terça-feira, outubro 17, 2006

Praga põe em perigo ecossistema

A eichhornia crassipesjacinto – é de origem brasileira. Uma só planta pode originar outra em duas semanas. A área total ocupada por esta planta é muito considerável no planeta. São múltiplos os prejuízos que resultam da sua proliferação, com destaque para a alteração dos biótopos aquáticos, tendo já sido observada rarefacção ou desaparecimento de peixes. No Sudão, a pesca à rede é impossível. A navegação e flutuação podem tornar-se impraticáveis e a higiene pública pode ser afectada pela decomposição de plantas e formação de águas estagnadas.

Nos EUA, os prejuízos causados por esta praga oscilam entre 5 e 14 milhões de dólares todos os anos.
A Barrinha está a ser invadida por milhares de jacintos, plantas de rápida reprodução."Se no ano passado eram alguns milhares, hoje são milhões e cada vez são mais e mais", Os jacintos são pequenas plantas aquáticas que têm uma capacidade de reprodução muito acelerada e que estão a começar a preocupar as populações ribeirinhas do nosso concelho. Junto às margens da barrinha e nos ramais hídricos (valas), um extenso tapete verde demonstra bem a capacidade de multiplicação da planta. Neste Verão a recente onda de calor, em que as temperaturas atingiram valores muito próximo dos 40 graus centígrados, as plantas reproduziram-se mais rapidamenteO processo de reprodução assexuada confere uma notável agressividade e uma só planta pode originar uma nova planta em duas semanas. Isto equivale a dizer que, num período vegetativo, de 15 de Outubro a 15 de Dezembro, 100 plantas podem originar mais de 200 mil. Estas características biológicas do jacinto-de-água explicam a sua célere expansão e densidade.

A planta coloca em risco o equilíbrio do nosso ecossistema hídrico, uma vez que forma um denso tapete que interfere na penetração da luz e provoca um abaixamento dos níveis de oxigénio. Uma situação que poderá matar muitas outras espécies, ao mesmo tempo que poderá impedir a navegação de pequenas embarcações. Os tapetes depois de formados destacam-se, com certa facilidade, funcionando como um ponto de partida de novas colónias.
Recorde-se que a praga não é nova e, nos últimos cinco anos, tem trazido consequências bastante penosas para o funcionamento do ecossistema do nosso sistema hídrico, para além das já existentes. "A Câmara Municipal de Mira já foi alertada para a situação, tem de meter mãos ao trabalho", a situação é alarmante, a limpeza tem de ser feita, o que deverá iniciar de imediato, senão teremos uma desgraça nas nossas mãos, porque haverá uma mortandade de peixes, transformando-se a barrinha num pântano. (Carlos Monteiro)

9 comentários:

Anónimo disse...

Quando era crinça, e brincava nas margens da Lagoa de Mira, muitas vezes e acompanhado com outros amigos, pescava mos pimpoes, carpas, cabras,"gudioes" (nao sei se o termo exacto será este)entre outros, que agora dificilmente voltarei a encontrar no mesmo local. Agora surgem sobretudo percas e achigãns.
O que pretendo dizer com isto é que, com a chegada de especies invasoras como esta (jacinto) a nossa própria biodiversidade poderá sofrer, e sofrerá concerteza, severos danos.
Ora se não nos unirmos enquanto populaçao para salvaguardar o que temos, poderemos daqui a uns anos ja nao ter com que nos preocupar.
As entidades responsaveis pela gestao local, nao me refiro exclusivamente aos serviços municipais, mas tambem ao Governo Civil entre outros, devem tomar em maos essa tarefa, pois estao certamente mais do que conscientes deste problema. Na Lagoa, no Casal de S.Tome e noutros locais do concelho ja foram efectuados trabalhos de limpeza e recolha dos jacintos (onde a AAMARG tb tem tido um papel de extrema importancia, a par da CMM) mas se nao se der continuidade a esse esforço, todo o trabalho realizado no passado revelar se a infrutifero.
Vamos unir a populaçao e salvar os nossos recursos, a uniao faz a força.

Joao Luis Pinho

Carlos Monteiro disse...

Já agora gostaria de dar a minha opinião sobre os trabalhos de limpeza.

