sexta-feira, setembro 29, 2006

Um comentario e um post...

UM POST
“As férias permitiram-me um olhar socialmente responsável pelas zonas costeiras onde andei, e constatar que, se algumas ilhas há com qualidade ambiental, a maioria do espaço que visitei não é apetecível, bem longe disso. É lamentável. Temos um país com características naturais únicas que deveríamos valorizar em termos Sustentáveis. A sua degradação/desvalorização contínua contra lucros fáceis e imediatos, assentes numa construção galopante e de má qualidade, e numa desordenada e caótica utilização do espaço vêm pondo em causa um bem comum e a sua capacidade de sustentação, a prazo, nomeadamente de actividades de Turismo Sustentável. Não serão a qualidade dos sistemas naturais e as funções que eles proporcionam, os principais activos da actividade turística? Não serão imperativas novas visões e estratégias que, faseadamente, conduzam este vibrante sector de actividade económica para um patamar de Sustentabilidade?
Certamente que os diversos intervenientes do sector, nomeadamente a administração central e local, conhecerão bem o conteúdo da Agenda 21 a nível local. O que está em causa são, não apenas objectivos de salvaguarda ambiental, mas, complementarmente, de criação de mais riqueza e de maior equidade social. Se é indubitável que o Turismo gera substanciais benefícios económicos, impacte positivo a potenciar, urge avaliar também os seus custos ocultos na vertente ambiental e social, e minimizá-los de forma a melhorar a própria Sustentabilidade económico-financeira. Tais custos associam-se ao consumo eco-ineficiente de recursos, à degradação do ar, água e solo, perda de biodiversidade, pressão social e cultural (tantas vezes relacionada com conflitos de utilização do espaço como recurso que é), produção de emissões e resíduos, e também a impactes devidos ao transporte de passageiros e mercadorias.”(C.P.)


UM COMENTARIO
“…já pensou na possibilidade de deixar as pessoas desenvolverem a sua actividade económica, tipo não fazerem como em cascais e erice ira onde as autoridades acabaram com a única actividade económica o TURISMO, primeiro fecharam as discotecas, depois os bares, em prol do descanso dos turistas claro, depois os turistas deixaram de vir... Porque não tinham animação... vá ver estas duas terrinhas senhora investigadora, venha ver como os iluminados que nos governam aconselhadas por peritos como a senhora destroiem este país. Venha ver que belos subúrbios são cascais e Ericeira, gangs, violência. Não á actividade económica, não há trabalho para os jovens…”

É isto que pretendemos com este blog

5 comentários:

Anónimo disse...

Numa terra como Mira seria importante (creio eu) desenvolver o que ja temos de bom, fauna, flora, cursos de agua, praias, riqueza etnografica entre outras. Isto para depois podermos exigir mais aos turistas tambem, nao subir cada vez mais os preços e diminuindo a qualidade que eo q tem acontecido

Carlos Monteiro disse...

Entendo e concordo com o exemplo que nos sugere.
No entanto na sua exemplificação, proporcionou-nos aqui um belo texto e um infeliz comentário, que não posso deixar de comentar.
Esse pessoal do ambiente não nos deixa fazer nada... não querem que as fábricas poluam... não querem o ar irrespirável... não querem a água escura... não querem a terra como caixote de lixo... não querem os animais extintos... não querem construções na zona costeira... esses tipos do ambiente só mesmo à pedrada...afinal de contas não querem o nosso bem-estar. Essa é a maneira que muita gente, infelizmente muita gente, olha para todas as pessoas que tenta evitar o evitável, afinal de contas vivemos todos na mesma casa.
Todos nós e não apenas os outros devem lutar por uma causa que deve ser uma causa de todos. Hoje, muita gente parece querer passar a mensagem de que preservar o ambiente é pôr em causa o nosso próprio desenvolvimento, esta atitude demonstra bem a nossa falta de cultura ambiental.

Anónimo disse...

Os ambientalistas, esses e outros ...istas que por este portugal andam destroem tudo!
Sao eles que fazem descargas nas nossas aguas e cursos ribeirinhos, sao eles que deitam residuos e todos os demais lixos nas nossas florestas, sao tambem eles que passam o tempo a dizer mal dos outros e nada fazem, sao eles.. eles ...eles ... eles. Sao sempre os outros a fazer tudo o que aqui nao me lembro contra o nosso espaço envolvente. Sao certamente os ambientalistas e os defensores do patrimonio cultural, natural, social que tem vindo a depredar as nossas zonas costeiras...
Meus senhores vamos abrir os olhos e ver, nao so olhar ver bem visto, e se for preciso arregalar bem os olhos. A construçao desmesurada em altura e em locais pouco recomendaveis, por ex. dunas e florestas. Porque e que ninguem diz nadas contra o poder do betao em portugal?
Pois temos muitos trolhas e pedreiros dependentes desse poder... entendo, mas e sustentabilidade, e preservaçao de recursos, e saude publica, bem estar social, e etc e tal, como e que ficamos?
Meus senhores vamos refletir, juntar os varios interessados, falar, discutir, e no final chegar a conclusoes fortes e bem alicerçadas (nao como esta historia da pesca nova em Mira, podia ser um celulose temos tanta mata pra queimar...)

Carlos Monteiro disse...

Sr Paulo Moreira
Embora concorde com parte do que escreveu no seu post, penso que devemos ser mais ponderados nos comentários que fazemos. O defender o desenvolvimento sustentável não implica estarmos contra o desenvolvimento económico do concelho. Na minha opinião pessoal será necessário mais exercicio de cidadania e compreender e avaliar os valores que nos são propostos.
A participação no exercício da cidadania, com empenho e responsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova sociedade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto, é necessário analizar e avaliar as relações entre o desenvolvimento e a natureza. Temos de contribuir para melhorar a qualidade de vida, através de um ambiente saudável que ande de mãos dadas com o desenvolvimento económico do nosso concelho, para que possa ser desfrutado pela nossa geração e também pelas vindouras.
As agressões descaradas que foram feitas às nossas cidades e vilas, tendem a acabar, porque hoje o escrutínio público é maior. Acontece também que as regras hoje são mais rígidas e difíceis de contornar. Os PDM`s são, como sabe, instrumentos flexíveis, mas cujas alterações têm exposição e impacto público. Desperta uma consciência cívica na defesa da terra, do património e do ambiente, plasmada nos movimentos de cidadania que irrompem como cogumelos benfazejos, e vão colocando freio nalguns apetites mais funestos.
E, depois há uma “consciência ambientalista” que asfixia o nó do babete dos glutões e que temporiza a “pressão urbanística”.

Portanto, a postura radical na defesa do ambiente, compromete a nossa postura de cidadãos, tem de haver uma maior consciência de conduta pessoal.
Não custa nada... basta ter uma maior sensibilidade e pensar um pouco mais em soluções que ao mesmo tempo sustentem o nosso desenvolvimento e preservem o meio ambiente, pois este nosso mundo é uma casa gigante, que ainda hoje não conhecemos todos os seus (en)cantos.
Acredito que cada um de nós actuando, mesmo que em iniciativas pontuais, está a contribuir de maneira significativa para um novo desenho de concelho que procuramos.

Carlos Monteiro

Anónimo disse...

Não queiram fazer deste blog um blog à João Carlos Rua. Aceitam-se opiniões e comentários construtivos. Esqueçam lá a porra da politiquiçe. Deixem de falar da vidas dos outros. Parecem aquelas velhas de igreja. MIRA COM VERDADE !!!