portas ao despeito mesquinho que tudo tenta sujar.
No entanto, esperança é sempre bom tê-la, pode ser que um dia, estes senhores lhes venham a falar de alguma coisa útil, pelo menos lembradora do fundamental, do importante, que vocês depois burilarão, aperfeiçoarão e polirão com a ajuda dos vossos instrumentos de gente mais conhecedora do que eu.

Anónimo disse...

Ainda bem que vejo dois ilustres socialistas como são o Carlos e o João Pinho capazes de ver as coisas sem estarem toldados pela cor rosa. Felizmente ainda há mais uns quantos a pensarem assim. Por isso também a mim me dá vontade de repetir o plágio do JP ao Carlos.

"AS MINHAS DÚVIDAS EM QUESTÕES AMBIENTAIS AINDA PERSISTEM! ATÉ PORQUE O PROTOCOLO QUE FOI ASSINADO COM A CÂMARA MUNICIPAL, NÃO NOS DÁ NENHUMAS GARANTIAS AMBIENTAIS."
Pena é que nem todos dentro do nosso partido vejam as coisas desta maneira e, por isso, é que na dúvida nos pediam e continuam a pedir para assinarmos “cheques em branco” e por isso é que os comunicados continuam a ser feitos pelas mesmas pessoas de sempre, SEM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS, sem olharem às diferentes sensibilidades ou a diferenças de opinião.
É evidente que, pessoas a verem tudo de uma só cor e por um só prisma existem em todos os partidos. Por isso penso que é consensual que tal debate sobre esta matéria seja feito com elevação, sem acusar ninguém só porque pensa de maneira diferente do outro. As dúvidas e as questões são todas legítimas, bem como as evidências.
Não se deve questionar porque razão a junta da Galiza não aceitou tal projecto alegando “ALTERAÇÃO DO ECOSSISTEMA ENVOLVENTE”? Não se deverá questionar qual o impacto que este empreendimento irá ter no turismo? Sobre o orgulho de sermos a praia com mais anos de BANDEIRA AZUL? Não se devem colocar questões sobre a localização, caros amigos? Não será legítimo duvidar do nº de postos de trabalho quando todos nós temos exemplos recentes deste tipo de subterfúgios por parte da esmagadora maioria das empresas?
Veja-se o que diz a alínea h) da 3ª Cláusula:
h) A criar APROXIMADAMENTE, numa primeira fase 110 postos de trabalho directos, TENDO POR OBJECTIVO chegar a 286 postos de trabalho directos, sendo dada preferência a pessoas do concelho ou região de Mira;
É só ler com atenção, está lá tudo aquilo que a empresa pretende, aquele APROXIMADAMENTE diz tudo, e “OBJECTIVO” não é compromisso. Só não vê quem for ceguinho de todo e só se deixará enganar quem quiser.

José Balugas

Anónimo disse...

Pescanova busca el Portugal de Orden y Prosperidad del Profesor Cavaco Silva y del Ingeniero Sr. Socrates.