Embora os trabalhos de remoção já devessem ter sido executados nos meses de Verão (Junho a Setembro) altura de maior reprodução dos jacintos-de-água, isto porque os nutrientes absorvidos são libertados para o meio novamente, através do processo de decomposição. Assim, as plantas devem ser removidas do ambiente aquático antes que atinjam essa fase.

No entanto, como é necessário realizar os trabalhos dentro do leito, a pé ou com pequenas embarcações munidas de ancinhos e redes, estes devem ser concentrados no mês de Outubro para não afectar os peixes na época de reprodução, devendo os cuidados ser acrescidos na limpeza dos cursos de água permanentes, já que é naturalmente nestes que existe uma vida aquática rica em (peixes e anfíbios).

É necessário também ter cuidado com as margens, a vegetação ribeirinha que se desenvolve nas suas margens é muito importante para o nosso sistema hídrico.
Podemos e devemos aprender com os erros cometidos no passado!

Anónimo disse...

Quero pedir desculpa mas não vou comentar o texto. Já escrevi para o Miraplis e apelo também para que publiquem este texto aqui. Nos blogs ainda podemos falar.
Trabalho numa empresa privada e tenho assuntos muito importantes a tratar nos serviços da Câmara e não posso: o meu patrão não me pode permitir faltar tanto tempo ao serviço e a Câmara a partir das 4 h não atende mais ninguém.
Gostava que todos fizessem força para que estivesse aberta até às 6 h ou 6.30 h que é o horário que a biblioteca tem e assim podemos lá ir sem prejudicar ninguém.

Se o país está tão mal porque é que não dão o exemplo a trabalhar e a deixarem que os outros trabalhem? Porque é que vamos ser obrigados a descontar dos nossos ordenados para resolver a nossa vida, se os senhores empregados da câmara também resolvem a deles até às 4 h da tarde? Aonde é que está a democracia? A gente só serve para votar e depois ninguém nos respeita, nem sequer nos horários dos serviços.
Por favor acho que o assunto diz respeito a todos, vamos perder a vergonha e tentar resolver estes casos injustos.

Anónimo disse...

Acho que seta prega está bem implantada no nosso ecossistema e até a podemos encontrar na comandita que manda nesta camara de Mira. Só espero que um dia seja biodegradável porque não lhe vejo nenhuma aplicação na reciclagem.

Anónimo disse...

DE FACTO SR. PINHO A UNIAO FAZ A FORÇA, MAS NA NOSSA TERRA NA SE VÊ ISSO NAO SENHOR
VEMOS OUTRAS COISAS QUE NAO QUERIAMOS VER, POR EXEMPLO LIXOS E OUTRAS PORCARIAS
PORQUE É QUE A CAMARA NAO RESOLVE ISSO, PORQUE É QUE NAO TRATAM MAIS DO TURISMO CUMO DEVIAM, POQUE É QUE NAO APOSTAM MAIS NA NOSSA TERRA COMO FAZEM AS OTRAS TERRAS

Anónimo disse...

E como diz o anonimo das 11.31 falta mais trabalho e menos conversa.
Parecen o Rua, que quando estava na Camara de Mira a receber uma boa avença ninguem o ouvia. Depois que perdeu o tacho e foi pra vereador da oposição é só ideias a surgir.

Santa terra deus nos ajude

Anónimo disse...

Esclarecimento...Para o Senhor que não pode ir aos serviços da Autarquia em hora de trabalho, informo que a Câmara está aberta das 8:30 H às 12:30 h. da parte da tarde abre às 13:30 h e encerra às 16:30 h. Por favor, dirija-se aos serviços na hora de almoço...coma menos porque anda a ficar com barriga ou então levanta-se um bocadinho mais cedo e passe por lá às 8:30 h. Isso de se fazer passar por outros é muito feio..e olhe que não perde muito tempo na Câmara, pois agora está tudo modernizado...

Anónimo disse...

Está tudo modernizado sim senhora.Graças a um senhor chamado Nelson Maltez que deixou a a papinha toda feita.

Anónimo disse...

Ao comentário da Modernização:
Como todos podemos constatar, o seu problema não será o facto do horário dos serviços da Câmara fecharem ou abrirem mais cedo ou mais tarde, mas sim quem está a comandar os destinos do concelho....o seu problema é outro....preocupe-se mais com as coisas sérias que fazem falta ao nosso concelho e deixe as politiquices para o lado....sejamos homens e mulheres com carácter...